16 abril 2015

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS






BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS

A LEMBRANÇA SOBRE O MOMENTO FINAL
"A PESSOA CERTA É AQUELA QUE TE LEVA PRA PERTO DE DEUS"
O MISTÉRIO DAS DUAS TESTEMUNHAS
A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO NOVO TESTAMENTO
A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO ANTIGO TESTAMENTO


A LEMBRANÇA SOBRE O MOMENTO FINAL
Posted: 15 Apr 2015 08:00 PM PDT

(Judas 17-19)


17 Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo;
18 Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências.

19 Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito.


OS APÓSTOLOS ALERTARAM SOBRE ESTE MOMENTO:
O versículo dezessete diz: "Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo;"
Judas aqui se dirige exclusivamente à Igreja Fiel, primeiro confortando ("amados"), é o amor que tinha em seu coração pelos irmãos, os verdadeiros irmãos, aqueles que ele tinha certeza que também o amavam e com quem ele podia contar. Hoje não é diferente. Há um amor recíproco e sincero no meio da Igreja, a união do povo de Deus é linda e profundamente firmada no amor do Senhor.


Depois Judas exorta a lembrar das palavras dos apóstolos do Senhor Jesus. É a constante lembrança da vivência da doutrina revelada dos apóstolos no meio da Igreja Fiel.


Pedro fala em sua segunda carta sobre a necessidade da lembrança das palavras que foram ditas pelos profetas acerca do mandamento do Senhor e Salvador, mediante seus apóstolos. As palavras dos profetas como Isaías, Daniel e outros sempre apontaram a figura do Senhor Jesus (Cordeiro) para a Salvação e o juízo que viria sobre o mundo, o mandamento do Senhor e Salvador é o amor ("...amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. ...Amarás o teu próximo como a ti mesmo."), amor pelo Senhor e Sua obra de eternidade, pelos que estão necessitando de salvação e pelos que são irmãos na fé, o mesmo amor que fez com que Deus desse Jesus por nós. Pedro ainda fala "mediante os apóstolos", porque os apóstolos falaram das profecias e inseriram a "doutrina dos apóstolos" pregada por Jesus e depois por eles que é o que dá ordem à vivência da Igreja dos últimos dias.


Quando lemos o versículo dezoito podemos referencias algumas coisas que Paulo, sempre mais direto em suas palavras, falou claramente a respeito dos "...escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências." quando ele escreve a Timóteo. Paulo fala acerca dos que nos últimos tempos apostataram da fé (direção do Espírito), e deram ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas que não são do Senhor. Depois ele exorta a Timóteo a respeito das dificuldades desta última hora quando diz que nesses dias "sobrevirão tempos trabalhosos", ou seja, haverá e está havendo muito trabalho no meio da Igreja para que não haja contaminação com os ímpios e suas prevaricações. Podemos nos lembrar dos conselhos que já no Salmo "Um" com relação a não participar da roda dos escarnecedores e do capítulo "Um" de Provérbios no versículo "dez" que diz: "Filho meu, se os pecadores com blandícias te quiserem tentar, não consintas.", é o cuidado com aqueles que entram escorregando com palavras e atitudes que podem parecer carinhosas e sutis, mas são verdadeiros laços.


Paulo ainda faz referência aos que são insensíveis à doutrina, e que não ouvem a voz do Espírito, mas tendo comichão nos ouvidos se encherão de instruções e doutrinas que não são reveladas pelo Senhor quando escreve segunda vez a Timóteo.


O CUIDADO COM AS DIVISÕES:
No versículo dezenove diz: "Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito."


Judas aqui enfatiza unidade do corpo mostrando o cuidado que se deve ter com o que descaracteriza o corpo que são as "divisões".


É toda a operação do adversário fazendo uma verdadeira guerra ao corpo de Cristo para o dividir, separar com dissoluções e contendas para fazer com que a Obra do Espírito de alguma forma pareça com a religião. Estes são "sensuais", não há mais pudor no mundo, tudo está profundamente corrompido com a operação da carne, os desejos inflamados do pecado. Judas faz questão de repetir e gravar que isso tudo acontece porque estas pessoas não tem o Espírito Santo.



Tudo o que descaracteriza o Corpo de Cristo não pode ficar no meio da Igreja, por isso é preciso ter muito cuidado com pessoas, atitudes, reações, precipitações e muitas outras coisas que podem levar a um fim desastroso sem o Senhor, fora do Corpo.



Wallace Oliveira Cruz

Blog
Facebook
Twitter
Instagram
Youtube

"A PESSOA CERTA É AQUELA QUE TE LEVA PRA PERTO DE DEUS"
Posted: 15 Apr 2015 01:18 PM PDT






"A pessoa certa é aquela que te leva pra perto de ‪#‎Deus‬."

O MISTÉRIO DAS DUAS TESTEMUNHAS
Posted: 15 Apr 2015 01:14 PM PDT



Como parte do quadro de juízo da tribulação, as duas testemunhas estarão também agindo neste sentido. Conforme Ap 11. 1-14, que diz:


1 "Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, e foi-me dito: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram.
2 Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.
4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.
5 Se alguém lhes quiser causar mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos. Se alguém lhes quiser causar mal, importa que assim seja morto.
6 Estes homens têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, quantas vezes quiserem.
7 Quando acabarem a seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e os vencerá e matará.
8 E os seus corpos jazerão na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.
9 Homens de vários povos, tribos, línguas e nações verão os seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.
10 Os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
11 Depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12 Então ouviram uma grande voz no céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem, e os seus inimigos os viram.
13 Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade. No terremoto foram mortos sete mil homens, e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
14 É passado o segundo ai; o terceiro ai cedo virá."


A Identidade das Duas Testemunhas?


Existem várias objeções acerca da identidade das duas testemunhas, vejamos algumas delas:


1- Não seriam indivíduos - simbolizariam as forças cristãs em qualquer época, que resistem à tirania e ao mal, especialmente à iniquidade espiritual;


2- Os intérpretes da escola histórica procuram identificá-las como poderosos líderes eclesiásticos do passado. Lutero e Melancton são apontados como candidatos.


3- outros pensam que se trate de Elias e Moisés – os sinais que as duas testemunhas farão fazem lembrar mesmo de Elias e de Moisés (Ap 11:6). Moisés representa a Lei, e Elias representa os profetas. Ambos testificam de Cristo, e então voltariam para anunciar o retorno de Cristo e fazer oposição ao Anticristo. Também são vistos no Monte da Transfiguração, foram estes dois que apareceram com Jesus, e aquela visão anunciava a vinda de Jesus em sua glória para estabelecer o reino.


4- Alguns supõem que Elias e Enoque estão em foco - apoiam este pensamento nos apocalipses judaicos, na primitiva tradição cristã (Tertuliano aprovava esta ideia) e, especialmente no livro de Enoque - I Enoque 90:31 que contém a predição que antes do julgamento Elias e Enoque terão um novo ministério. O livro apócrifo de IV Esdras 6:26 faz com que as duas testemunhas esperadas sejam homens que não provaram a morte, portanto, Elias e Enoque. O que parece ter dado origem a essa tradição é a "trasladação" de ambos, de forma que não passaram pela morte física (Gn. 5:24 - II Rs 2:11). Elias, especialmente, é sempre citado tornando-se uma espécie de dogma fixo - (Ml. 4:4-6; Dt. 18:15; Mc. 6:15).


5- outros acreditam que serão duas personalidades desconhecidas que ministrarão no "espírito" de Moisés e Elias, embora não sejam Moisés e Elias.


Quanto à identidade destes dois profetas, não há como afirmarmos quem de fato são eles. Apesar das muitas hipóteses, devemos nos contentar com a revelação bíblica, pois a Bíblia não revela suas identidades. É preferível então, não fazer aqui afirmação alguma acerca de suas identidades.


O Ministério das Duas Testemunhas;


3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.
4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.
5 Se alguém lhes quiser causar mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos. Se alguém lhes quiser causar mal, importa que assim seja morto.
6 Estes homens têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, quantas vezes quiserem. Ap 11.3-6


É dito destas duas testemunhas, que elas profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, e estarão vestidas de saco. Tudo indica que elas estarão denunciando as obras dos homens, pois é dito que quando elas foram mortas, os moradores da terra se alegraram. Desta forma podemos perceber que o ministério delas não será de anunciar salvação, mas, de testemunhar que os homens são merecedores de todos os sofrimentos que estarão passando.


Podemos imaginar a reação dos homens, ao saberem que estas duas testemunhas têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, quantas vezes quiserem. Isto sem dúvidas causará ira nos homens, os quais procurarão fazer mal a elas, porém, é dito que da boca delas sairá fogo que devorará todo aquele que lhes quiser fazer mal.


Este aspecto também é visto no fato de que os homens seregozijarão por causa da morte das duas testemunhas, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.


É importante lembrar que aquelas testemunhas ficaram mortas por três dias e meio, expostas na praça de Jerusalém, e os homens de vários povos, tribos línguas e nações não permitirão que os seus cadáveres sejam enterrados. Sem sombra de dúvidas, a atitude destes homens, que provavelmente são líderes nacionais, é simplesmente uma tentativa de proclamar ao mundo que o seu ídolo, ou seja, o anticristo, deve ser adorado mais ainda, pois, conseguiu destruir aqueles que estavam atormentando os habitantes da terra. Esta verdade é vista na seguinte declaração: "Quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e os vencerá e matará".



Logo depois dos três dias e meio, voltaram a viver e subiram para o céu.


REFERÊNCIAS


BÍBLIA KING JAMES ATUALIZADA (KJA), 1º Edição Setembro 2012, Edição de estudo - 400 anos, com a tradução do Antigo Testamento com originais em Hebraico e Aramaico e o Novo Testamento nos originais em Grego
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Hagnos. São Paulo, SP: 2001. p.1090-1091
LLOYD-JONES, D.Martyn. 2 Pedro: Sermões Expositivos. PES. São Paulo, SP: 2009. p. 164-165
LLOYD-JONES, D.Martyn. 2 Pedro: Sermões Expositivos. p. 168
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal do NT, vol 2. CPAD. Rio de Janeiro, RJ: 2009. p. 936
[5] CARSON, D.A. (org). Comentário Bíblico Vida Nova. Vida Nova. São Paulo, SP: 2009. p. 2086DIÁCONO, Sergio Chistiano. A importância da Escatologia Bíblica. Disponível em: http://diaconosergio.wordpress.com/2013/03/03/a-importancia-da-escatologia-biblica/. Acesso em 14 novembro 2014.
SOLANO, Francisco Portela Neto. Alteridade,[mensagem pessoal], 12 novembro 2014.

cado.






Wallace Oliveira Cruz

Blog
Facebook
Twitter
Instagram
Youtube

A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO NOVO TESTAMENTO


Como já iniciado no estudo A Morte e o Estado Intermediário no Antigo Testamento, nesse estudo daremos continuidade ao assunto, porem abordando a visão e os ensinos do Novo Testamento.


TEXTO BASE
Filipenses 1:21

21 Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.


DESENVOLVIMENTO
O Ponto de Vista do Novo Testamento
O Novo Testamento reconhece que a morte entrou no mundo através do pecado, e, pelo fato de todos haverem pecado, ela atinge a todos (Rm 5-12). A morte põe um fim à nossa oportunidade de tomar decisões que afetarão nosso futuro eterno (Hb 9.27; cf. Ef 5-15,16; Cl 4.5). O Novo Testamento também encara a morte como um inimigo, "o último inimigo", o qual não será destruído até o julgamento final (1 Co 15.26; Ap 20.14). Entretanto, para o crente, a vitória de Jesus sobre o diabo libertou a "todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão" (Hb 2.14,15). Não precisamos mais ter medo da morte! Deus disse: "Não te deixarei, nem te desampararei. E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem" (Hb 13.5,6). A morte perdeu o aguilhão (1 Co 15.56,57).
Ainda que o corpo natural inevitavelmente se enfraqueça, interiormente o crente "se renova de dia em dia"(2 Co 4.16). Conseqüentemente, podemos enfrentar a morte e ser "mais do que vencedores, por aquele que nos amou", pois "nem a morte, nem a vida… nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!" (Rm 8.36-39). A morte não interrompe a comunhão que temos com nosso Senhor. Pode ser que lamentemos a morte daqueles a quem amamos, por causa da perda pessoal, mas não nos entristecemos "como os demais [homens caídos e descrentes], que não têm esperança" (1 Ts 4.13).
Para os descrentes, a morte é uma experiência dilacerante, porque põe termo a todas as esperanças e sonhos que acalentaram e a tudo pelo que viveram e trabalharam. Por terem permanecido nesta vida"mortos em ofensas e pecados" (Ef 2.1), a morte corpórea também acaba com qualquer oportunidade de terem um encontro com Jesus e obterem a vida eterna e as recompensas do céu. Nada mais lhes resta, exceto os permanentes efeitos do pecado e do mal que sofrerão no inferno.
Entretanto, haverá graus de punição no inferno, assim como haverá graus de recompensa no céu (Lc 12.47,48; 1Co 15.41,42; cf. Mt 23.15; Hb 10.29). Os graus de punição referem-se à intensidade do castigo, e não ã extensão do tempo, pois aqueles que morrem em seus pecados estão eternamente perdidos.
A fé em Cristo modifica o proceder dos crentes. A morte não rouba nada pelo qual os crentes tenham vivido e ardentemente desejado. Como afirma o apóstolo Paulo: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho" (Fp 1.21), ou seja, morrer significa ganhar em Cristo, mais de Cristo — e isto é muitíssimo melhor que qualquer coisa desta vida (Fp 1.23). Paulo já estava sendo "oferecido por libação" (Fp 2.17; 2 Tm 4.6), um tipo de oferta que dava glória a Deus. Contudo, sua morte não era uma derrota, mas uma"partida" (gr. exodos), como o êxodo do Egito, uma triunfante libertação — uma saída que leva a uma pátria melhor do que a terra prometida de Canaã (Hb 11.16).6 Paulo esperava ir direto à presença de Jesus, para experimentar a alegria e a paz que são superiores a qualquer coisa que conheçamos nesta vida (Rm 8.38,39; Fp 1.23; cf. Lc 16.22; 23.43).
Ensinos do Novo Testamento
Em vez de se prender ao que acontece imediatamente após a morte, a ênfase dos ensinos do Novo Testamento está na ressurreição do corpo. A morte nunca foi a intenção original de Deus para a humanidade e, no fim, "não haverá mais morte" (Ap 21.4). A morte será tragada na vitória (1 Co 15.54). Apesar de ainda ser uma inimiga, a morte não deve mais ser temida pelo salvo (1 Co 15.55-57; Hb 2.15). Para o crente, o viver é Cristo e o morrer é ganho, ou seja, morrer significa ter um relacionamento mais próximo com Cristo, na prática, mais dEle (Fp 1.21). Desse modo, morrer e estar com Cristo é muito melhor que permanecer no corpo, embora devamos ficar neste corpo pelo tempo que Deus julgar necessário (Fp 1.23,24). Então, a morte trará um descanso (isto é, uma extinção) dos nossos labores e sofrimentos terrenos e uma entrada na glória (2 Co 4.17; cf. 2 Pe 1.10,11;Ap 14.13).
Jesus, em Lucas 16.19-31, conta sobre um homem rico, sem nome, que se vestia como rei e que todos os dias regalava-se com um banquete repleto de entretenimentos. A sua porta, havia um mendigo chamado Lázaro, coberto de feridas, que queria comer os restos de comida que eram varridos porta afora, para os cachorros da rua. Esses comedores de carniça, animais impuros segundo a Lei, lambiam as feridas de Lázaro, tornando-o impuro tam­bém. Lázaro só tinha um coisa a seu favor — seu nome, que significa "Deus é minha ajuda", uma indicação de que, a despeito de tudo, ele mantinha sua fé em Deus.
Quando morreu, os anjos o levaram para o seio de Abraão, certamente um lugar de bênçãos, pois ali foi confortado. 0 homem rico, após a morte, achou-se em agonia no fogo do Hades. Quando olhou para cima, isto é, para o céu (Mt 8.11,12; Lc 13.28,29), viu Abraão e Lázaro "ao longe". Mas era tarde demais para ele receber ajuda, pois Abraão disse: "Está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá" (Lc 16.26). Em outras palavras, entendemos que tanto o destino dos ímpios quanto o dos salvos não pode ser mudado depois da morte. Alguns consideram esse relato uma parábola, visto que vem na seqüência de uma série de parábolas. Mas mesmo em suas parábolas Jesus nunca disse qualquer coisa enganosa ou que fosse contrá­ria à verdade.
A diferença, depois da morte, entre o estado do homem rico e o de Lázaro também sugere ter havido
um julgamento com relação ao destino de cada um. Tradicionalmente, isto tem sido chamado de "o julgamento particular" em contraste com o julgamento do Tribunal de Cristo, que se dará após o Arrebatamento, e com o julgamento do Grande Trono Branco, depois do Milênio.
Com o Senhor
Contudo, não era desejo do apóstolo Paulo estar com Abraão, mas com o Senhor. Ele assinalou que tão logo estivesse fora do corpo (na morte), estaria presente com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). Essa foi a promessa de Jesus ao ladrão na cruz: "Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.43), o que sugere imediata comunhão. Numa visão Paulo foi levado até o terceiro céu, o qual ele também chama de Paraíso (2 Co 12.1-5), desse modo identificando o Paraíso com o céu.34 Lá, ele "ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar" (2 Co 12.4).
Estêvão viu o céu aberto e Jesus, de pé, ao lado direito de Deus. Em conseqüência disso, Estêvão orou:"Senhor Jesus, recebe o meu espírito" (At 7.56-59). Está claro que, depois de morrer, Estêvão esperava que seu espírito fosse imediatamente para o céu, a fim de estar com Jesus.
Hebreus 8.1,2 também declara que Jesus "está assenta do nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário". Isto está de acordo com outras passagens que reconhecem haver um lugar especial no céu, onde Deus se manifesta de maneira peculiar no seu trono (Sl 103.19; Is 57.15; 63.15; 66.1; Mt 5.34).
Salomão reconhece que "os céus e até o céu dos céus" não poderiam conter Deus (1 Rs 8.27), pois Ele está presente em todos os lugares, "em cima no céu e embaixo na terra" (Dt 4.39; cf. Js 2.11). Porém, muitas passagens mostram que Deus é capaz de manifestar-se a si mesmo e a sua glória em lugares específicos, e que Ele o faz particularmente no céu.
Um Lugar Preparado
Jesus fala do céu como um lugar preparado onde há abundância de moradas (Jo 14.2), não temporárias, mas "tabernáculos eternos" (Lc 16.9). É um lugar de alegria, de comunhão com Cristo e com outros crentes, e ali ecoam adoração e cânticos (Ap 4.10,11; 5.8-14; 14.2,3; 15.2-4). Ali os crentes descansam dos seus trabalhos (Ap 14.13). Contudo, "descansar" não significa dormir, nem ficar inerte, sem nenhuma atividade. Na Bíblia, descansar "traz a idéia de satisfação no trabalho, ou a alegria da realização", desse modo sugerindo trabalho, adoração e libertação dos efeitos de tudo quanto é pecaminoso.
Paulo desejou ardentemente estar com Cristo (Fp 1.23) e, por estar que "a nossa cidade… nos céus", ele estava ansioso por que Jesus voltasse e transformasse "o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso" (Fp 3.20,21). Sendo o corpo ressurreto imortal, não estando sujeito à morte ou corrupção, e também porque Paulo parece afastar-se da idéia de ser um espírito despido (2 Co 5.3,4), alguns ensinam que, no estado intermediário entre a morte e a ressurreição, os crentes serão espíritos sem corpo, os quais, não obstante, serão confortados por estarem com Cristo.
Outros ensinam que, na morte, os crentes recebem um corpo "celestial" temporário, observando que Moisés e Elias apareceram no monte da Transfiguração com algum tipo de corpo e que túnicas brancas foram dadas às almas dos mártires no céu (Lc 9.30-32; Ap 6.9-11). Entretanto, Paulo esperava partir para estar com o Senhor, e ficar ausente do corpo dificilmente significa ir para outro corpo. Além disso, está demonstrado de modo muito claro na Bíblia que a ressurreição do corpo se dará por ocasião da vinda de Jesus para buscar sua Igreja (Fp 3.20,21; 1 Ts4.16,17).
Qualquer que seja o caso, é evidente que no céu haveremos de nos reconhecer uns aos outros, exatamente como o homem rico sabia quem era Abraão.
Fonte: http://projetoestudobiblico.com.br/209/doutrinas-biblicas/a-morte-e-o-estado-intermediario-no-novo-testamento

A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO ANTIGO TESTAMENTO

A Morte e o Estado Intermediário no Antigo Testamento


Apesar de a Palavra de Deus ter muito a falar acerca da morte, pouco revela sobre a vida após a morte. Neste estudo abordaremos o assunto pela pespectiva e ensinos do Antigo Testamento. Lembrando que temos outro estudo abordando a A Morte e o Estado Intermediário no Novo Testamento.


TEXTO BASE
Salmo 103:15-16

15 Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce;
16 Pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece mais.


DESENVOLVIMENTO
O Ponto de Vista do Antigo Testamento
O Antigo Testamento reconhece a brevidade e a fragilidade da vida. Jó, em sua angústia, disse: "Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão… A minha vida é como o vento" (Jó 7.6,7). Davi fala da morte como o "caminho de toda a terra" (1 Rs 2.2), observando: "Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce; pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece mais" (SI 103.15,16).
Por outro lado, o Antigo Testamento encoraja um otimismo sadio, dando mais ênfase à vida como um dom de Deus que deve ser desfrutado juntamente com suas bên­çãos (SI 128.5,6).3 Uma vida longa era considerada uma bênção especial de Deus (Sl 91.16). O suicídio era extremamente raro. A morte tinha de ser evitada tanto quanto possível. Na Lei, Deus colocou uma escolha diante de Israel: a obediência amorosa significaria vida e bênçãos; a desobediência e a rebelião da idolatria trariam morte e destruição (Dt 30.15-20). Isto foi verdadeiro até mesmo quando o rei Saul cometeu suicídio, pois a Bíblia diz: "Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o S e n h o r … pelo que o matou" (1 Cr 10.13,14). Deus tem o controle final sobre a vida e a morte. Entretanto, Ele permite que causas intermediárias— mesmo nossa imprudência, teimosia ou insensatez — encurtem ou limitem a nossa vida.
Ao mesmo tempo, a morte está no mundo como uma conseqüência do pecado e é inevitável a todos, pois todos pecaram (Gn 2.17; 3.19,22,23; Rm 3-23; 5.12; 6.23). Isto começou a ser reconhecido nos dias de Enos, cujo nome significa "mortal". O conhecimento de que todo o mundo, teria de morrer causou inicialmente um bom efeito, pois "então, se começou a invocar o nome do Senhor " (Gn 4.26). As pessoas piedosas do Antigo Testamento continuaram a seguir esse exemplo, à medida que freqüentemente iam em busca do Senhor pedir proteção da morte, para que seus dias fossem alongados. A morte era considerada um inimigo que trazia tristeza, em geral expressada em altos prantos e profundos lamentos (Mt 9.23; Lc 8.52). Mesmo assim, o lamento referia-se à perda da presença corpórea do ente querido, pois, como escreve Salomão, "o espírito [volta] a Deus, que o deu" (Ec 12.7).
Ensinos do Antigo Testamento
Ainda que grande parte do que sabemos acerca da vida após a morte não tenha sido revelado até o período do Novo Testamento, o Antigo Testamento realmente mantém viva essa esperança. A maioria dos israelitas do Antigo Testamento parece ter tido ao menos uma vaga idéia da vida após a morte.
Se os israelitas realmente não acreditassem numa vida após a morte, sem dúvida nenhuma a Bíblia teria feito alguma menção a esse respeito.9 Pelo contrário, Salomão reconhece que Deus "pôs a eternidade no coração do homem" (Ec 3.11, ARA). Isto implica que somos feitos para a eternidade e, por isso, embora possamos desfrutar das coisas boas que Ele nos dá, não podemos nos satisfazer com elas. Mesmo estando enfraquecido pelo pecado, nosso ser clama pela comunhão eterna com Deus.
Há outra expressão que indica que os santos do Antigo Testamento esperavam por uma vida após a morte. Deus disse a Moisés, depois de este ter subido o monte (o monte Nebo, nas montanhas de Abarim) e olhado toda a extensão da Terra Prometida: "[Tu] serás recolhido ao teu povo, assim como foi recolhido teu irmão Arão" (Nm 27.13). Arão, entretanto, foi sepultado no monte Hor e ninguém sabe onde Deus enterrou Moisés (Nm 20.27,28; Dt 34.1,5,6). Portanto, ser "recolhido ao povo de alguém" dificilmente pode ser uma referência ao túmulo. A senten­ça também sugere que "o teu povo" ainda existia, não estava destruído, não era um nada, como Jesus mesmo ressaltou (Lc 20.38).
No Antigo Testamento, o lugar da vida após a morte para os ímpios é, na grande maioria das vezes, chamado She'ol (geralmente traduzido por "inferno" ou "sepultura"). Também é identificado pela palavraavaddon, "Abadom, o lugar da destruição" (Jó 26.6; 31.12; Sl 88.11; Pv 27.20), e pelo vocábulo bor,"abismo", "cova", literalmente "uma cisterna", mas usado metaforicamente como a entrada para o She'ol, ou como sinônimo do próprio She'ol (Sl 30.3; Is 14.15; Ez 31.14). Entretanto, quando traduzido por"inferno" não é um lugar onde Satanás tenha seu quartel-general, tampouco é controlado por ele. É Deus que, o governa (1 Sm 2.6; Sl 139.8; Am 9.2).
O She'ol é traduzido por Hades. Quando o Novo Testamento cita o Antigo Testamento referindo-se ao She'ol, traduz esse termo por "Hades", o qual não é visto como um lugar indeterminado de que falam os gregos pagãos, mas como um lugar de punição (Lc 10.15; 16.23,24; cf. Ap 6.8; 20.13).16 Pedro também descreve os ímpios mortos dos dias de Noé como "espíritos em prisão" (1 Pe 3.19,20).
O She'ol é um lugar para os ímpios. Em vista disto, é importante notar que o Antigo Testamento não ensina que todo o mundo vai para o She'ol. É verdade que Jó fala da morte como um beth mo'ed, uma "casa do ajuntamento" para todos os viventes (Jó 30.23). Mas ele está se referindo simplesmente ao fato de que todos morrem, não está afirmando que todos vão para o mesmo lugar quando morrem.
O She'ol é um, lugar de punição. Algumas passagens indicam claramente que o She'ol é um lugar de punição para os ímpios (Sl 9.17; cf. Nm 16.33; Jó 26.6; Sl 30.17,18; 49.13-15; 55.15; 88.11,12; Pv 5-5; 7.27; 9.18; 15.10,11; 27.20; Is 38.18).
Fonte: http://projetoestudobiblico.com.br/206/doutrinas-biblicas/a-morte-e-o-estado-intermediario-no-antigo-testamento
Bíblia A Palavra De Deus


Nenhum comentário:

Postar um comentário