03 novembro 2011

Livro- Dave Roberson - O Andar no Espírito - O Andar no Poder - Minha Jornada Pessoal Através da Revelação

 

2. Minha Jornada Pessoal Através da Revelação

Eu não me dei conta do plano de Deus para a minha própria vida até que me tornei um adulto. Quando era criança, não existia ninguém na minha vida que pudesse me ensinar a respeito disto.

O Início

Minha mãe era o que eu chamo de uma "alcoólatra periódica". Ela morreu no início de seus cinqüenta anos de cirrose no fígado.
Meu pai era filho de pregador e eu só descobri isso anos depois de responder meu chamado para o ministério, quando já adulto. Ele acabou enlouquecendo, passando a maior parte de sua vida entrando e saindo da cadeia. Quando eu já era maduro o suficiente para entender, minha mãe me disse que ela o expulsou de casa quando eu tinha quase dois anos, porque ele me batia muito.
Posso me lembrar de esconder meu aviãozinho de brinquedo embaixo da minha cama. Mamãe tinha economizado seus centavos do mercado para comprá-lo para mim. Quando meu pai chegava perto, eu tinha que escondê-lo; eu sabia que precisava fazer isso. Ele sempre me ameaçava, dizendo que atiraria em mim com uma espingarda cheia de sal, entretanto, eu não me lembro muito bem das surras. Quando eu estava crescendo, tive muitos outros pais temporários que vinham e iam. No entanto, não sabia muito sobre eles também.
Às vezes, os vizinhos iam a minha casa, buscar a mim, a meu irmão e as minhas duas irmãs. Eles lavavam nossos rostos e nos punham no carro para nos levar a igreja; era óbvio que éramos negligenciados.
Nosso avô finalmente nos acolheu. Ele me fez de "burro de carga" durante os meus anos de colegial — e quando eu digo "de carga", quero dizer carga mesmo! Quando entrei na Marinha dos Estados Unidos, estava em completa forma. Eu nunca tinha me exercitado nem feito um abdominal ou flexão em minha vida, no entanto, eu venci o campeonato de braço de ferro no meu navio! Também fui chamado para lutar boxe pela Marinha. Toda minha força física e treinamento vieram do meu avô, que me fez trabalhar como um animal na minha adolescência.
Ele era da época escolar rígida na educação dos filhos e eu nunca conheci muito sobre o amor de Deus e nem pude chamar nada de exclusivamente "meu". Quase toda chance que meu avô tinha, ele me dizia, "você nunca vai ser nada na vida, nunca! Você vai crescer para ser inútil exatamente como foi o seu pai Roberson".
Quando eu tinha dezesseis anos, um amigo meu (que também era filho de pregador) me convenceu de irmos a uma igreja Pentecostal aos fins de semana com o único intuito de encontrar garotas. Após a igreja, saíamos para beber.
Bem, a pregação do pastor não incomodava meu amigo nem um pouco, mas começou a me afetar. Uma noite eu fiquei tão tocado que fui até a casa do pastor depois que o culto havia terminado.
Bati na porta do pastor e quando ele atendeu, eu disse, "acho que tem algo errado comigo".
"Isto é a necessidade de arrependimento", o pastor respondeu. "O que você precisa fazer é aceitar a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal". Então, ele falou para que eu me ajoelhasse perto da cadeira e me conduziu à oração do pecador.
Eu deixei a casa do pastor me sentindo leve e feliz e da outra vez que saí com meus amigos, recusei-me a beber com eles. Contudo, ninguém da igreja "me seguiu" para ficar cheio do Espírito Santo ou me ajudou a crescer na caminhada espiritual. As minhas boas intenções duraram por volta de duas semanas, e então voltei para o meu estilo festeiro de vida.
Abandonei o colegial e saí de casa quando tinha dezessete anos, para nunca mais voltar. Foi então que entrei na Marinha. Logo depois que servi a Marinha, voltei para Deus numa igreja ultra-Santa. Foi lá que encontrei minha futura esposa, Rosalie.
Essas pessoas santas me disseram que o meu Pai Celeste estava fazendo o mesmo que o meu pai natural havia feito comigo — punindo-me por cometer erros. Eles estavam me ensinando o legalismo, mas eu não entendia isso. Eu pensei comigo mesmo, Bem, eu acho que perdi um pai como aquele e achei um outro igual!
No primeiro ano depois que me tornei salvo, tinha dificuldade de ficar na igreja, mas logo depois de me casar com Rosalie, fui batizado no Espírito Santo e nunca voltei para a minha vida sem Deus novamente. Eu nunca quis voltar.
Alguns anos mais tarde, nos mudamos para uma cidadezinha em Oregon chamada LaPine, onde a única igreja que havia era uma igrejinha Santa que era muito mais rígida do que aquela da qual tínhamos saído. Não havia nenhuma outra igreja ou reunião cristã. Arrumei um emprego em uma serraria e lá eu pregava!
Todos ao meu redor na serraria viviam em pecado, mas Deus me fortaleceu a permanecer na fé. O inferno lançou tudo o que podia em mim para que eu me afastasse de Deus. Mas por causa da mão sustentadora do Senhor, eu permaneci.
De vez em quando, um pregador vinha com um avivamento em nossa região. Quando isto acontecia, todos os sete homens que puxavam a corrente comigo na serraria iam ao avivamento, porque eu já tinha feito um trabalho árduo com eles, tentando persuadi-los a participar.
 
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