'Usando Meu Tempo' Com Deus
As respostas para estas perguntas ainda estavam no futuro quando eu comecei neste primeiro dia a orar no quarto — usando meu tempo com Deus. Minha mente rodopiava com perguntas, dúvidas e ansiedade enquanto eu orava no Espírito. Poderia um homem realmente "ir mais profundamente em Deus" deliberadamente — simplesmente porque ele quer?
Aquelas horas no quarto eram longas! Eu orava em línguas, o que parecia uma hora, e então olhava no meu relógio: "Oh, não, só se passaram cinco minutos!". Então eu começava a orar de novo.
Nos meses seguintes eu me vi obediente ao meu quarto, assim como antes tinha que obedecer ao meu emprego na serraria. Quando a sirene sinalizava o começo do trabalho diário, eu estava sempre em posição, ajoelhado, pronto para orar.
Todos os dias as horas pareciam se arrastar, mas eu continuava firme. Eu decorei cada descoloração do carpete e da parede. Familiarizei-me tão bem com aquele quarto de oração, que, até hoje, posso pegar um lápis e papel e desenhar cada detalhe, minuciosamente. Eu me sentia como em uma prisão.
Do meu quarto, podia sentir o cheiro da madeira queimando, quando os serrotes cortavam as altas árvores. Eu podia imaginar meus amigos enterrando suas colheres nos caldeirões cheios de comida até a boca ou bebericando suas xícaras de café bem quente.
Eu estava particularmente tendo um dia "daqueles". Por que eu saí do meu emprego para fazer isso? O que esta suposta linguagem sobrenatural fez por mim até agora?
O meu homem espiritual se manifestou e disse a Palavra para as minhas emoções inconstantes: "Deus é um galardoador daqueles que o buscam diligentemente" (Hb. 11:6). Então, na minha mente passaram contínuas imagens das minhas falhas aparentemente sem fim. Eu me achei engasgado com as emoções que aquelas lembranças me trouxeram. "Oh Deus", eu clamei, "que esta palavra seja verdadeira!" Gradualmente a paz começou a acalmar minha mente turbulenta.
Deus não havia me dito para desistir do meu emprego e orar no Espírito por oito horas todos os dias. Foi uma decisão que eu tomei em um momento de desespero. Eu queria mais de Deus, mas não estava certo de como conseguir.
Por ler a Palavra, eu havia aprendido que a minha linguagem de oração foi me dada para a minha edificação e que eu podia orar mistérios, mas eu não havia tido o entendimento do que realmente aquelas verdades queriam dizer. Mesmo assim, eu estava determinado que, se fosse possível edificar-me por orar em línguas até que a minha mente fosse capaz de receber mistérios divinos, era isto o que iria fazer.
__,_._,___