09 junho 2011

A Essência da Oração/ Pr Márcio Valadão - A CHAVE PARAO PERDÃO DE DEUS

 

A CHAVE PARA O PERDÃO DE DEUS
Quando você estiver orando, o Espírito Santo trará também ao seu coração determinadas situações e
pessoas que você deve perdoar. Pessoas a quem você precisa outorgar o perdão, do mesmo modo como
você recebe o perdão de Deus: pela graça. Não pelos merecimentos, mas pela graça. Não recebemos o perdão
do Pai por fazermos algo, mas pela sua graça, que obtemos por meio da confissão.
No momento em que você estiver orando, o Espírito Santo vai lhe trazer ao coração alguma pessoa
da qual você guarda alguma ofensa ou ressentimento; alguém que o machucou, ou o feriu que
lhe disse uma palavra dura; alguém a quem você não perdoou, e de quem continua trazendo aquela
mágoa dentro de si. Em Mateus 6.14-15, o próprio Jesus dá uma explicação daquilo que devemos fazer
nesse momento de oração. Ele disse: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tampouco vosso
Pai vos perdoará as vossas ofensas." Em Mateus 18, vamos encontrar Jesus trazendo
uma ilustração desse versículo, que nos fala da necessidade de perdoar. Vamos aprender com o
Senhor, lendo Mateus 18, do verso 21 ao 35:"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra
mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até
setenta vezes sete."
Jesus então contou uma parábola: "Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei, que
resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o Senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos, e tudo quanto
possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando- se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo
te pagarei. E o Senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém,
aquele servo encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo:
Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e
te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus
companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo o que acontecera.
Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;
não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também me compadeci de ti? E, indignando-
se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai
celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão."
Pedro, agora, já podia compreender aquela parábola. O rei tinha perdoado àquele homem, a sua
grande dívida. Mas o homem não pôde perdoar a um outro, o que este lhe devia, lançando-o na prisão até
que a dívida fosse paga. Essa notícia chegou até o rei. E o rei mandou chamar aquele homem e lhe disse: "Eu
não lhe perdoei toda sua dívida? Não lhe perdoei tanto? Por que você não perdoou o outro que lhe devia? Você
vai ficar preso, vou entregá-lo aos verdugos, aos atormentadores, até que você me pague toda a dívida que
tem para comigo".
O QUE  APRENDEMOS COM ESSA PAR ÁBOLA ?
Meu irmão, Jesus usou essa parábola para nos ensinar quatro lições. A primeira delas é que o nosso
débito para com Deus é maior que o de qualquer pessoa para conosco. Por maior que seja a ofensa que
alguém possa nos fazer, a nossa ofensa para com Deus é muito maior. Quantas vezes dizemos assim: "Ele me
machucou demais". Mas, quando caminhamos dentro da Palavra de Deus, vemos como temos machucado o
coração de Deus. E o Pai nos perdoou; e nos perdoou por um preço alto, a vida do seu Filho, equivalente à
dívida que, nunca em nossa vida, por nosso próprio esforço, poderíamos alcançar uma maneira de pagar.
Muitas vezes, não perdoamos nem aqueles que nos devem dívidas pequenas, aqueles que nos ofendem
com palavras.
A segunda lição que Jesus nos dá com essa parábola é que, quando nos recusamos a perdoar a outra
pessoa, colocamos aquela pessoa na prisão. Do mesmo modo como aquele homem colocou o outro
que lhe devia na prisão. Quando se recusa a perdoar alguém, você coloca-o na prisão. Ele está preso, não
é uma pessoa livre. É uma prisão, não de grades de ferro, mas de grades espirituais. E todas as vezes que
olhar aquela pessoa, ou vir alguma coisa que a traga à sua lembrança, você sempre a verá presa, porque
você a conserva assim: em grilhões. Isto porque você não liberou o perdão. Assim será com todos aqueles a
quem você não perdoar. A terceira lição é que temos que perdoar no mesmo
nível em que fomos perdoados por Deus. Se a dívida daquele segundo homem não fosse pequena, mas
uma dívida enorme, o primeiro deveria lhe perdoar da mesma forma porque recebera um perdão também
grande, da sua vultosa dívida, pela misericórdia do rei. A quarta lição que Jesus nos ministra nessa pará
bola é que, se escolhermos manter as lembranças das ofensas que nos foram feitas por alguém, viveremos
com a mente atormentada, em opressão maligna, até que libertemos aquela pessoa e a perdoemos. Jesus
falou que aquele homem foi entregue nas mãos dos atormentadores, dos verdugos, até que pagasse a sua
dívida.
AS RA ÍZES DA  AMARGURA
Há pessoas que não conseguem desfrutar de liberdade, de vitória, de alegria. Veem os outros felizes,
cheios de vida, de gozo, tão cheios da paz do Senhor, mas não conseguem desfrutar desses mesmos
sentimentos porque não libertaram ainda alguém, pelo perdão. Uma pessoa que está devendo
e não tem condições de pagar a dívida só pode se libertar dessa prisão sendo perdoada. Muitas vezes
o mal já foi feito, não há uma maneira de restaurálo, de retroceder. Mas, quando somos perdoados,
quando alguém nos diz: "Eu te perdoo", ficamos livres. E nunca mais aquilo nos atormentará a mente;
aquela lembrança não mais ficará corroendo o nosso ser: Estamos livres; completamente livres.
Mas, se não perdoarmos, o que acontecerá é que vai brotar dentro de nós uma árvore chamada
amargura. Por isso, amado, perdoe a esposa, (ou esposo), o filho; perdoe seu patrão, seu chefe, seu
vizinho. Perdoe. Perdoe sempre, porque o Senhor Jesus Cristo disse: "Porque se não perdoardes, não
sereis perdoados." Em outras palavras, não vamos desfrutar do perdão de Deus. Por isso, quando os
discípulos pediram: "Senhor ensina-nos a orar'', Ele os ensinou dizendo: "Perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como temos perdoado aos nossos devedores." Perdoe de coração; perdoe; pois, no momento
em que você perdoar, estará libertando a pessoa a quem você perdoou. É como se fosse um pássaro
engaiolado: quando a portinha da gaiola é aberta, acontece o perdão. O pássaro sai, voa. Vai viver a
vida dele. Aquela gaiola não tem mais nada a ver com ele. Está livre. No momento em que você perdoa
alguém, aquela pessoa sai da sua mente. Sai e para de ficar "cantando" dentro de você o dia todo.
Deixa de incomodá-lo. Você fica livre e aquela pessoa fica livre também. Este é um princípio que não
conseguimos ver com nossos olhos, porque não é algo material, é sim espiritual.
DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DA I
Se há alguma pessoa contra a qual mantém uma quebra no relacionamento, ou uma ofensa não perdoada,
ou então você não é perdoado por ela, existem como que correntes terríveis, amarrando ambas as
partes. Agora, não exija que a pessoa seja digna do perdão, para que você a perdoe porque não foi essa
a cláusula para recebermos o perdão de Deus. Não houve um momento na nossa vida em que crescêssemos
tanto em santidade ou, que tivemos uma vida tão linda diante de Deus para que Ele então nos desse o
perdão por nosso merecimento. Recebemos o perdão unicamente baseado na obra que Jesus Cristo realizou
na cruz do Calvário em nosso lugar. "Porque pela graça sois salvos, (perdoados) mediante a fé; e isso não vem de
vós é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2.8-9.)
E  A NOSSA ORAÇÃO SUBIRÁ COMO INCENSO
Não devemos curtir a ofensa que alguém nos tenha feito. Esqueçamo-la! E a única maneira de esquecer
é não a levando em conta. Você não vai esquecer no sentido de passar uma borracha, de apagar da
memória. Você nunca esquecerá uma ofensa. Mas não vai levá-la em conta. Perdoar não é esquecer. Só Deus
esquece a ofensa que Ele já nos perdoou. Mas você, como ser humano e cristão, não vai levá-la em conta. É
isso o que você vai fazer. Peça a Deus uma coração limpo, que não guarde
ofensa. Um coração puro diante de Deus para não guardar dentro de você nenhuma ofensa que possa
vir a receber de alguém. Querido, muitas vezes, ao orarmos, a oração se
transforma naquela coisa enfadonha, cansativa, pesada, porque não sabemos orar como Jesus quer que
oremos. Por isso, os discípulos pediram ao Senhor que lhes ensinasse como orar. E Jesus lhes ensinou. E entre
seus ensinamentos, está este princípio: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como temos
perdoado aos nossos devedores." Guardemos no coração esta palavra para que a
oração que agrada ao Pai flua de nossos lábios e chegue até o seu trono de glória. Só assim poderemos nos
deleitar nos momentos, ou até mesmo nas horas que passarmos em oração diante do Pai.
Deus abençoe!
Pr. Márcio Valadão
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