29 março 2011

Cative o Coração dele Lysa TerKeurst Capítulo 16 e 17

 


CAPÍTULO 16

DESCOBRINDO O QUE INTERESSA A ELE SEM CENSURÁ-LO


Há alguns anos eu estava ouvindo uma apresentação de Zig Zigler quando ele nos pediu para participar de um jogo que eu agora quero jogar com você. Você é uma daquelas milhões de pessoas que religiosamente coloca um relógio no pulso todos os dias? Se não for, seja paciente comigo. Se for, não olhe para o seu relógio! Nem sequer uma espiadinha. Sem olhar, diga-me que tipo de núme­ros ele tem... números romanos, números comuns ou ordinais, pon­tos, traços, nada? O que marca as 12 horas, as 3 horas, as 6 horas e as 9 horas? Agora verifique o seu relógio. Examine-o com atenção. Você está surpreso? Quantas respostas você acertou? Agora que você aca­bou de examinar o seu relógio, e sem olhar para ele de novo, diga que horas são.
Pense em quantas vezes por dia você olha para o seu relógio, e mesmo assim muitos de nós não recordamos o mais simples dos de­talhes dele. Muitos dos nossos casamentos são assim também. A cha­ma extraordinária entre os recém casados parece reduzir-se a uma pequena centelha e maridos e mulheres cocam as cabeças pergun­tando-se o que deu errado.
Quando estamos namorando, uma coisa que nos faz tão estimu­lantes um ao outro são as novas descobertas mútuas. Passamos al­gum tempo descobrindo características na pessoa amada. Pesquisamos tudo a respeito da outra pessoa: a infância, a época do colegi­al, as experiências da universidade, a vida familiar, tradições nos feriados e aspirações para o futuro. Dedicamos algum tempo para compartilhar detalhes de nossas experiên­cias, dos nossos pensamentos, das nossas esperanças e até mesmo dos nossos medos. Enquanto ouvimos, tomamos notas mentalmente e estudamos o outro pro­curando maneiras de construir novas experiências que se tornem "nossas" memórias compartilhadas. Toda a novidade é divertida e serve para acender as chamas do romance. Depois você se casa e tem um par de filhos, de repente todas as conversas se tornam repetições de coisas já ditas antes. Já não há tempo para revi­sões profundas e novas descobertas; há fraldas para trocar, contas para pagar e coisas para comprar.
Então passamos para o modo de sobrevivência e paramos de descobrir as coisas em conjunto. Pense novamente em nosso jogo do relógio. Eu me pergunto quantas coisas há a respeito dos nossos maridos de que nem fazemos idéia? Olho para ele todos os dias, durmo com ele à noite, converso com ele, beijo-o e até faço bebês com ele, mas ainda assim há muita coisa que não sei. E infelizmente, muito do que sei e amo se perdeu no vai-e-vem da vida. É útil voltar a pensar naqueles dias de namoro e ressuscitar o desejo de descobrir quais são as prioridades dele.
Aqui estão algumas sugestões de perguntas para ajudar-lhe a começar:
·        Qual é a sua cor favorita?
·        Como seria o seu Natal ideal?
·        Quando pareço atraente para você?
·        Há alguma coisa que você queira dizer-me, mas não o faz por medo de me ofender? Eu lhe dou esta chance e prometo não ficar ofendida com sua resposta.
·        O que é um presente ideal para você?
·        Se você pudesse começar tudo de novo depois do colegial, o que faria de outra maneira?
·        Se você pudesse dar às nossas crianças apenas três conselhos, quais seriam, e por quê?
·        Se você pudesse ser conhecido como um entendido em algu­ma coisa, em que seria, e por quê?
·        Qual é o seu jogo favorito?
·        O que faz você se sentir confortável e relaxar?  Qual é o seu versículo bíblico favorito?
·        Defina romance.
·        Em sua opinião, qual é a coisa mais romântica que já fizemos?
·        Como posso ser uma melhor amiga para você?
·        O que você sempre quis fazer, mas nunca pôde por causa das limitações financeiras?
Este é apenas um começo. Não se trata de uma lista para que vocês se sentem e a repassem. Essas perguntas são simples começos de conversas para conseguir um fluxo criativo no seu casamen­to. Se você pretende ter uma conexão com o seu marido, precisa entrar no mundo dele e descobrir o que ele pensa e com que sonha. Esteja determinada a estudar o seu companheiro durante toda a vida. Quanto mais você descobrir sobre o que interessa a ele, menos você se desinteressará dele, e penso que somos todos a favor disso. En­tão, como aquele velho comercial americano dos relógios Timex, nossos relacionamentos serão capazes de "continuar funcionando com carinho!"
Construindo o seu relacionamento- Comece um diário do tipo "Meu casamento é incrível!" Pode ser um pequeno ca­derno espiral ou um diário elegantemente adornado. Aprenda duas coisas novas sobre o seu marido hoje, e registre-as no seu diário. Adote o costume de registrar versículos bíblicos e pensamentos que encontrar sobre casamentos bem-sucedidos; aqueles que considerar inspiradores. Registre lições que você ouve ou vivência em relação a casamentos. Louve a Deus por tudo o que Ele lhe ensina sobre amar o seu marido e doar-se a outra pessoa.
Pensamento para o dia - Se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4.8


CAPITULO 17

ENTENDENDO OS SEUS COMPARTIMENTOS MENTAIS


Isso não irá parecer uma novidade, mas vale a pena discutir... os homens e as mulheres não pensam da mesma maneira. Quando perguntei a Sherry, que trabalha em nosso escritório, qual seria em sua opinião o benefício que as mulheres teriam por entender os seus maridos, ela foi rápida em responder: "Uma coisa que apren­di sobre os homens, é que eles não gostam de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. As mulheres gostam de tarefas múltiplas, os ho­mens não". Bem observado. Os homens gostam de concentrar-se em uma coisa de cada vez. As mulheres podem fazer muitas coisas ao mesmo tempo e realmente gostam de agir assim. Eu posso me pente­ar, falar ao telefone, corrigir as crianças e ouvir o rádio, tudo isso enquanto dirijo... e eles dizem que as mulheres não sabem dirigir!
O meu marido, por outro lado, gosta de assistir o jogo de fute­bol, ou examinar a conta bancária no computador, ou falar comigo, ou falar ao telefone — uma coisa por vez. Peça que ele faça todas essas coisas ao mesmo tempo e muitas passarão despercebidas en­quanto ele enfoca apenas uma delas. Em conversas com o meu mari­do, se tento falar mais de um assunto ao mesmo tempo, ele fica igual­mente confuso. Ele tenta manter o foco em um aspecto da nossa conversa e concluir aquele assunto antes de passar para o seguinte. Enquanto isso, eu estou em todos os lugares e fico frustrada quando vejo a expressão atordoada nos olhos dele, que me diz que parece nem estar me ouvindo mais.
Antes que eu entendesse que o cérebro do meu marido é dividido em compartimentos, nós tínhamos muitas conversas mais ou menos assim:
Lysa: oi, querido, como foi o seu dia?

Art: Foi bom.

Lysa; O meu, também. Levei Hope e Ashley para fazer o exame anual hoje. (Querendo dizer que levei as meninas ao medico para o exame anual de saúde.)

Art: (Silenciosamente tentando entender o que eu havia dito; provavelmente pensando que o sistema de abastecimento de água de nossa casa precisava de conserto, e ao mesmo tempo não entendendo o que nossas filhas teriam a ver com tal situação.)

Lysa: (Sentindo-me um pouco frustrada com o silencio dele, que eu interpretava com uma falta de carinho.) E está tudo bem... (pensando: não parece que você esteja se importando.)
Art: (ainda tentando entender a relação entre "exames" e "sistema de abastecimento de água")

Lysa: De qualquer forma (nitidamente aborrecida), a caminho do consultório eu estava dirigindo pela rodovia Providence, e reparei que todas as arvores tinham uma fita preta a sua volta. Parece ser algum tratamento para controle de alguma praga. Você acha que as nossas arvores podem ser atingidas por essa praga? Porque, se for o caso, eu gostaria de experimentar esse tipo de fita, que provavelmente será mais seguro do que utilizar produtos químicos que podem fazer mal às crianças. Sabe, não acredito que nosso governo esteja fazendo o suficiente para proteger as crianças destes produtos químicos e inseticidas nocivos à saúde. Você acha que posso gastar algum dinheiro para comprar esse produto? Deste modo, vou precisar de mais dinheiro para as compras deste mês.

Art: (Imaginando como os exames, as filhas, as arvores e a política do governo sobre os inseticidas poderiam ter acabado com um pedido de dinheiro. Ele decide agir cuidadosamente.) Eu não sei, querida. Tenho que pensar um pouco sobre isso.

Lysa: (Abismada com a sua falta de preocupação com a saúde da família, eleva o tom de voz.) Você tem que pensar em quê? Estamos falando da vida das nossas filhas e tudo o que você tem a dizer é que precisa pensar um pouco?!

Art: (Confuso, ainda não compreendendo a relação com a saúde das meninas, mas entendendo perfeitamente o pedido de dinheiro.) Por que você é tão emotiva, e por que está sempre me amolando para que eu lhe dê mais dinheiro? (Ele percebe que não deveria ter usado a palavra "amolando", lembrando-se de que da ultima vez que a usou eu joguei alguma coisa nele. Ele lamenta a sua escolha de palavras, e por segurança se abaixa!)

Lysa: Amolando? Você chama o cuidado com as crianças de "amolar"? Você é tão insensível... você é impossível. Você não vale que eu gaste o meu fôlego falando com você! (Saindo e batendo a porta.)

Art: Mulheres! Que há com elas? E o que ela queria dizer que estava errado com o sistema de água de nossa casa?

Como conseguimos complicar a mais simples das conversas. Podemos fazer com que os menores problemas se agigantem. Um simples esclarecimento e o entendimento de que as nossas mentes processam as informações de forma diferente poderia ter evitado muitas discussões no meu casamento.
Nos últimos anos, muitos livros foram escritos para ajudar a resolver os problemas e construir "pontes" entre os homens e as mulheres. Um deles, escrito por Bill e Pam Farrel, tem o titulo Men are Like Waffles, Women are Like Spaghetti (que traduzido para o português poderia ser: Os Homens são como Waffles, as Mulheres como Espaguete). Na hilariante explicação do titulo do livro, os homens e as mulheres são descritos nos seguintes termos:
Os homens são como Waffles: "Não queremos dizer que os homens pronunciem palavras vazias, ou "enrolem" na hora de tomar decisões, e que sejam geralmente instáveis. O que queremos dizer é que os homens processam a vida em compartilhamentos. Se você olhar para um waffle, verá um conjunto de caixinhas separadas por paredes. As caixinhas são separadas umas das outras e formam espaços convenientes. É assim que um homem típico processa a vida. O nosso pensamento está dividido em caixas onde podemos armazenar cada assunto, mas somente um assunto por caixa". Bill e Pam prosseguem dizendo que os homens organizam e processam cada aspecto de sua vida em caixinhas separadas, e que gostam de dedicar algum tempo ás caixinhas onde provavelmente poderão ter maior sucesso. Eles têm caixinhas onde guardam pensamentos e recordações agradáveis, e outras, que estão vazias e que não contêm nem pensamentos nem palavras – daí a capacidade que têm de, às vezes, se "desligar".
Mas as mulheres são como espaguetes: "Em contraste com a característica de waffle dos homens, as mulheres processam a vida como um prato de macarronada. Se você olhar um prato de espaguete, perceberá que há muitos fios individuais de macarrão que tocam uns nos outros. Se você tentar acompanhar um fio no prato, interceptará muitos outros fios e até poderá passar para outro fio sem querer. É assim que as mulheres vêem a vida. Cada pensamento e cada assunto está, de algum modo, ligado aos outros pensamentos e assuntos. A vida é, para as mulheres, mais parecida com um processo. A mente dos homens não funciona assim".
Que descrição maravilhosa. Se percebermos a característica compartimentada dos homens quando processam as informações e con­versam conosco, poderemos entender melhor como ajudá-los a não se "desligarem". A nova regra que tento recordar quando converso com o meu marido é "uma coisa de cada vez, e esclareça, esclareça, esclareça!"
Construindo o seu relacionamento - Comente com o seu marido a idéia do waffle e do espaguete. Elaborem estratégias para que vocês consigam se comunicar de uma maneira mais eficaz. Talvez você até queira ler o livro de Bill e Pam Farrel para um estudo mais profundo dessa idéia.
Pensamento para o dia - Os homens organizam e processam cada aspecto de sua vida em caixinhas separadas, e gostam de dedicar algum tempo às caixinhas onde provavelmente poderão ter maior sucesso.
Bill e Pam Farrel

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