Sl 116 :12 Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?
O salmista tem um coração agradecido a Deus pelos benefícios que Deus lhe concedeu. Benefício é favor, graça. Deus lhe abençoou, então ele faz a pergunta: que darei eu ao Senhor? Talvez certa mentalidade de "barganha com Deus" tenha passado pela mente do salmista, porém percebemos que o sentimento de barganha cedeu o espaço para o espírito de gratidão. Ele estava grato a Deus por isto compôs este salmo. Mas por que ele estava grato? Ao lermos o salmo 116 percebemos algumas razões.
Ele estava agradecido a Deus pelas repetidas respostas as suas orações:
1 AMO ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.
2 Porque inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver.
Ele estava agradecido pelos livramentos de morte:
3 Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza.
4 Então invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma.
8 Porque tu livraste a minha alma da morte (...).
Ele estava grato pelo livramento do abatimento emocional.
(...) fui abatido, mas ele me livrou (v.6).
(...) os meus olhos das lágrimas (v.8).
Ele estava grato pelo poder de Deus que o capacitou a superar as tentações:
(...) os meus pés da queda (v.8).
Diante desses feitos de Deus em sua vida o salmista pergunta: Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito? Vejamos as três respostas que o salmista encontrou:
Primeira resposta: tomarei o cálice da salvação.
13 Tomarei o cálice da salvação (...)
Ele faz referência ao copo de vinho, que faz parte da celebração da Páscoa, que por sua vez, relembra o dia no qual os israelitas foram salvos da escravidão do Egito, o qual para com o crente é o dia em que Cristo nos salvou da escravidão pela Sua morte expiatória na cruz. Portanto, o coração grato deve sorver, entranhar-se da salvação concedida por Deus através de Jesus Cristo.
Segunda resposta: invocarei o nome do Senhor.
V. 13 (...) invocarei o nome do SENHOR.
Percebemos que a oração que ele se refere é toda gratidão a Deus. A gratidão para ele não era um adendo, um corpo estranho que é enxertado na oração no finalzinho, mas a razão de ser daquela oração é a gratidão pelos favores de Deus.
Terceira resposta: pagarei os meus votos de forma pública.
14 Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.
Nota-se que anteriormente, enquanto passava pelo aperto, ele prometeu algumas ofertas para Deus. Portanto, havia nele anteriormente uma mentalidade de "barganha" com Deus, do tipo: "se me abençoares farei isto ou aquilo". Entretanto, ele entendeu que Deus lhe concedeu um favor, ou seja, uma graça. Assim, ele não cumpriria mais os votos por causa do "espírito de barganha", mas por gratidão. É por que somos gratos a Deus que devemos cumprir os votos. É por gratidão a Deus que ofertamos. A gratidão tem que vencer o "espírito de barganha", de amargura e murmuração.
Seja você grato a Deus todos os dias e pergunte-se a si mesmo: Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito? Sabendo que por mais que você retribua não chegará à altura do favor de Deus, que nos abençoa por graça. O que importará a Deus é a gratidão como força motivadora para as suas ações em prol do reino de Deus e do próximo.
(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil).
- Att. Alvaro Rodrigo Nogueira 21 9614-1306 http://diggao.blogspot.com "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." Filipenses 4.13
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