04 dezembro 2014

Tudo Posso Parte 3


de Dennis Downing


Agora temos a terceira parte da nossa reflexão sobre Filipenses 4:13
e a famosa declaração de Paulo de que "Tudo posso naquele que me
fortalece." Como é que devemos entender esta afirmação ousada? Como
aplicar para nossas vidas hoje? Na última mensagem, nesta, e nas
próximas duas aqui na seção Vida em Cristo, vamos refletir sobre esta
promessa preciosa e como ela se aplica para nós hoje. Venha nos
acompanhar...

"Será que realmente 'Tudo posso naquele que me fortalece'?"

Há quatro pontos importantes que precisamos aprender desta passagem:

1. Nem tudo que eu quero, eu posso.
2. Nem tudo que eu posso, eu devo.
3. Nem tudo que eu posso, eu faço.
4. Mas, tudo que eu preciso, eu posso.

Agora vemos o terceiro ponto: Nem tudo que eu posso, eu faço!

Vimos que nem tudo que eu quero, eu posso. Descobrimos que nem tudo
que podemos, devemos. Mas, ainda precisamos admitir que nem tudo que
podemos e devemos, de fato fazemos.

Cristãos às vezes pensam que precisam fazer algo. Eles concluem que é
algo bom e necessário. É para ajudar os outros, é espiritual. Eles
tentam fazer e se frustram quando não conseguem. Eles reclamam que
Deus não ouviu suas orações ou não foi fiel às suas promessas.

Mas Deus muitas vezes deve olhar ao nosso redor para tudo que ele
preparou para nós, todas as obras que ele destinou para nós que nós
ignoramos porque estamos sonhando com o "impossível". Deus preparou
as obras que devemos fazer. Se faltam condições ou recursos, a culpa
não é de Deus.

O mesmo Paulo que afirmou "tudo posso naquele que me fortalece"
também declarou "...somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos
nelas." (Efésios 2:10) Se as obras e realizações foram preparadas "de
antemão" por Deus, certamente não faltarão condições para que sejam
realizadas. Talvez o que falta é nós reconhecermos as obras que Ele
preparou.

Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de
Deus, podemos afirmar que o homem pode fazer o que precisa. Mas esse
fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita
coisa que, além de podermos fazer, devíamos fazer, mas nem sempre
fazemos.

O irmão que quer abrir uma livraria para vender Bíblias para divulgar
a Palavra de Deus em seu bairro está compartilhando a Bíblia que já
tem com seus vizinhos? A irmã que quer servir as crianças do bairro
está cuidando de seus filhos ou dos filhos da sua irmã casada? A
jovem que quer evangelizar Rondônia está evangelizando seus parentes
e vizinhos onde mora?

Anos atrás ouvi o coordenador de um comitê de missões dar o seguinte
critério para avaliar futuros missionários. Ele, que havia sido
durante anos missionário na África do Sul, disse que não iam enviar
para um país estrangeiro algum homem ou mulher que não estivesse
fazendo discípulos e evangelizando na pequena cidade onde morava.

Por que o "missionário" teria que ir para terras estranhas para
evangelizar? Por que ele não podia fazer discípulos na sua própria
língua e cultura? Se ele não estivesse fazendo lá onde morava, não
deviam esperar que, por estar em terras distantes, ele passaria a
fazer.

Jesus estabeleceu um princípio - Fiel no pouco, fiel no muito (Mat
25:21,23). Será que Deus só coloca diante de mim coisas impossíveis?
Ou será que eu não estou nem sendo fiel nas coisas bem possíveis que
ele colocou diante de mim?

Vamos começar a ser fiel no pouco, a andar nas obras que Deus já
colocou diante de nós e para as quais ele já nos preparou e já nos
equipou. Sendo fiéis nestas coisas, certamente ele confiará coisas
maiores, coisas até então aparentemente impossíveis.

Veja também de Dennis Downing: Como Conhecer a Vontade de Deus
e "Tudo Posso Naquele que Me Fortalece" Parte 1.

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