22 junho 2011

Conflito cosmico I

 


O GRANDE CONFLITO CÓSMICO

Estudo I - GUERRA NO CÉU

"Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e
Deus nele." (1 João 4:16) O lugar de habitação de Deus é caracterizado
por Seu amor, e todo o que permanece nEle vive de maneira a glorificar
o Seu caráter. Mas este é um grande mistério. Lúcifer, um ser
angélico, que permanecia na presença de Deus, escolheu questionar o
caráter amoroso de Deus. Pouco a pouco, ele passou a espalhar seu
descontentamento entre outros anjos, provocando uma "guerra nos Céus.
Miguel [Jesus] e Seus anjos lutaram contra o dragão [Lúcifer], e o
dragão e seus anjos revidaram. Mas estes [o dragão e seus anjos] não
foram suficientemente fortes, e perderam o seu lugar no Céu". Apoc.
12:7 e 8.

Deus e Sua criação perfeita – Gên. 1:31; Sal. 104:24 e 25

No Salmo 34:8, Davi nos convida a "provar" (experimentar) por nós
mesmos este aspecto do caráter de Deus. No Salmo 145:7, ele descreve
uma ocasião em que as pessoas vão celebrar essa bondade com alegres
cânticos: "Comemorarão a Tua imensa bondade e celebrarão a Tua
justiça".

O que se aplica à criação na Terra aplica-se a todo o Universo. Se Ele
declarou a Terra muito "boa" e a criou sem qualquer inclinação para o
mal, seguramente o Céu e seus habitantes refletem esses mesmos
atributos.

Embora a origem do pecado seja um mistério, que características em
particular ajudaram a trazê-lo à existência? Leia os versos seguintes:
Isa. 14:12-15 Gên. 2:16 e 17; Gen. 3:1-6

Deus pode forçar todas as criaturas do Universo a adorá-Lo; Ele pode
forçar todas as criaturas do Universo a obedecer-Lhe; Ele pode forçar
todas as criaturas a temê-Lo – mas Ele não pode forçar nem mesmo uma
pessoa a amá-Lo. O amor, para ser amor, precisa ser livre. Qual é a
relação entre o amor de Deus e a liberdade em sua vida? Como você usa,
ou abusa, cada dia, dessa liberdade? Que princípios motivam suas
ações? Faça também a si mesmo esta pergunta difícil: "O que você está
fazendo com a liberdade que Deus lhe deu?"

De ungido a maligno – Ezequiel 28:12-17

O rei de Tiro era um rei ímpio e um monarca moralmente falido. Usando
esse rei como uma metáfora, Ezequiel retrata o rei de todo o mal.
Ezequiel 28:12-16 aponta para a queda de Lúcifer, de "querubim ungido"
a adversário de Deus.

Antes de sua queda, este ser angelical é descrito como "o querubim
cobridor" uma figura relacionada ao propiciatório no santuário. #Êxo.
25:8-22#; Êxodo 37:6-9; Heb. 8:5. Como a iniqüidade surgiu em um ser
que ocupava uma posição tão elevada, um ser que foi criado "perfeito"?

A queda de Lúcifer mostra que nem posição eclesiástica nem poder são
proteção segura contra o pecado. Essa segurança é encontrada somente
quando temos relacionamento com Aquele que cria e sustém. Veja Apoc.
12:11. Assim, até um ser perfeito como Lúcifer precisava manter um
relacionamento humilde e submisso com Seu Criador.

O pecado de Lúcifer – Isa. 14:12-15

Os livros de Isaías e Ezequiel foram endereçados aos governantes de
Babilônia e de Tiro. Mas alguns detalhes nas duas profecias só podem
ser verdadeiros se aplicados a alguém mais poderoso do que esses dois
reis humanos. Podemos entender os detalhes das profecias quando
entendemos a natureza dos escritos bíblicos. Assim como Deus estava
por trás do trono de Davi, em Israel (Isa. 41:21; Efés. 3:15), Satanás
estava por trás do trono desses monarcas pagãos. Assim como os reis de
Israel deviam refletir as características de seu verdadeiro Rei, os
reis de Tiro e de Babilônia exibiam as características da pessoa que
os governava. Também, da mesma maneira como os salmos de Davi dão
detalhes apontando para o Messias, que não se aplicam a Davi, também
essas profecias detalham coisas que não são verdadeiras a respeito dos
reis de Babilônia e de Tiro, mas referem-se, ao contrário, apenas a
Lúcifer

O título aplicado a Lúcifer em Isaías 14:12 reflete a posição que ele
tinha uma vez no Céu como líder dos anjos. Mas, sendo um ser criado,
sua posição sempre seria inferior à de seu Criador, Cristo. João
1:1-3; Efés. 3:9; Heb. 1:2. Lúcifer não quis reconhecer este fato. Não
importa quanto Deus tenha dado a Lúcifer, obviamente não foi
suficiente. Ele queria mais. E era um ser que desde o começo foi
criado perfeito! Que advertência a queda de Lúcifer deve ter sobre nós
– pecadores, egoístas e defeituosos desde o começo – sobre o perigo da
exaltação própria, do orgulho e da cobiça, especialmente quando surgem
de modo muito sutil?

As sinistras intenções de Lúcifer – Isa. 14:13 e 14

As reivindicações de Lúcifer começaram no coração – isto é, na mente.
Deus criou a mente como a sede de todas as emoções, decisões e ações.
Uma mente cheia dos pensamentos de Deus e de Sua vontade servirá como
proteção contra o pecado. Mas Lúcifer encheu a mente com pensamentos
de rebelião e de orgulho.

A maior pretensão de Lúcifer foi a de que poderia apoderar-se da
soberania que Cristo tinha sobre todos os outros tronos criados. Sua
pretensão não era só falsa, mas era uma rebelião direta contra a lei
básica da ordem criada: só o Criador pode ser soberano.

Qual é o problema desta presunção de Lúcifer? O problema é o sentido
em que ele queria ser igual a Deus. Lúcifer desejou o poder, a
posição, a autoridade e a glória de Deus; não o Seu amor, Sua
benevolência, Sua misericórdia.

A rebelião de Lúcifer não começou como revolta totalmente
desenvolvida; isso raramente acontece. Começa pequena, despercebida,
um pouco de dúvida aqui, um pouco de cobiça ou inveja em outro lugar.
Logo tudo isso se soma, tornando-se uma coisa que nunca havíamos
imaginado. A menos que guardemos nossa mente com a Palavra de Deus e
nos dediquemos diariamente a Ele, a revolta nunca estará longe.

Satanás expulso do Céu – Apoc. 12

Apocalipse 12 oferece uma dramática visão do grande conflito entre
Cristo e Satanás. Dado em três cenas importantes, que não estão em
ordem cronológica, o capítulo provê o fundo básico de um conflito que
envolve a todos nós (ninguém é neutro nesta guerra).

Os versos 1-6 relatam o ataque de Satanás sobre a Terra, primeiro
contra o menino Jesus, e então contra a igreja de Cristo, que tem que
fugir para o deserto por "mil duzentos e sessenta dias".

Os versos 7-12 destacam a guerra original no Céu, quando Satanás
rebelou-se pela primeira vez, e, com seus anjos caídos, lutou contra
Cristo, uma batalha que ele perdeu.

Os versos 13-17 destacam novamente a Terra, onde Satanás, expulso do
Céu, continua sua guerra contra Cristo (a quem ele foi incapaz de
derrotar), atacando a igreja de Cristo, o melhor que poderia fazer,
depois de atacar o próprio Cristo.

O grande conflito é um estudo de contrastes: o caráter de Satanás, que
busca o orgulho e a glorificação própria, em contraposição ao caráter
amoroso e desinteressado de Cristo. Provérbios 6:16-19 nos dá um
retrato de um deles. Filipenses 2:5-8 retrata o outro.

"A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o Universo, durante
todas as eras vindouras – perpétuo testemunho da natureza do pecado e
de seus terríveis resultados. A atuação do governo de Satanás, seus
efeitos tanto sobre os homens como sobre os anjos, mostrariam qual
seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina. Testificariam
que, ligado à existência do governo de Deus, está o bem-estar de todas
as criaturas que Ele fez. Assim, a história desta terrível experiência
com a rebelião seria uma salvaguarda perpétua para todos os seres
santos, para impedir que fossem enganados quanto à natureza da
transgressão, para salvá-los de cometer pecado, e de sofrerem sua
pena." – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 42 e 43.

Embora o grande conflito ainda esteja ativo nos níveis global e
pessoal, não devemos nos desesperar. "Deus é amor", "o Seu amor dura
para sempre" (1 João 4:16; Sal. 107:1), e Seu amor derrotou o inimigo
em nosso favor.

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