"Então Deus lembrou-se de Noé e de todos os animais selvagens e rebanhos domésticos que estavam com ele na arca, e enviou um vento sobre a terra, e as águas começaram a baixar." Gn 8:1
Ficar preso dentro daquela estrutura flutuante por tanto tempo não era fácil e dificilmente seria descrito como diversão. Noé e sua família viram o aguaceiro torrencial e ficaram sendo lançados para frente e para trás com a elevação das águas. Noé sentiu que Deus os havia esquecido. Moisés frisa isso quando escreve que finalmente Deus se lembrou de Noé e de sua família. Por meio da fé, Noé e sua família conseguiram vencer os sentimentos de abandono. Mas eles precisaram lutar contra sua natureza humana. Devido ao fato de Noé nunca ter passado por experiências tão sérias no passado, ele ficou imaginando se Deus mostraria compaixão e se lembraria dele e de sua família. Ao fim, eles conquistaram o que tanto ansiavam. Mas a vitória veio com uma luta tremenda.
A nossa natureza humana é fraca. Ela não consegue tolerar a ideia de que Deus pode ter se esquecido de nós ou nos abandonado. Queremos até nos gabar e tomar a honra para nós mesmos quando Deus se lembra de nós, quando Ele olha para nós com bondade e nos dá vitórias. Seria, então, de se admirar, o fato de ficarmos desesperado quando sentimos que Deus nos abandonou e que tudo está dando errado?
Não se esqueça de que essa história nos fornece um modelo de fé, paciência e perseverança. Ela nos ensina que devemos crer e confiar em Deus, não importando o que aconteça. Ela também nos deixa cônscios de como necessitamos de paciência. Porém, a paciência se tornaria algo desnecessário se não tivéssemos que passar por lutas e dúvidas pessoais. Até mesmo Cristo nos chama a perseverar em situações difíceis quando diz no Novo Testamento: "Mas aquele que perseverar até o fim será salvo" (Mt 24.13)
Retirado de "SOMENTE FÉ, UM ANO COM MARTINHO LUTERO"
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