No próximo dia 31 muita gente no Brasil irá comemorar o Halloween, ou Dia das Bruxas, uma tradição americana que vem se popularizando por aqui a cada ano. Estranhamente, há igrejas que “entram na onda” sem entender a profundidade disso.
O fundador da Igreja de Satanás, Anton LaVey, chegou a declarar: “Estou feliz por ver os pais cristãos deixarem seus filhos adorarem ao diabo pelo menos uma noite por ano. Bem-vindos ao Halloween”.
Para o ex-satanista e hoje evangelista John Ramirez, não há nada de “inocente” em pintar o rosto, usar fantasias ou decorar o ambiente com bruxas e abóboras. Para ele, essas ações são como dar autorização ao demônio, dizendo: “Esta é a minha igreja. Pode ficar com ela”.
A questão da legalidade para as ações demoníacas é um assunto controverso nas igrejas, havendo muitas interpretações diferentes do quanto as forças do mal podem interferir na vida de um cristão.
Contudo, escreveu Ramirez em artigo para a revista Charisma: “Não é por que não estamos realizando rituais demoníacos ou fazendo sacrifícios humanos, estamos isentos disso. Você sabia que assim que coloca uma fantasia [de Halloween] está dando lugar ao diabo? Por que, quando faz isso, você e sua família estão comemorando o feriado do diabo. Você age como quem faz um pacto com o inimigo, e já está sacrificando seus filhos espiritualmente quando os veste com fantasias, mudando assim a identidade deles”.
Ramirez diz que quando era um satanista, a noite de Halloween era “muito especial” para ele e seus amigos. “Quando éramos adoradores do diabo, esta era uma data muito especial para nós e ansiávamos em celebrá-lo, pois sabíamos de suas implicações e o poder das trevas por trás daquela noite. No mundo da feitiçaria, ela é muito diferente de todas as outras noites. Seria como perguntar a um cristão o quanto a sexta-feira santa e o domingo da ressurreição eram importantes para ele. O Halloween tem grande peso e importância para aqueles que vivem do lado das trevas”, explica.
Em seu testemunho, ele diz que os satanistas recebiam instruções “do mundo demoníaco” sobre o que deviam fazer naquela noite, pois se abria uma espécie de porta que liberava forças do inferno no mundo.
DIA DE TODOS OS SANTOS
Ele vai mais além, insistindo que essa realidade espiritual vai até o primeiro dia de novembro, que os católicos chamam de dia de Todos os Santos, data que antecede o dia de Finados. Porém, conforme o ex-bruxo “não há nada de santo nisso; é algo demoníaco”.
“O dia de Todos os Santos é enganador. Podemos até pensar que parece uma data santa, mas não há nada de inocente nela. Este feriado é comemorado em toda a América Latina, além de outras partes distantes do mundo. Na cultura hispânica, é chamado de Dia dos Mortos, e as pessoas lembram de quem já morreu através e cerimônias e visitas aos cemitérios… Mas este feriado não tem nada de santo e nada a ver com os santos”.
Na Bíblia, lembra Ramirez, “Quando o Senhor chama os crentes de ‘santos’, este termo refere-se a nós, que fomos santificados pelo sangue de Jesus Cristo e sua obra redentora na cruz. Fomos separados para as boas obras e para glorificar a Deus”. Para o evangelista essas datas, Halloween e dia de Finados deveriam ser usadas pela igreja para anunciar a salvação em Jesus e testemunhar para os perdidos da bondade de Deus e das promessas de vida eterna para todos aqueles que crerem nele.
“Como ministro, eu usaria o Dia de Todos os Santos para virar a mesa sobre o diabo e para celebrar a minha salvação e a salvação da minha família e entes queridos. Eu usaria isso como uma oportunidade evangelística na minha igreja para trazer pessoas não salvas para ouvir testemunhos da bondade de Deus e como Ele pode transformar suas vidas também. E naquela noite, eu daria ao diabo uma grande derrota em nome de Jesus, porque muitas almas seriam salvas”, finalizou.
Jarbas Aragão / Gospelprime
Por Litrazini
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