"E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas." Mt 5:41
Um soldado romano tinha o poder de obrigar uma pessoa a carregar suas cargas, durante uma milha, quase um quilômetro e meio. Os judeus odiavam este tipo de prepotência. Jesus surpreendeu Seus ouvintes, quando pregou: "Se alguém forçar você a andar uma milha, vá com ele duas" (Mateus 5:41).
Ao ensinar Seus discípulos a caminhar a segunda milha, Jesus pretendeu pregar sobre o poder da longanimidade, no contexto das injustiças que sofremos. Longanimidade significa, dentre outras coias, espírito compassivo, paciente, construtivo, diante das adversidades. O longânimo não é motivado pelo desejo de vingança, de fazer justiça com as próprias mãos.
O apóstolo Paulo, anos depois, reforçou o ensino de Cristo: "Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem" (Romanos 17 a 21). Paulo sabia que, por natureza, não somos longânimos. Por isso, neste mesmo contexto, ele nos mostrou o caminho: "Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito – Minha é a vingança. Eu retribuirei – diz o Senhor" (v. 19). Quando nos sentirmos injustiçados, ao invés de contaminar o coração com ódio e vingança, experimentemos entregar nossa causa a Cristo e permitirmos que Ele nos ajude a ser longânimos. Se é que somos discípulos de Jesus, nosso testemunho é o de andar a segunda milha.