27 fevereiro 2015

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


Posted: 26 Feb 2015 08:30 PM PST
A morte que havia na panela é tirada

II Reis 4: 38-41

38  E, voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra, e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu servo: Põe a panela grande ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.
39  Então um deles saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela enchendo a sua capa de colocíntidas; e veio, e as cortou na panela do caldo; porque não as conheciam.
40  Assim deram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer.
41  Porém ele disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Dai de comer ao povo. E já não havia mal nenhum na panela.


INTRODUÇÃO 
        
Houve uma fome em Israel, nos dias do profeta Eliseu, e ela era o resultado de um juízo de Deus sobre o povo por causa dos seus pecados.
        
Naqueles dias Eliseu voltou a Gilgal e encontrou ali os filhos dos profetas, que se  assentaram na sua presença e esperaram uma providência da parte do servo de Deus.


DESENVOLVIMENTO 
        
O mundo hoje vive um grande momento de fome espiritual, e as pessoa lançam mão de tudo que encontram pela frente, com o propósito de suprir suas necessidades espirituais. No entanto, o que vemos é a permanência da fome, pois as coisas do mundo não atendem a essas necessidades da alma.
        
A igreja nesta hora tem descansado na presença do Senhor Jesus, pois ela sabe que Ele é poderoso para suprir todas as suas necessidades, e que a sua providência sempre vem na hora certa. 
        
Eliseu mandou seu moço colocar a panela grande ao lume (fogo), e sem seguida ordenou que preparasse um caldo de ervas para que todos pudessem se alimentar. Feito isso, todos os filhos dos profetas saíram ao campo em busca de ervas, para com elas prepararem o caldo. Um deles, no entanto, se afastou demais na sua busca por ervas, e encontrou um tipo de planta venenosa e tóxica, chamada coloquíntidas (um tipo de pepinos bravos), e inadvertidamente colheu uma boa quantidade e veio e lançou tudo na panela grande, junto com as outras ervas. Quando o caldo foi servido, todos começaram a se sentir mal, e alguém gritou: "Há morte na panela!".

O alimento do povo de Deus é a Doutrina Revelada e preparada pelo Espírito Santo para ser distribuída no corpo. A Palavra Revelada é o nosso alimento, o qual sacia nossa fome em tempos de escassez como os de hoje. Somente o Senhor sabe como preparar esse alimento, e Ele sabe também aquilo de que precisamos nos alimentar.
        
Deus tem usado o Ministério (tipo do moço de Eliseu) para transmitir a Palavra revelada que vai alimentar a igreja. Tudo tem que ser feito na panela grande (o coração cheio da graça) e no fogo (comunhão do Espírito Santo).
        
Toda a Doutrina da Obra tem sido revelada no corpo, o qual tem se alimentado e vivido dela. Nada é feito fora do corpo, pois o que vem de fora do corpo, pode trazer grandes prejuízos para o corpo e seus membros. Quando alguém se afasta do corpo, perde a comunhão e o discernimento, e termina absorvendo coisas estranhas, do mundo, da religião, de livros, etc. trazendo depois para dentro da igreja, causando mal estar e morte aos que provarem delas. Não podemos trazer as coisas da religião, seus métodos, dogmas, usos e costumes, etc. para o nosso meio, pois essas coisas (aparentemente inofensivas) podem contaminar a muitos, principalmente os novos na fé, causando-lhes graves prejuízos espirituais.
        
CONCLUSÃO 
        
O profeta Eliseu ordenou que se trouxesse farinha e se colocasse dentro da panela com o caldo venenoso, a fim de que a morte fosse retirada.

        
Quando surgem coisas prejudiciais no meio da igreja, coisas do homem, da religião, ensinos que podem ser danosos às vidas das pessoas, é necessário a presença e a revelação do Senhor Jesus, pois Ele é o trigo que foi moído por nós (farinha), para nos curar de todos os nossos males. Assim como a farinha absorveu a morte que havia na panela, Jesus absorveu em seu corpo a morte em nosso lugar, para nos dar a vida eterna.
        
Quando a igreja passa por momentos de perigo, pela infiltração de ensinos não revelados pelo Espírito Santo e outras coisas que trazem prejuízo, é necessário a busca de uma comunhão mais profunda com o Senhor Jesus (madrugadas, jejuns, vigílias, ceia) para que a morte seja suplantada e afastada do corpo (igreja), para que todos possam continuar se alimentando e vivendo na presença do Senhor.
        

A pessoa que se afasta da sã doutrina, torna-se indisciplinada e não há lugar para pessoas indisciplinadas no Corpo do Senhor Jesus (Heb 12: 4-9). 


Posted: 26 Feb 2015 07:00 PM PST

Leia antes: Mateus 13:51-52

Ao terminar sua série de parábolas, Jesus mostra aos discípulos que está trazendo coisas totalmente novas. São coisas que judeu algum pode entender, a menos que assuma o Antigo Testamento como coisas velhas e se deixe instruir nas coisas novas que Jesus apresenta. Algumas são tão bizarras para os judeus que são consideradas blasfêmia.

Por exemplo, em Hebreus diz que o cristão tem ousadia ou "plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus"(Hb 10:19). O Santo dos Santos era o lugar mais interior do templo, onde somente o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano levando uma vasilha com o sangue de um animal sacrificado. Para um judeu é um absurdo dizer que alguém que não seja um sacerdote possa entrar no Santo dos Santos.

É impossível entender isso se você conhecer apenas as coisas velhas do Antigo Testamento e não as coisas novas, reveladas com a vinda, morte e ressurreição de Jesus. Não há como entender o Velho Testamento sem o Novo.

Por exemplo, quando o Antigo Testamento fala de templo, está falando de um edifício de pedras construído em Jerusalém. Quando Jesus falou de destruir o templo, fazia referência ao seu corpo físico. Quando os apóstolos falam de templo em suas cartas, é do corpo de Cristo, a igreja, e também do corpo do cristão individualmente que estão falando.

Se o Santo dos Santos representava a presença de Deus no antigo templo, agora, em Hebreus, é o próprio lugar da presença de Deus no céu. O Antigo Testamento é um livro de sombras e figuras que apontam para Jesus e para as coisas que você encontra no Novo Testamento.

Quando João Batista declarou de Jesus "é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"(Jo 1:29), estava revelando a realidade daquilo que os judeus conheceram por figuras no AntigoTestamento, quando animais inocentes eram sacrificados como substitutos das pessoas que pecavam. Agora o Cordeiro definitivo tinha chegado.

Lição de casa: procure ler o Antigo Testamento tentando descobrir Jesus em figura nas suas páginas. Ao ler uma passagem pergunte: onde está Jesus? Quer um exemplo? No livro de Gênesis Adão foi colocado em um sono profundo, seu lado aberto e uma costela tirada para criar Eva. Jesus foi colocado no sono da morte e teve o seu lado aberto pela lança do soldado para possibilitar a formação da igreja, também chamada de noiva de Cristo.

É claro que você precisará de um olhar de fé para enxergar essas coisas.




Posted: 26 Feb 2015 07:00 PM PST

I e II Reis

Chave:Realeza

Comentário:
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros. Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações inerentes a tal aliança.
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança.
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei "andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas.
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer, aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis 2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao juízo divino.
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus (Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23.
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual.
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino.

Autor:
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis 14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas.
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596 a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560 a.C. (II Reis 25:27-30).
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus Cristo.

-
J. A. Thompson

Mestre em Teologia
Posted: 26 Feb 2015 01:36 PM PST



Outras qualidades poderiam ser abordadas, contudo, as que aqui foram vistas são suficientes para demonstrar que o perfil do conselheiro não é simples. Não é simples seu trabalho, por isso, a exigência em determinadas qualidade se justifica. Vimos diversas atividades do aconselhamento bíblico, que demandam tais qualidades, tornando um desafio ao conselheiro formar seu caráter e estar pronto a desempenhar cada uma dessas atividades.

Contudo, as qualidades abordadas em cada atividade não são, de forma alguma, exclusivas de cada uma das práticas aqui abordadas. Da mesma forma que as atividades descritas podem misturar-se na prática do aconselhamento, de modo que alguém que está admoestando, também esteja consolando, ou instruindo, de igual modo, as qualidades mostram-se gerais e necessárias nas mais diversas áreas do aconselhamento.

Isso significa que o fortalecimento de cada uma delas será de grande ganho para a atividade do conselheiro. Desenvolvê-las é demonstração de amor ao próximo e, antes de tudo, a Deus que outorgou o aconselhamento ao conselheiro. Justamente por ser um chamado divino que o conselheiro tem um compromisso com a glória de Deus.

Nesse sentido, as qualidades aqui vistas têm por objetivo não só tornar eficaz a atuação do conselheiro. Antes, essas qualidades são essenciais para que o aconselhamento seja um ambiente, uma ação proclamadora da glória daquele que é "Maravilhoso Conselheiro". Mais do que ajudar ou resolver os problemas, o conselheiro revela o Pai ao aconselhado, não só em suas palavras, também em seus afetos e caráter.

Particularmente, tenho visto a necessidade contínua em algumas áreas. Preciso melhorar o conhecimento de como conduzir o aconselhamento, de modo a expor as Escrituras mais claramente, dadas as questões particulares, como vícios, problemas familiares e outros problemas específicos do ser humano.

Ainda, o amor é sempre um desafio. Ele possui muitos desdobramentos, de modo que ter cada um deles torna-se um processo longo e contínuo na vida de um conselheiro.

Por último, o grande conteúdo bíblico pode nos tornar enfatuados. Preciso muito zelar pela humildade, para que meus aconselhamentos não se tornem palanques para mostrar o quanto sou bom – esquecendo-me de quem de fato sou.

Veja as outras postagens sobre CONSELHEIRO CRISTÃO:

QUALIDADES ESSENCIAIS DO CONSELHEIRO CRISTÃO - INTRODUÇÃO











ADAMS, Jay, Conselheiro Capaz. São Paulo: Fiel, 1977.
CALVINO, João, Romanos. São Paulo: Paracletos, 1997.
CRABB, Larry, Aconselhamento Bíblico Efetivo. Brasília: Refúgio, 1999.
_____________, Princípios Básicos de Aconselhamento Cristão. Brasília: Refúgio, 1998.
HENDRIKSEN, William, Colossenses e Filemom. São Paulo: Cultura Cristã, 1993.
GOMES, Wadislau Martins, Aconselhamento Bíblico Redentivo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
LONGMAN, Tremper, III, Lendo a Bíblia com no coração e a mente. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
TRIP, Paul David, Instrumentos nas mãos do Redentor. São Paulo: Nutra Publicações, 2009.

Sites:
COELHO, Isaltino Gomes, Filho, O Perfil e Atributos do Conselheiro Bíblico, em http://www.isaltino.com.br/2011/11/o-perfil-e-atributos-do-conselheiro-biblico/.
LOPES, Augustus Nicodemus Gomes, É Proibido Julgar?, em http://tempora-mores.blogspot.com.br/search?q=n%C3%A3o+julgueis.




[1]Por tratar-se de um trabalho visando uma palestra, o autor deste trabalho optou por não colocar os termos hebraico e grego (~x;n",parakale,w).
[2] TRIP, Paul David, Instrumentos nas mãos do Redentor. São Paulo: Nutra Publicações, 2009, p. 166.
[3] Cf. ADAMS, Jay, Conselheiro Capaz. São Paulo: Fiel, 1977, p. 72.
[4] Ibid., p. 73.
[5] CRABB, Larry, Princípios Básicos de Aconselhamento Cristão. Brasília: Refúgio, 1998, p. 103.
[6] Ibidem, Aconselhamento Bíblico Efetivo. Brasília: Refúgio, 1999, p. 16.
[7]nouqete,w
[8] Cf. HENDRIKSEN, William, Colossenses e Filemom. São Paulo: Cultura Cristã, 1993, p. 119.
[9] Disponível em http://www.isaltino.com.br/2011/11/o-perfil-e-atributos-do-conselheiro-biblico/, acessado em 05/06/2013.
[10] Cf. LOPES, Augustus Nicodemus Gomes, http://tempora-mores.blogspot.com.br/search? q=n%C3%A3o+julgueis, acesso em 05/06/13.
[11] CALVINO, João, Romanos. São Paulo: Paracletos, 1997, p. 497.
[12] Isaltino, O Perfil e Atributos do Conselheiro Bíblico, site.
[13] Trip, Instrumentos nas mãos do Redentor, p. 274.
[14] GOMES, Wadislau Martins, Aconselhamento Bíblico Redentivo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 15.

[15] LONGMAN, Tremper, III, Lendo a Bíblia com no coração e a mente. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 20.
Posted: 26 Feb 2015 01:21 PM PST




Em todas as atividades aqui tratadas, vimos diversas qualidades que são essenciais ao conselheiro cristão. Por detrás de todas elas temos algo preponderante e que achei por bem tratar neste ponto: conhecimento. O conselheiro deve ser alguém preparado para dar conselhos, admoestações, consolo e instrução.

Muitas vezes, as sessões de aconselhamento tornam-se instrução da Escritura. Obviamente, por se tratar de aconselhamento bíblico, sempre há instrução bíblica, contudo, o aspecto aqui abordado é a instrução doutrinária, antes do restante. Por essa razão, abordamos aqui o aspecto do conhecimento que deve ser visto em duas vertentes: conhecimento bíblico e técnico.

No texto de Romanos 15.14, já abordado anteriormente, além de falar da bondade daquele que admoesta, Paulo menciona o conhecimento. Após expor detidamente a doutrina da justificação pela fé, certamente que o apóstolo não está falando de qualquer conhecimento. Esse fato é corroborado pela passagem Colossenses 3.16, na qual o que deve habitar ricamente nos irmãos, para que estejam aptos a admoestar é a palavra de Cristo.

É a partir da palavra de Cristo que instruímos. É a partir das verdades do Evangelho que zelamos para que o aconselhado seja direcionado a uma vida que agrade a Deus. Muitas vezes, a instrução bíblica direta, mostrando as doutrinas na vida prática é a real necessidade do aconselhando.

O conselheiro bíblico parte do pressuposto de que a Escritura é a verdade sobre Deus, o homem e as coisas. Desta forma, sua orientação pressupõe, fundamenta-se e dirige-se à Bíblia. Como bem afirmou Wadislau Gomes: "A diferença crucial entre a aproximação terapêutica e o aconselhamento redentivo está na antropologia que sustenta cada uma delas."[14] O que é verdade no modelo de aconselhamento bíblico Redentivo deve ser para todos os outros.

Se é verdade para o conselheiro que a Bíblia é a Palavra de Deus, conhecê-la é essencial. É ela quem vai me dizer: quem é o homem; qual seu problema e onde ele está; qual a solução? Sem conhecimento bíblico, não há, obviamente, o que ser chamado de aconselhamento bíblico. Por óbvio que isso possa parecer, esse conhecimento não se trata apenas de versos decorados ou da sistematização dos temas da Bíblia, mas da compreensão de suas relações com a vida.

Nesse sentido, o conhecimento técnico teológico e do aconselhamento se tornam fundamentais. Saber conduzir o texto bíblico para uma aplicação na vida é o aconselhamento em si. Admoestar, apontar o caminho, consolar, nada disso será eficazmente uma ação transformadora e conformadora à imagem de Cristo, sem conhecimento de como as verdades bíblicas se aplicam à vida.

Tremper Longman, falando da Palavra como uma semente da vida, mostra-nos o quanto ela é cara ao aconselhamento:

A Palavra é o lugar aonde vamos se quisermos amadurecer, se quisermos alcançar todo o potencial nas áreas da vida. Se sinceramente lermos a Bíblia abertos ao seu divino autor, isso mudará nossa mente, enriquecerá o espírito e cada dia nos guiará. Nada mais é tão poderoso para mudança ou tão profundamente realizador.[15]


Portanto, instruir exige conhecimento. Aconselhamento exige conhecimento bíblico e técnico. Não saber a Bíblia, mas saber usá-la para que, de fato, o conselheiro seja o meio pelo qual a Escritura será apresentada como o tesouro que enriquece e transforma a vida. É necessidade última, pois, como pode alguém consolar sem conhecer as verdades sobre nossa condição caída e o propósito do sofrimento nos planos divinos? Como motivar ao tempo do riso, após o luto, se as promessas divinas? Qual caminho apontar àquele que está em dúvida? Sobre que trilhos colocar aquele a quem admoestamos? Sem o conhecimento da Palavra de Cristo, nada se pode fazer – e melhor que nem se faça.

Continua...
Posted: 26 Feb 2015 01:19 PM PST


Admoestação é a atividade indicada por Paulo em Colossenses 3.16: "instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus…". Apesar de ser usada a palavra "aconselhai-vos", o termo vem da palavra grega para "admoestar, exortar".[7] O conselheiro deve estar pronto a chamar a atenção de seu aconselhado. Mais do que isso, o conselheiro adverte, estimula e encoraja.[8]

Ainda que esta não seja uma atividade exclusiva do conselheiro bíblico na dinâmica da igreja, justamente por isso faz parte de seu papel, pois ele é parte da igreja. Paulo trata essa atividade com uma das ações de mutualidade na vida da igreja. É uma constante necessidade de nos apoiarmos, dando ao irmão ajuda para que se mantenha no caminho, apontando o desvio, estimulando-o à correção e o encorajando pelo companheirismo.

Na qualidade de alguém que irá tratar diretamente com uma pessoa que se abrirá e exporá seu coração, é essencial ao conselheiro cristão a discrição, ou sigilo. O conselheiro não pode ser um falastrão, dado à fofocas e publicidade de suas atividades de aconselhamento. Como bem disse Isaltino Gomes Coelho Filho:

E você terá traído quem confiou em você. Poucas coisas são tão ruins para um pastor ou para um conselheiro que ser conhecido como fofoqueiro, como alguém que passa para frente coisas que ouviu em confidência. Há pastores que contam de púlpito experiências de gabinete. Não citam o nome da pessoa, mas deixam pistas claras de quem sejam. Isto é muito ruim.[9]

Ainda que o uso de exemplos de aconselhamentos feitos não seja um erro em si, o uso abusivo dos mesmos pode gerar muitos problemas. O conselheiro deve lembrar-se de nossas imperfeições e que devemos agir com muito temor ao citar um aconselhamento, cuidando que informações específicas não conduzam os ouvintes a identificarem de quem se fala. Essa qualidade, assim, nos conduz à outra qualidade essencial àquele que terá vidas abertas diante de si: humildade.

A humildade é necessária por duas vias. A primeira é que, se é papel do conselheiro admoestar ao deparar-se com algum pecado em seu aconselhado, a humildade conduzirá a admoestação de modo bíblico e não altivo. Jesus nos ensinou:

Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.  (Mt 7.1-7)

Admoestar exige humildade, para que estejamos prontos a reconhecer nossos erros e nos endireitarmos primeiro, antes de procurar endireitar o irmão.[10] Ela conduz o conselheiro bíblico a uma admoestação sincera, de pecador para pecador, ajudando na confiança e identificação do aconselhado para o conselheiro.

O outro viés da humildade é que ela conduz o conselheiro por uma admoestação bondosa. Como consequência de um coração que não se conduz em hipocrisia, a compreensão dos dramas de uma realidade caída, exigem bondade ao tratarmos dos pecados de nossos irmãos.

Paulo escreveu aos romanos: "E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros." (Rm 15.14) É interessante que Paulo tenha escrito que a bondade é parte do que nos torna aptos a admoestar. O pastor João Calvino nos dá excelente direção nesse assunto:

Não há nada pior no conselho fraternal do que um espírito azedo e arrogante, pois ele nos leva a desdenhar e a sentir enfado por aqueles que se acham em erro, e nos leva a ameaçá-los com o ridículo em vez de corrigi-los. A aspereza também, seja em palavras, seja em expressão, priva o nosso conselho de seus efeitos. Ainda, quando excedemos em espírito humanitário e em cortesia, jamais seremos as pessoas certas para ministrar conselhos, a não ser que cultivemos muito sabedoria e adquiramos muita experiência.[11]

Aspereza e falta de humildade minam a bondade, que é essencial para um tratamento correto do irmão faltoso. Admoestação ríspida e sem demonstração de amor, conduz à revolta e rejeição do conselho. Por isso, o conselheiro humilde lembra de sua própria posição e compreende a do aconselhado. O que nos leva a outra qualidade essencial do conselheiro: empatia.

Empatia tem a ver com a compaixão, tratada anteriormente. Ela nos identifica com os sentimentos do outro. Indo além da compaixão, vai ao reconhecimento de que a condição do outro é perfeitamente a própria. Além de sentir o que é do outro, sabe que se está na mesma condição do outro. É uma identificação profunda entre conselheiro e aconselhado. Isaltino resume: "Sobre empatia, o prefixo grego en nos esclarece: é 'sentir dentro', "sentir como se fosse a pessoa'".[12]

Em Hebreus 4.15 vemos que o compadecimento de nosso Senhor por nós está ligado à empatia. Nosso Senhor tomou nossa natureza para si e foi tentado, assim como nós. Mesmo não tendo caído em pecado, ele conhece nossa realidade. Isaías mostra a profundidade desse conhecimento, ao mostrar que em sua empatia, Cristo foi às últimas consequências: "Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido." (Is 53.4) O apóstolo João mostra o desprendimento do amor de Cristo ao colocar-se em nosso lugar: "Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai." (Jo 10.15)

O conselheiro tem de saber se colocar no lugar do outro. Admoestar sem compreender e colocar-se no lugar do outro traz frieza e distanciamento, o que abala a efetividade de qualquer aconselhamento, tornando o aconselhado um peso ao conselheiro, que vê os erros do irmão com desdém e descrédito. Portanto, o conselheiro, que deseja admoestar com eficácia, deve ser paciente, longânime.

Após descrever o amor de Cristo e mostrar ser este algo incomensurável, Paulo mostra aos Efésios que este amor deve ser visto na Igreja. Ele rogou aos irmãos:

"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;" (Ef 4.1-3)

O amor de Cristo deve ser demonstrado também pela paciência. O conselheiro, como um modelo do Redentor ao aconselhado, deve agir com paciência diante das dificuldades do aconselhado. Irritar-se facilmente não é agir em conformidade com aquele que é descrito como "tardio em irar-se" (Ne 9.17; Sl 145.8; Jl 2.13; Jn 4.2; Na 1.3)

A paciência é o ritmo do amor. Ela faz o conselheiro caminhar o quanto for necessário, a fim de ajudar o aconselhado. Ela conduz não só o tempo, mas até mesmo a fala do conselheiro, que aprende que a paciência é fundamental para suas palavras, a fim de que sua admoestação não se transforme em peso insuportável a seu aconselhado. Costumo dizer às minhas ovelhas que verdade dita sem amor é crueldade.

Simplesmente dizer as coisas por serem verdades pode fechar as portas de um aconselhamento. Chamar a atenção não é uma atividade muito bem recebida, de modo que, dizer simplesmente as coisas, sem andar algumas milhas, para encontrar a melhor forma de dizer, não é condizente com um bom conselheiro bíblico.

Tripp nos chama atenção para o fato de que a confrontação bíblica não se trata de uma lista de acusações. De fato, pacientemente, devo aproveitar o convívio, para, a cada encontro, trabalhar as áreas que exigem mudanças. A Escritura parte do pressuposto de um convívio contínuo – de fato, eterno – o qual me permite investir tempo em diversos encontros. É o coração sendo exposto progressivamente.[13]


Continua...
Posted: 26 Feb 2015 01:13 PM PST


Dar conselho significa dar a direção, apontar o caminho. O conselheiro bíblico deve entender que parte de seu papel é o de ajudar seus aconselhados com decisões. Dar a direção nesta ou naquela direção é uma atividade com grande demanda, dados os dilemas éticos e tantas outras razões, que nossa realidade caída costumeiramente nos traz. O conselheiro deve ver-se com instrumento nas mãos do Espírito Santo, para aplicar a Palavra de Deus e ajudar nos problemas humanos.[3]

Na Bíblia, diversas são as passagens que nos mostram a relação entre conselho e direção: 1Rs 12.28; 2Cr 22.5; Es 10.3; Pr 12,15; Jr 7.24; Ef 1.11. Entre conselhos de Deus, alheios, ou os próprios, quando se menciona o conselho, segue-se a direção.

Direcionar pessoas requer muita sabedoria. O conselheiro está lidando com vidas. Conselhos não podem ser dados irresponsavelmente, baseados em conceitos e pressupostos formados a partir da experiência própria ou por achismo. O conselheiro deve ser sábio.

Nesse sentido, devemos nos lembrar do que nos dia Provérbios 1.7a: "O temor do Senhor é o princípio do saber". A sabedoria para dar a direção vem do temor. O sábio é temeroso. Compreendendo sua realidade caída, sabendo da vontade daquele que é o Todo-Poderoso, o sábio guia seus caminhos de modo a adequarem-se aos do Criador, afinal, sabedoria é "o uso hábil da verdade divina para a glória de Deus"[4]. O conselheiro cristão, Larry Crabb, afirma sobre o alvo do aconselhamento, o que corrobora para essa argumentação: "Deus prometeu reproduzir o Seu Filho em cada um de nós, e agora temos o privilégio de cooperar com Ele no atingir desse objetivo."[5] [sic] Ainda, ao falar da busca pela felicidade que o aconselhado faz ao tratar de suas dificuldades, Crabb nos ajuda mais um pouco: "Se quero experimentar a verdadeira felicidade, devo desejar acima de tudo tornar-me mais como o Senhor, viver em sujeição à vontade do Pai, conforme Ele fez."[6] [sic]

Sendo assim, para dar conselho, ou direção, o conselheiro é alguém que teme. Por temer dá o conselho sábio, correto, que satisfaz a Deus. Mais do que simplesmente querer evitar um problema, o conselheiro deve apontar um caminho ao aconselhado que agrade ao Senhor, tendo em vista que Cristo foi justamente nessa direção, ao dizer: "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" (Jo 4.34).

Salmo 1 nos deixa muito claro que seguir conselho dos ímpios gera autodestruição. Enquanto o justo, que medita na lei do Senhor e por ela guia seus caminhos, dá frutos e tem intimidade com o Todo-Poderoso, o que não segue sua lei verá seu caminho perecer. Portanto, dar certo, segundo o salmista, é a obediência, a satisfação da vontade divina. 

Continua...
Posted: 26 Feb 2015 01:06 PM PST

O consolo entre irmãos é uma ordenança bíblica desde o Antigo Testamento. Ali vemos algumas passagens que falam de consolo: Jó 2.11, 21.2, 29.25; Sl 119.50; Is 51.12, 57.17, 66.13; Jr 16.7. Essas e outras passagens usam o mesmo termo hebraico e a mesma tradução para a LXX. Por sua vez, o mesmo termo[1]da LXX é utilizado em todas as passagens do Novo Testamento.

Os termos, tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento, referem-se ao ato de animar, confortar, ou conduzir a pessoa a um estado de ânimo melhor. Essa ação, via de regra, no Antigo Testamento, estava ligada à pessoa de Deus, motivando seu povo a vislumbrar seu caráter, feitos e promessas. Esse vislumbre daria ao povo um novo olhar sobre a situação. Diante disto, a animação voltaria aos corações, suplantando os temores e sofrimentos do povo.

No Novo Testamento, o consolo tem mais a ver com a convivência do povo de Deus. A igreja deve ser aquela a derramar as bênçãos divinas sobre os que se aproximam. Passagens como 2Coríntios 13.11; 1 Tessalonissenses 4.18, 5.18 falam da mutualidade do consolo, de modo que, podemos entender que é desejo de Deus que a igreja manifeste seu caráter nos momentos difíceis de uma pessoa: qual seria esse traço do caráter de Deus, a ser manifesto por um servo e que nos apontaria uma das qualidades essenciais de um conselheiro? Compaixão.

O conselheiro precisa ser alguém que vê a angústia alheia e se compadece dela. Frieza e indiferença não combinam com o papel do conselheiro porque, antes de tudo, não faz parte do caráter divino. Deus não está impassível quanto às nossas angústias, tão pouco o conselheiro bíblico, ainda mais por este estar exposto aos mesmos dissabores da vida.

Escrevendo aos romanos, Paulo resume bem essa qualidade ao ordenar; "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram" (Rm 12.15) Esse verso nos leva a crer que a compaixão tem a ver com o sentir o que o outro sente. Comumente, não vemos pessoas alegres buscarem consolo, ou orientação, de modo que, o conselheiro terá de lidar mais com os que choram.

Momentos difíceis e de dor precisam do consolo, isso é, da ação que anime, que ajude a conduzir o aconselhado ao tempo do riso novamente. Isso nos leva a crer que a compaixão não é um afeto que anda sozinha; não é possível ter compaixão sem amor.

Em uma carta na qual transcorre um longo arrazoado sobre o amor, João, em sua primeira epístola, escreveu:

Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.(3.17,18)

Compaixão, como pode ser visto pelos versos, é manifestação do amor. Ninguém pode dizer que ama seu próximo e não sentir suas dores; não chorar seu choro, ou mesmo não sentir sua fome. Amor e compaixão, portanto, são qualidades complementares e indispensáveis ao conselheiro bíblico, que tem o dever de manifestar o caráter do Deus amoroso ao aconselhado. Conforme nos disse o apóstolo: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor." (1Jo 4.7,8). Como bem lembrou Paul Tripp:

O amor de Cristo não é só o alicerce para a nossa esperança pessoal, mas a nossa expressão desse amor, é a única esperança de sermos eficientes por Cristo com as outras pessoas.[2]


Continua...


Posted: 26 Feb 2015 01:00 PM PST



Observando as Escrituras, vemos várias instruções que penso serem próprias ao conselheiro bíblico. Temos instruções para que haja consolo, conselho, admoestação, instrução e discipulado no seio da igreja. As características próprias para que tais atividades possam ser corretamente desempenhadas pelos cristãos são, portanto, aqueles indispensáveis ao conselheiro bíblico. Nesse sentido, podendo haver outras atividades, podemos tomar as seguintes essas atividades como diretrizes, para que, destas, investiguemos as qualidades essenciais do conselheiro bíblico.

Consolo tem a ver com os momentos difíceis da vida. É a atividade que exige qualidades que ligue o conselheiro e o aconselhado além do conteúdo. Emoções estão fortemente envolvidas e as qualidades do conselheiro devem atender a necessidade do aconselhado a um tempo de choro, dúvidas e desânimo provenientes dos sofrimentos.

Conselho, conforme será visto, tem a ver com dar a direção. O conselheiro bíblico tem de ter qualidades que lhe permitam auxiliar o aconselhado e ver o que precisa ser visto, isso é, em que direção ele deve ir. Certamente, tal direção, tratando-se do aconselhamento bíblico, terá de ver com as diretrizes da Palavra de Deus.

Admoestação é a atividade própria descrita pelo termo aconselhar. Por muitas vezes o aconselhamento deve tomar a vertente da admoestação, tendo em vista que o aconselhado trata-se de um pecador. Certamente, sendo ele pecador, há a necessidade de se alertá-lo, chamando sua atenção para mudanças e adequações à Palavra de Deus em sua conduta. O conselheiro, portanto, deverá ter aquelas qualidades necessárias à avaliação de situações e identificação de erros o modo correto para apontar os caminhos.

Quanto à instrução, podemos olhá-la também no aspecto do discipulado. O conselheiro está, em muitos momentos, incumbido de formar o caráter de um cristão. Ou mesmo, terá o papel de mostrar a doutrina na prática. De fato, essa atividade é mais presente. Ter as qualidades próprias para a instrução é o que há de mais básico ao conselheiro bíblico. Se ele não conhece e não sabe como viver as Escrituras, ele pode ser conselheiro, mas não bíblico, logo, não com bons conselhos.

Vejamos, portanto, de modo resumido, cada uma dessas atividades, das quais compreenderemos as qualidades essenciais do conselheiro bíblico. 


Continua...



Posted: 26 Feb 2015 12:51 PM PST
Posted: 26 Feb 2015 03:47 AM PST
SENHOR, ESTÁ ENFERMO AQUELE A QUEM TU AMAS...

João 11: 3, 21 
        
A morte de Lázaro, amigo de Jesus e muito amado por Ele, ilustra muito bem o que aconteceu com o homem desde o princípio até os dias de hoje. O pecado que no Éden entrou na sua vida, continua mantendo o homem enfermo, e só há uma solução para livrá-lo dessa situação. É o que vamos ver nesta mensagem. 

         Verso 3 - Senhor, está enfermo aquele a quem tu amas... 
        
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e nele depositou todo o seu amor. No entanto, o  homem se tornou espiritualmente enfermo, por causa do pecado que entrou na sua vida e o conduziu à morte. Isso tudo aconteceu quando o homem desobedeceu ao Senhor, comendo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa enfermidade, portanto, é o pecado na vida do homem. 
        
O resultado da desobediência foi a morte, não somente física, mas também espiritual, o que é pior, pois isso implica em condenação eterna. A Bíblia diz que o "salário do pecado é a morte", e foi isso que o homem recebeu por causa do pecado. 
        
Ninguém está livre dessa terrível situação, e o resultado disso está diante dos nossos olhos hoje em dia, pois a enfermidade do pecado na vida do homem tem lhe causado as mais profundas dores e os mais extensos prejuízos. Porém, a vontade de Deus não é essa. Ele continua desejando dar ao homem a vida eterna, como no princípio, e essa vida não se encontra aqui em baixo, na terra, mas ela vem de cima, do céu. 
         
Essa vida é Jesus, que veio a este mundo para nos dar Vida em abundância. 

         Verso 21 - Senhor, se tu estivesses aqui, o meu irmão não teria morrido... 
        
Se Jesus estivesse na vida do homem, ele não teria enfermado nem morrido. O grande problema na vida das pessoas é a ausência do Senhor Jesus nos seus corações e nas suas vidas. Jesus veio lá do céu para trazer a Vida Eterna para todos os homens enfermos do pecado. 
        
Quando o Senhor Jesus se faz presente no coração do homem, ele passa da morte para a vida, pois o poder do seu precioso sangue o purifica da sua enfermidade, dissipando todo o pecado e transformando todas as coisas na sua vida. Os grilhões do pecado e da morte são rompidos, e o homem liberto para viver eternamente. 
        
Deus deu o melhor que tinha para que não mais morrêssemos. Quando Jesus morreu em nosso lugar, houve silêncio no céu por meia hora, e os anjos pararam de louvar a Deus. Na terra houve trevas e conturbação da natureza, mas quando Jesus ressuscitou, um novo dia raiou para todos aqueles que nele crêem. 
        

A solução para o problema do homem é o presença de Jesus na sua vida. Quando Jesus está presente, não há mais morte, pois Ele é a Ressurreição e a Vida. 

Posted: 26 Feb 2015 06:18 AM PST
Por Cleverson de Abreu Faria

Namorar todo jovem quer, mas como fica os princípios de Deus num namoro cristão? Como devem se comportar, agir e continuar um namoro dentro das bênçãos de Deus?
Princípios para um Namoro Cristão

O namoro cristão é uma preparação. Um período extremamente importante na vida de dois jovens cristãos e de muitas responsabilidades. Representa um período de transição entre dois jovens ou adultos, um homem e uma mulher, crentes no Senhor Jesus Cristo, sendo que ambos devem ter um bom nível de maturidade. 

Ambos mantém um bom ritmo de comunicação, sendo através deste relacionamento orientados e preparados por Deus para um futuro casamento. Namoro cristão deve sempre visar o casamento. Um namoro que não tem como alvo um futuro casamento, sequer deve ser iniciado.

Embora o desejo seja que ambos se tornem íntimos em seu relacionamento, isso não quer dizer liberdade no aspecto físico e muito menos liberdade sexual entre o casal de namorados. A relação sexual está destinada a ser desfrutada apenas entre pessoas devidamente casadas (Hebreus 13.4; Gênesis 2.24; Cantares de Salomão 4.12; 1Tessalonicenses 4.3-5; Colossenses 3.5-6; 1Coríntios 6.15-20; 1Timóteo 5.22; 2 Timóteo 2.22).

Este é um período de conhecimento mútuo, conhecimento da alma, do coração, nunca do físico um do outro. O aspecto físico está destinado para depois do casamento. Portanto, exige disciplina própria, vigilância constante. É um tempo onde se obtém oportunidade de duas personalidades diferentes se harmonizarem, conhecerem um ao outro. Comunhão espiritual é fator primordial. Lembre-se que quanto mais próximo cada um estiver de Deus, mais próximo estarão um do outro. Este período também serve para confirmar a perfeita vontade de Deus para a vida de ambos.

O padrão de Deus para um namoro bem sucedido é este:

1) Espiritual – forte. Deus em primeiro lugar, nunca seu namorado (a).

2) Vontade, emoções e mente dentro do plano de Deus.

3) Corpo (físico) – sob controle.
Quando um namoro está fora do padrão de Deus, o que acontece é justamente o contrário:

1) Espiritual – fraco. A sensibilidade espiritual está cauterizada.

2) Emoções, vontade e mente – descontrolada.

3) Físico – sensual.
Portanto, fora do padrão de Deus ocorre que o lado espiritual fica cauterizado; a mente, a vontade e as emoções raciocinam de forma sensual e o físico fica corrupto. Uma pergunta séria a se pensar: A vontade de Deus é mais importante que o seu namoro?

Como Começar um Namoro Cristão?

Alguns aspectos são importantes para um começo no namoro cristão. Geralmente não sou de estabelecer uma idade certa para alguém namorar. Antigamente isso era o costume, hoje com o decorrer dos tempos e uma mudança na cultura não se faz mais tal coisa. Porém, ainda assim, existem pais que estabelecem uma determinada idade para que seus filhos venham a poder namorar. Eu creio que isso é benéfico e sábio por parte dos pais, mas não uma exigência.

Vejamos alguns requisitos importantes para se começar um namoro:

1 . Salvação - Ambos os jovens ou adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem ter aceitado a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador pessoal (João 3.16; Lucas 19.10; Romanos 10.9-10).

2. Maturidade física e Espiritual –  Não devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento entre duas pessoas (Efésios 4.13; 1Coríntios 14.20).

3. Comunhão com Deus –  Primeiramente Deus deve estar sendo uma fonte de luz em sua vida, uma fonte de vigor espiritual. Se não tiver comunhão com Deus, nunca será abençoado em qualquer tipo de relacionamento (1João 1.6-7).

4. O rapaz inicia – Em nosso tempo moderno é "comum" uma moça querer iniciar um namoro. Mas isso fere o princípio bíblico. Mesmo num namoro, o rapaz é o líder, é ele quem deve iniciar, é ele quem deve pedir à moça para namorar.

5. Permissão dos pais – Ambos os pais dos pretendentes devem estar de acordo com o namoro. Isso demonstra confiança e honra dos filhos para com seus pais. Um namoro onde os pais não apóiam, geralmente resulta em muitas dificuldades. Isso não significa que os pais são a autoridade final no namoro, significa que estão querendo a bênção paterna para o relacionamento.

6. Comunicação e visitas – Deve-se procurar estabelecer um determinado ritmo nas visitas por parte do rapaz à casa da moça. É claro que não todos os dias. Estabelecer uma boa comunicação entre ambos.

7. Confiança dos pais – No decorrer do namoro, deve procurar ganhar e manter a confiança dos pais. Verificar como é a relação entre a pessoa e seus pais. Procurar ser sensível para qualquer mudança.

Como Continuar um Namoro Cristão?

1. O interesse deve estar voltado para a personalidade da pessoa, a parte imaterial. É importante que isso esteja bem claro na mente dos namorados.

2. O interesse deve ser estabelecido na parte espiritual da pessoa, não em seu corpo físico, não no dinheiro que o outro tem, não no carro, na casa, na popularidade, na beleza, etc. A parte espiritual é a mais importante sobre todas. Mais uma vez: quanto mais próximos estiverem de Deus, mais próximos estarão um do outro. O contrário também é verdadeiro: quanto mais longe estiverem de Deus, mais longe ficarão um do outro.

3. Reconheça que cada cristão é chamado de propriedade particular, pessoal, peculiar de Deus (1Pedro 2.9). O namorado que não respeita tal fato está desrespeitando os princípios de Deus e desrespeitando o próprio Deus, bem como a pessoa, a família dela, a Palavra de Deus e o futuro casamento.

4. Evitar contato físico exagerado. Todo namorado gosta de receber um carinho, beijos e abraços. Porém, deve-se parar por aqui. Procure a todo custo evitar continuar os avanços físicos, como tocar em outras partes do corpo da moça, por exemplo. Isso pode provocar desejos sexuais que não pode ser satisfeito devidamente antes do casamento (1Tessalonicenses 4.3-8; 1Coríntios 7).

5. Existem condições onde a freqüência de visitas deve ser limitada. 

Isso exige paciência por parte de ambos. Algumas vezes a saúde, doença, serviço militar, estudos, trabalhos, deveres pessoais impedem que estejam juntos. Sejam pacientes nessas horas.

6. Cautela com o modo de vestir, cautela em sua conversa, cautela em seu comportamento e mesmo nos gestos. Lembre-se de semear um ambiente agradável em que vale a pena estarem juntos.

7. Evitar ficar sozinhos em ambientes fechados e por muito tempo. 

Procure estar em atividades com outros jovens, ou seja, procure envolver seus amigos em suas atividades.

Qual o Perigo de Acariciar?

* Mata a espiritualidade de ambos os namorados.

* Pode fazer com que fiquem cegos para os valores verdadeiros, as virtudes de cada um.

* Pode fazer com que abaixem os padrões da moralidade.

* Pode conduzir para a realização do ato sexual não permitido por Deus antes do casamento.

* Pode conduzir para depravação, destituição da dignidade.

* Pode conduzir para o desenvolvimento de um desejo de satisfação não natural.

* Pode causar frustração e nervosidade.

* Pode conduzir para um casamento errado, com a pessoa errada.

* Pode conduzir para contrair doenças.

* Pode conduzir ao desrespeito mútuo.

Conselhos Práticos:

* Nunca case com alguém que não seja cristão (2Coríntios 6.14-18; Amós 3.3).

* Ore para a escolha de Deus (Salmo 37.5; Provérbios 3.6).

* Evite casar sob pressão (Romanos 12.1-2). Não case pensando que sua vida se endireitará depois do casamento. Não case com alguém pelo qual não tenha respeito.

* Não case cedo demais ou de repente (Tiago 1.4-5). Procure ver sua relação com Deus, os hábitos da pessoa, os pais, o modo de vida.

* Não case tendo uma perspectiva errada do sexo (Gálatas 5.16-25). Alguns casam para desfrutar do sexo, mas casamento não é apenas sexo, muito mais está envolvido.

* Casamento é para sempre, ou seja, "até que a morte os separe" (Gênesis 2.24; Romanos 7.1-3; Mateus 19.6).

Fonte: http://bit.ly/IJqTCh

Tenham todos um fim de semana abençoado.

A Paz de Cristo!

Germano Luiz Ourique
Posted: 26 Feb 2015 04:12 AM PST


I e II Reis

Chave:Realeza

Comentário:
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros. Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações inerentes a tal aliança.

Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança.

A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei "andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas.

Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer, aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis 2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao juízo divino.

A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus (Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23.

O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual.

Em dias posteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino.

Autor:
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis 14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas.

O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596 a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560 a.C. (II Reis 25:27-30).

Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus Cristo.

-
J. A. Thompson
Mestre em Teologia


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