21 janeiro 2018

O BOM CARPINTEIRO

 
POR DANIEL SANTOS


"E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia." Marcos 8:26

Curas, sinais e maravilhas não são, e nunca serão sinônimos perfeitos no que tange a salvação da alma; embora JESUS tivera usado este método em sEu ministério para que se houvesse ali a intervenção de Deus entre os viventes, ainda estes fenômenos não garantem a vida eterna.
O versículo proposto é de uma riqueza estupenda, porém hoje iremos abordar alguns pontos que julgamos ser necessário para a nossa caminhada.

No ministério do Senhor Jesus precisamente em seus encontros, é possível identificar pelo menos três figuras fundamentais. 
São elas:
O Abençoador, o necessitado e a benção.
Temos que ser sinceros o bastante para admitir que nem todos os encontros, por mais que houveram sinais grandiosos, se resultaram em salvação. Esta assertiva nos leva ao seguinte princípio; o homem é livre!

Deus não barganha, não força e nem predestina o homem à condenação eterna!

"E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa." (Marcos 8:23)
Mesmo com um ministério exíguo no tocante ao tempo, pode-se extrair grandes ensinos com os milagres, isto é, os métodos do Mestre contém efeitos pedagógicos.

Confira a sequência;

>Troxeram-lhe o cego
Qualquer um, ou qualquer coisa pode ser usado para atrair o pecador.

>Levou o cego para fora
A operação de Deus só é trabalhada no ambiente escolhido por eLe.

>Cuspiu nos olhos
Palavra é direcionada à necessidade do pecador.

"E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam." (Marcos 8:24)
Na aula de bibliologia (uma das disciplinas de teologia) aprendemos que Lucas é o evangelista que mais detalha a humanidade de Cristo. Em seu tratado vemos que do Bar-Mitzvá (12 anos) até o sEu batismo (aproximadamente 30 anos) não é registrado mais nada à respeito do Senhor Jesus; são dezoito anos que ficaram por conta da história secular.
E o que o Senhor fez durante este período?

A Universidade Hebraica de Jerusalém, por meio do arqueólogo judeu Eliezer Sukenik, que tinha intensa inclinação à antiguidade dos documentos e a sua ligação aos “Essênios,” comprou um maço de três manuscritos, que hoje se conservam e mostram através de réplicas no Santuário do Livro em Jerusalém. Agora segundo uns qumranólogos (Qumran - Arqueologia) defendem que tanto João Batista, quanto o Senhor Jesus “culturalmente” emergiram do movimento “essênico”.
Pois bem, já Mateus nos informa algo interessante: "Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?" (Mateus 13:55) E é com esta informação que desenvolveremos nossa meditação. Era natural os filhos herdarem o ofício dos "pais".

Voltando ao supossto “insucesso” da cura; seria possível Jesus ter falhado em seu milagre?
Absolutamente!

"Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam." Estas árvores eram homens (madeiras) que caminhavam presos ao chão (terra, tradição, presente século...)
O carpinteiro de Nazaré estava ali com o machado da palavra rompendo todas as raízes da decadência espiritual.
Se o assunto for árvores, o carpinteiro às-conhece profundamente; o Senhor sonda os corações, e tem poder para trabalhar em todos os aspectos de nossas vidas.

"Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu cada homem claramente." (Marcos 8:25)
Ao constatar a miséria na qual os seus contemporâneos viviam; o Senhor Jesus o-leva a olhar para o alto, inclinar-se para as coisas celestiais.
A mão do Senhor (trabalho do Espírito) nos dá discernimento, conhecemos distintamente o que é do alto, e o que é do homem. Não sei se fui claro; observe a sequência:

1°)“e fez olhar para cima…
2°)e viu cada homem claramente".
Só podemos entender de fato a natureza humana, se primeiramente enxergarmos a glória do Criador...

Que Deus nos abençoe!

Referência literária:
Manuscritos do Mar Morto
MILIK, Joseph Thadeus
Dieci anni discoperte nel Deserto di Giuda, Roma Marietti, 1957.


 

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