23 março 2025

Angústia, Problema Ou Bênção?



"Eu, porém, cantarei a tua força; pela  manhã  louvarei  com
alegria a tua  misericórdia;  pois  tu  me  tens  sido  alto
refúgio e proteção no dia da minha angústia" (Salmos 59:16).

"Parece que nasci para viver em aflição e  angústia.  Quando
penso que a situação está  melhorando,  constato  que  novos
momentos maus estão chegando", queixava-se uma mulher à  sua
irmã, quando esta a visitou em um final de semana.  "Em  vez
de se lamentar, pergunte a Deus o que Ele lhe quer ensinar",
concluiu a irmã, uma serva do Senhor Jesus.

Deus nos ama e tem muitas coisas a nos ensinar. E  é  nessas
horas de aflição que mais paramos para ouvir o Senhor e mais
aprendemos dEle. Quando enfrentamos sofrimentos,  aprendemos
muito mais de Deus do que em momentos de  tranquilidade,  em
que,  quase  sempre,  não  temos  tempo  para  ouvir  o  Pai
celestial.

O Senhor deseja que vivamos de maneira abundante  e  sejamos
muito  felizes.  Mas,  em  várias  ocasiões,  ficamos    tão
distraídos espiritualmente que esquecemos do  Senhor  e  Ele
permite que tenhamos aflições  para  que,  através  de  Seus
ensinamentos, possamos reencontrar o caminho  da  verdadeira
vida que deseja que tenhamos.

Se os dias nos parecem difíceis e aflitivos, devemos prestar
atenção no Senhor. Podemos estar nos afastando de  Cristo  e
Ele  está  preparando  oportunidades  para  que  voltemos  a
caminhar em Sua presença. Ele nos ama e  não  quer  que  nos
percamos dEle. 

Paulo Barbosa

O Dia da Expiação – Bode Expiatório

Texto: Levítico 16:18-19

Introdução: O Dia da Expiação era um dia importante para os israelitas. Conhecido hoje como Yom Kippur. Atualmente, os judeus não têm um templo e não praticam o sacrifício de animais. O Yom Kippur ainda continua a ser o dia mais sagrado no calendário judaico. Para os israelitas, o Dia da Expiação era um dia de confissão e purificação do pecado. Devemos observar com atenção os dois bodes mencionados neste capítulo.

Neste dia, o Sumo Sacerdote entrava no santo dos santos. O Sumo Sacerdote tinha permissão para entrar no lugar santíssimo uma vez por ano. (v. 2) Antes que ele pudesse entrar, ele tinha de se lavar e vestir as vestes sagradas. (v. 4) O sumo sacerdote tinha que oferecer um carneiro para expiação do pecado para si e sua família. (v. 5) Depois de ter feito expiação por seu pecado, ele poderia oferecer o sacrifício para a nação de Israel.

I. A Importância dos dois bodes

Dois bodes eram tirados do meio da congregação. Arão, o sumo sacerdote, lançaria "sortes sobre os dois bodes: uma pelo Senhor, e a outra por Azazel" (Levítico 16:8)
A. O bode do Senhor. (Levítico 16:15-19)
1. O sacerdote levaria o bode do Senhor até o altar para ser morto como oferta pelo pecado do povo. Este bode era oferecido como sacrifício e seu sangue era apresentado a Deus. O sacerdote espargia o sangue sobre o propiciatório e diante do propiciatório.
2. No versículo 16, somos informados de que esta oferta era feita por causa das impurezas, transgressões e pecados do povo. Até mesmo o lugar santo tinha que ter o sangue aplicado por causa da poluição do pecado do povo.
B. O bode vivo. (Levítico 20-22) 1. O bode vivo era conhecido como o bode expiatório. O sacerdote colocava as duas mãos na testa do mesmo e confessava os pecados de Israel.
a. Iniquidade significa "torto ou curvado" Refere-se à inclinação da natureza humana para o pecado.
b. Transgressão significa "rebelião, ou passar por cima de um limite"
c. Pecado significa "perder ou ficar aquém". Nós perdermos a marca da justiça de Deus. "Não há justo" (Romanos 3:10)
2. Este bode era um substituto. O bode era levado para o deserto e solto. Isto representava simbolicamente os pecados de Israel que estava sendo removida. As pessoas eram reconciliadas com Deus por mais um ano.
3. O sangue de touros e bodes nunca poderia tirar os seus pecados. Esta cerimônia tinha de ser repetida a cada ano.

II. O Simbolismo dos bodes

Os dois bodes representavam duas verdades: sacrifício e substituição. Os dois bodes eram um símbolo do que o Senhor Jesus fez por nós na cruz.
A. Jesus é nosso sacrifício pelo nosso pecado. (Hebreus 9:26) "sacrifício de si mesmo" 1. O sacrifício de Jesus satisfez a justiça de Deus.
2. O sacrifício de Jesus pagou o preço pelo pecado.
3. O sacrifício de Jesus virou-se a ira de Deus.
4. O sacrifício de Jesus tornou a misericórdia e a graça de Deus disponível.
a. "pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados" Mateus 26:28
b. "e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave" Efésios 5:2
c. "que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras" Tito 2:14
d. "o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai" Gálatas 1:4
B. Jesus é o nosso substituto para o nosso pecado. (Hebreus 9:28) "tirar os pecados de muitos"
1. "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" Isaías 53:5.
2. "Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" 2 Coríntios 5:21
3. "levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" 1 Pedro 2:24
4. "mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus" Hebreus 10:12
5. "Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados" Hebreus 10:14
6.  "E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas iniquidades" Hebreus 10:17

Conclusão: Jesus deu a si mesmo como nosso sacrifício e como nosso substituto. O culto de ceia é um lembrete do corpo partido de Jesus e do sangue derramado por nós.

Ao partilharmos da comunhão, ela deve humilhar-nos e levar-nos a examinar nossas vidas. Deve levar-nos a confessar os nossos pecados e ser limpos pelo Seu sangue. (1 João 1:7, 9)

A única maneira de um pecador ser perdoado é pelo sangue de Jesus. Ele deve se arrepender e receber a Jesus como seu Senhor e Salvador.

 Aldenir Araújo

07 março 2025

Libertação do Cativeiro Espiritual

 

Texto: Gálatas 5:1

Introdução

Vivemos em um mundo onde muitas pessoas, mesmo aquelas que professam a fé cristã, ainda se encontram presas em cativeiros espirituais. Esses cativeiros podem assumir várias formas, como vícios, medos, opressões espirituais, ou até mesmo legalismo religioso. No entanto, o apóstolo Paulo, em sua carta aos Gálatas, nos lembra de uma verdade libertadora: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gálatas 5:1). Essa declaração não apenas proclama a nossa liberdade, mas também nos exorta a permanecer firmes e não nos submeter novamente a um jugo de escravidão. Hoje, vamos explorar o que significa essa liberdade em Cristo e como podemos vivê-la plenamente.

1. O Propósito da Liberdade em Cristo

Paulo começa o versículo afirmando que Cristo nos libertou com um propósito claro: viver em liberdade. Essa liberdade não é uma licença para pecar, mas a liberdade de viver de acordo com a vontade de Deus, sem as correntes do pecado e da condenação. Em Romanos 8:1-2, Paulo também reforça essa ideia ao dizer: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”

A liberdade que recebemos é a libertação do poder do pecado, da culpa e da vergonha que ele traz. Não somos mais escravos das nossas falhas passadas, pois Cristo nos resgatou para viver uma nova vida de plenitude e comunhão com Deus.

2. O Perigo de Retornar ao Cativeiro

Paulo adverte os gálatas a “permanecerem firmes” e a não se deixarem submeter novamente a um jugo de escravidão. Essa advertência é importante porque, mesmo sendo libertos por Cristo, podemos ser tentados a voltar aos antigos hábitos ou padrões de pensamento que nos escravizam.

Um exemplo claro disso é o legalismo, onde as pessoas tentam alcançar a justiça através da observância estrita de regras e leis, ao invés de confiar na graça de Deus. Em Gálatas 3:3, Paulo pergunta: “Sois vós tão insensatos? Tendo começado pelo Espírito, acabareis agora pela carne?” Aqui, ele destaca o erro de tentar alcançar a perfeição pela carne, quando a verdadeira liberdade vem através do Espírito.

3. Como Permanecer na Liberdade de Cristo

Para permanecer na liberdade que Cristo nos deu, é essencial manter uma vida de comunhão com Deus, permitindo que o Espírito Santo nos guie e nos fortaleça. A oração, a leitura da Palavra de Deus, e a comunhão com outros crentes são fundamentais para nos mantermos firmes na fé.

Além disso, devemos estar conscientes das armadilhas que podem nos levar de volta ao cativeiro, como o orgulho, a autojustificação e a falta de perdão. Devemos lembrar que, em Cristo, somos novas criaturas, e “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).

Aplicação

Examine a sua vida: Há áreas em que você ainda se sente preso? Pode ser um pecado habitual, um medo constante, ou mesmo um sentimento de inadequação. Leve isso a Cristo e permita que Ele traga libertação.

Mantenha-se firme na fé: A liberdade em Cristo deve ser defendida diariamente. Isso significa resistir às tentações de voltar aos velhos hábitos e confiar na obra completa de Cristo em sua vida.

Ajude os outros: Muitos ao seu redor podem estar vivendo em cativeiros espirituais. Seja uma luz para eles, compartilhando a mensagem de liberdade que você encontrou em Cristo.

Conclusão

Cristo nos chamou para viver em liberdade, não como escravos do pecado, mas como filhos e filhas de Deus, livres para seguir o Espírito e viver uma vida que glorifica a Deus. Que possamos, como Paulo exorta, permanecer firmes nessa liberdade, confiando plenamente na obra redentora de Cristo, e nunca nos submetendo novamente ao jugo da escravidão. Amém.