13 outubro 2018

Espelho da Alma

Salmo 43
-IlustraçãoMostre um espelho para comparar com a mensagem desafiando a olhar a si mesmo. Se preferir use três espelhos com os tópicos da mensagem: Espelho da Consciência, Espelho da Palavra de Deus, Espelho da Oração.
-Introdução: Ao olhar um espelho notamos defeitos e aparência. Logo aproveitamos para tentar arrumar o que podemos. Este é um exercício diário que exige tempo e atenção de todos. Mas isso é apenas o exterior. Como seria se houvesse um retrato de nossa alma? Certamente seria muito mais do que um raio x, uma tomografia ou eco cardiograma, que mostram o interior apenas de forma física. Na verdade, o próprio rosto e os olhos demonstram nossos sentimentos (Provérbios 15.13).
Neste lindo Salmo, podemos imaginar o autor expressando seus sentimentos de forma decrescente, quanto ao nível de estresse até se acalmar diante do Senhor. Até o tom de voz do salmista parece ter começado como gritando (v.1) até silenciar seu coração (v.5).
Perceba a simetria na poesia deste Salmo de forma que desce os degraus do sentimento externo até a compenetração:
v.1,2- Raiva e indignação
                     v.3- Expectativa por uma resposta
                                v.4- Atitude de mudança em oração
                                            v.5- Reflexão silenciosa
Muitas pessoas têm receio de olhar para si mesmas e reconhecer suas dificuldades. Isso porque dói perceber isso, mas é necessário para um tratamento em busca de melhorar.

Como se ver no espelho da alma?

Vamos refletir em três coisas neste texto que revelam como o salmista conseguir se ver de forma tão nítida:


1- Espelho da Consciência:

v.1,2 “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação contenciosa; livra-me do homem fraudulento e injusto. Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?”
A primeira atitude do salmista parece estar de cara com a situação difícil que vivia. Talvez em meio a muita injustiça e perseguição. Por isso abre seu peito em clamor a Deus por sua intervenção e pede o socorro Divino. Essa atitude demonstra que sua consciência o faz sentir que algo está errado.
A consciência é uma ferramenta que Deus nos deu para nos ensinar o que é certo ou errado (I Timóteo 1.5 e 19). O senso de moralidade, respeito e responsabilidade estão registrados em nossa memória através da formação durante a vida.
Existem duas coisas que nos ajudam a olhar no Espelho da Consciência:
a) Sociedade: os princípios morais das pessoas ao nosso redor nos ajudam a ver o que é moralmente correto ou não. Por isso devemos amar a Deus e ao nosso próximo (Marcos 12.30-32). Os ensinos que aprendemos com a família e pessoas que amamos nos ajudam a olhar no espelho da consciência.
b) Temor de Deus: A sabedoria que vem de Deus começa com o temor do Senhor (Salmos 111.10). Quando tememos a Deus pensamos antes de agir e conseguimos reconhecer nossos próprios erros olhando para o espelho da alma.

Olhar no espelho da consciência é “consultai no travesseiro o coração” (Salmo 4.4). Encarar nossos próprios pensamentos e vontades como diante de um espelho é um grande desafio, mas podemos perceber essas coisas em fatores externos como o retorno das pessoas para o que fazemos e também quando tememos a Deus e obedecemos a Sua vontade.
Olhe no Espelho da Consciência!

2- Espelho da Palavra de Deus:

v.3 “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos”.
O salmista parece olhar para cima e invocar a Deus que mande uma solução, visto que de todos os lados não encontra uma saída. Pede ao Senhor que mande uma luz e mostre toda a verdade, diante de trevas e mentiras que havia ao seu redor. Estava em busca de uma Palavra de Deus.
A mensagem das Escrituras é a maior verdade que revelada (João 17.17), que também é a luz de Deus para guiar nossas vidas (Salmos 110.105). Deus conhece tudo sobre o ser humano e registrou em sua Palavra para nos ensinar como somos e como devemos ser.
Podemos olhar no Espelho da Palavra através:
a) Estudo: Jesus disse que devemos “examinai as escrituras” (João 5.39). Precisamos encher nosso coração da Palavra de Deus até que nossos lábios transbordem com sua mensagem (Lucas 6.46). Ao estudar a Palavra estamos olhando num espelho onde aprendemos para nossas vidas.
b) Meditação: O Espírito Santo tem a tarefa de revelar o sentido da mensagem escrita (I Pedro 1.19-21) e também de nos lembrar o que aprendemos com Jesus (João 14.26). Quando meditamos na Palavra de Deus o Espírito Santo nos mostra como um espelho e nos faz pensar sempre na vontade de Deus (Salmo 1.2).

A Palavra de Deus é tão poderosa que penetra dentro de nós e nos divide, separando tudo o que não é de Deus, mostrando todo erro como num espelho “porque a Palavra de Deus é viva e eficaz...” (Hebreus 4.12).
Olhe no Espelho da Palavra de Deus!

3- Espelho da Oração:

v.4 “Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu”.
Após desabafar sua revolta e pedir socorro a Deus, o salmista se volta para o altar do Senhor. Parece que se prostra tomando uma posição no lugar certo, como um adorador, deixando tudo para trás para buscar a Deus em oração.
A oração nos leva a contemplar nossas vidas como um espelho, onde nos abrimos diante do Senhor como um amigo (João 15.16). Na oração precisamos abrir nossas almas diante de Deus que já sabe de tudo, mas nos ouve com amor.
Como podemos olhar no Espelho da Oração?
a) Consagração: A oração é um ato de entrega em consagração a Deus. Podemos fazer isso confessando nossos pecados (I João 1.5-9) e também jejuando para nos fortalecer e abrir mão dos desejos da carne (Marcos 9.29).
b) Adoração: O louvor é uma arma poderosa de libertação (Atos 16.25,26). Quando adoramos a Deus, estamos cumprindo o propósito para que fomos criados (Isaías 43.7). O louvor ajuda a abrir nossa alma para olharmos no Espelho da Oração.

A vida de oração é um exercício de abrir a própria alma diante de Deus como num espelho. Por isso Jesus disse que devemos vigiar e orar (Marcos 14.38). Precisamos vigiar a nós mesmos como olhando num espelho e apresentar tudo a Deus em oração.
Olhe no Espelho da Oração!

Veja-se no espelho da alma!

-CONCLUSÃO:
v.5 “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.”
Este versículo poderia ser colocado em um espelho para meditar sobre si mesmo perante o Senhor todos os dias. Parece que o salmista estava realmente olhando no espelho e conversando sozinho, perguntando e respondendo para sua própria alma. Neste momento ele mesmo pergunta e dá a resposta porque consegue se entender e ser tratado por Deus.
Muitas vezes não conseguimos compreender o que acontece conosco. Ficamos confusos diante de tantas lutas e sentimentos. Mas Deus quer nos tratar e nos fazer encarar tudo com seu amor.
O Deus que criou o ser humano “à sua imagem e semelhança” (Gênesis 1.27), quer te contemplar com seu amor sem te culpar ou julgar, mas te fazer livre para viver a vontade do Senhor para sua vida.

Abra seu coração diante de Deus!

VALOR DO LIVRO CHAMADO BÍBLIA

 

A qualidade dos manuscritos bíblicos existentes supera em muito a de qualquer literatura antiga; a quantidade de evidências manuscritas do Novo Testamento é surpreendente. Existem mais de 5000 manuscritos em grego. Alguns deles contêm todo o Novo Testamento, outros apenas porções, e outros, ainda, são apenas rascunhos, contendo apenas algumas palavras. Mais de 9000 traduções antigas do Novo Testamento para o latim, siríaco, copta e outras línguas mediterrâneas nos dão uma ótima visão sobre o texto bíblico.

O lapso de tempo entre a composição do original e as cópias mais antigas existentes é centenas de anos menor que o de outros escritos antigos. A descoberta dos manuscritos do mar Morto levou os manuscritos mais antigos do Velho Testamento ao século II a.C. A maioria dos livros do Novo Testamento é atestada em manuscritos apenas 200 anos mais novos que os originais.

Alguns fragmentos em papiro do evangelho de João datam de apenas 50 anos depois do original. Hoje, poucas pessoas conseguem imaginar a dureza do trabalho dos escribas para copiar a Bíblia. Escribas judeus seguiam um rígido protocolo para eliminar os erros na Bíblia hebraica. Eles contavam linhas, palavras e letras para ter a certeza de que estavam no caminho certo. Eles conheciam a letra central do Pentateuco e a do Antigo Testamento inteiro, e essas letras funcionavam como um ponto de controle especial. Qualquer erro resultava na destruição do manuscrito.

Os escribas do Novo Testamento se acomodavam em mesas, balcões ou se curvavam com os joelhos diante de um rolo. Em alguns momentos, uma sala de copistas ouvia o ditado de um leitor. Em outros, o escriba copiava direto do exemplar, ou o original.

Especialmente nos manuscritos mais difíceis aparecem, às vezes, notas marginais como essas: "Escrever encurva as costas, faz com que as costelas comprimam o estômago e promove uma debilidade generalizada". "Fim do livro, graças a Deus!" "Não existe escriba que não irá morrer, mas o que suas mãos escrevem ficará para sempre".

Além da confiabilidade dos manuscritos, a arqueologia tem apoiado, de modo consistente, os detalhes históricos e culturais presentes na Bíblia. Uma das mais famosas descobertas se refere ao rei Belsazar da Babilônia (Dn 5.1). Nenhuma das listas de reis antigos incluía o nome de Belsazar, de modo que os críticos usavam sua presença na Bíblia como evidência de que Daniel "profetizava depois do fato", já no século II a.C. como forma de inspirar a resistência dos macabeus contra a investida dos selêucidas. Muitos críticos escreveram livros atacando o profeta Daniel.

Então, o nome de Belsazar apareceu em inscrições feitas em pedra, descobertas em 1956 em Harã. Além disso, uma cópia completa de Daniel foi encontrada entre os manuscritos do mar Morto, o que indica que, no século II a.C., Daniel já era reconhecido, reverenciado, reproduzido e distribuído como parte das Escrituras.

Qualquer que seja o teste de confiabilidade, você pode confiar naquilo que está escrito na Bíblia. Meu amigo, nenhum erro pode ser encontrado nas Escrituras.

JESUS disse: "A Escritura não pode ser quebrada" (Jo 10.35). Ele pregou a inerrância, até mesmo com relação aos próprios traços das letras e acentuações que formavam os caracteres alfabéticos no hebraico, aramaico e grego. Essas foram as línguas em que a Bíblia foi originalmente escrita."Nem um jota (a menor letra hebraica) nenhum til (a menor acentuação sobre as letras) de maneira nenhuma se omitirá da lei até que tudo seja cumprido" (Mt 5.18).

Se você é um dos que deixam a Bíblia de lado, na estante, apenas como enfeite, não sabe realmente o que está perdendo. "A grama seca, a flor murcha; mas a Palavra do nosso Deus permanece para sempre" (Is 40.8).

Adail Campelo de Abreu

Por Litrazini

O JESUS DA CRUZ



A ineficácia e a precariedade do sacrifício de animais como oferta pelo pecado na velha aliança seriam corrigidas com o sacrifício daquele que João Batista chama de "o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29, CNBB).

Uma vez que é impossível eliminar os pecados com sangue de touros e de bodes, como se fazia provisoriamente no sistema levítico, Jesus, ao entrar no mundo, declara: "Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade". Desse modo, Cristo remove (ou cancela, como está na Nova Versão Internacional) o primeiro sacrifício (ou o primeiro culto, como está na Edição Pastoral) para estabelecer o segundo (Hb 10.1-18). A Nova Tradução na Linguagem de Hoje é mais direta: "Deus acabou com todos os antigos sacrifícios e pôs no lugar deles o sacrifício de Cristo". É em virtude deste único e perfeito sacrifício que o pecador pode ser resgatado da vida inútil (1 Pe 1.18).

Quando o plano de salvação pela graça de Deus, e não por obras, se concretizou, começou a ser anunciado como boas notícias (Lc 2.10, 11). Eram de fato boas notícias porque já havia outro plano de salvação, que não contava com a misericórdia nem com o perdão de Deus.

Esse plano, nascido na Índia cerca de mil anos antes de Cristo, quando Davi era rei em Israel, ensina que a salvação é obtida sem nenhuma ajuda externa: "O indivíduo faz o mal por si mesmo, sofre por si mesmo, deixa de fazer o mal por si mesmo e é purificado por si mesmo".1 Esse processo de auto-redenção é demorado e exige muitas vidas, neste ou em outros planetas. Depende, portanto, de inúmeros renascimentos ou reencarnações.

Na época de Jesus já havia três grandes religiões desprovidas de boas notícias: o hinduísmo (desde o século10 a.C.), e o jainismo e o budismo (ambas desde o século 6 a.C.).

Enquanto o plano de salvação pela graça de Deus tomou conta do Ocidente, o plano de salvação pelo esforço humano se fixou no Oriente. Mas, a partir da segunda metade do século 19, a doutrina da reencarnação começou a tomar corpo na Europa (com o espiritismo de Allan Kardec na França) e na América (com o teosofismo de Helena Blavatsky e Henry Olcott nos Estados Unidos). Em seu livro A Doutrina Secreta, Blavatsky afirma que a doutrina básica da filosofia esotérica não admite privilégios, "exceto os conquistados pelo ego, através do esforço pessoal e mérito, mediante uma longa série de metempsicoses e reencarnações".2

O século 20 marcou o surgimento e a expansão de várias outras religiões reencarnacionistas, que pretendem fechar o cerco contra o plano da salvação contido no versículo mais conhecido da Bíblia: "Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho unigênito, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16, EP).

Além do hinduísmo, do jainismo, do budismo, do rosacrucianismo (desde o século 14), do sikhismo (desde o século 15), do espiritismo e do teosofismo, temos hoje a umbanda, o racionalismo cristão (1910), a antroposofia (1913), a Seicho-no-ie (1930), a Igreja Messiânica (1935), a brasileira Legião da Boa Vontade (1950), a cientologia (1955), a meditação transcendental (1968), a Igreja Internacional da Sabedoria Eterna (1962), o Hare Krishna (1965) e outras.

Unindo e cobrindo essas religiões e outros movimentos esotéricos, existe um enorme guarda-chuva, que se chama Nova Era. A Nova Era compete abertamente com a herança judaico-cristã e prega a necessidade de "libertarmo-nos dos restos do cristianismo para que, finalmente, os homens, seguindo uma super religião mundial, possam viver juntos em harmonia".3 A intenção não vedada da Nova Era é substituir os símbolos cristãos (o peixe, a cruz, o alfa e o ômega, entre outros) por seus próprios símbolos (o arco-íris, a fita entrelaçada, o yin-yang, o unicórnio etc.).

Ora, tal situação mostra-nos claramente que o maior desafio teológico que temos pela frente é não perder de vista o Cordeiro de Deus. Para tanto, é preciso "fixar bem a mente em Jesus, o apóstolo e sumo sacerdote da fé que professamos" e "dar maior atenção à mensagem que ouvimos, para não nos desviarmos" (Hb 3.1 e 2.1, CNBB).

Notas
1 Mather, George A. e Nichols, Larry A. "Dicionário de religiões, crenças e ocultismo." São Paulo: Vida, 2000. p. 63.
2 In: Mather, George A. e Nichols, Larry A. "Dicionário de religiões, crenças e ocultismo." São Paulo: Vida, 2000. p. 446.
3 In: Wilges, Irineu. "Cultura religiosa." Petrópolis: Vozes, 1994. p. 201.

Transcrito Por Litrazini