A VITÓRIA SOBRE A INVEJA.
Para que você entenda melhor esta matéria de estudo, vamos examinar detalhadamente cada um dos 3 passos dados pelo salmista em sua busca para superar a inveja:
1) CONTROLAR OS IMPULSOS.
O salmista chegou a esta conclusão: "Se eu dissesse: Também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos". (Salmos cap.73 vers.15).
Verificamos no versículo acima que o primeiro passo do salmista foi controlar os seus impulsos carnais. Ele disse: "Se eu falar alguma coisa contra Deus, conforme esses ímpios, se eu reclamar da minha situação, certamente estarei blasfemando contra Deus". O salmista teve bom senso e, pela fé, concluiu que, se blasfemasse contra o Senhor, estaria rebaixando-se ao nível de infidelidade dos ímpios. As constantes murmurações e as blasfêmias contra Deus impediram os israelitas de entrar na terra de Canaã. Este povo foi provado durante 40 anos no deserto e não soube controlar os impulsos da carne. O juízo divino, então, recaiu sobre ele.
O Senhor disse:
"Tão certamente como eu vivo e como a glória do Senhor encherá toda a terra, todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei, e até nenhum daqueles que me provocaram a verá". (Números cap.14 vers.21-22-23).
Deus executou um juízo rigoroso sobre os israelitas por causa das murmurações deles. Eles foram libertos milagrosamente da escravidão do Egito, atravessaram o mar vermelho a pé enxuto, viram sair água da rocha, comeram carne e maná, presenciaram a coluna de nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite, porém mesmo assistindo a todos estes milagres continuaram com o coração endurecido, porque não souberam controlar os seus impulsos carnais.
Nós, a Igreja de Jesus Cristo, durante a nossa caminhada por este deserto da vida, também devemos a cada instante controlar os nossos impulsos carnais, sujeitando-nos à vontade de Deus.
Se quisermos ser libetos da escravidão do pecado, ter o nosso nome escrito no Livro da Vida, compatilhar com os nossos irmãos em Cristo a alegria e o consolo do Espírito Santo, temos de guardar a Palavra do Senhor no coração, tomando sobretudo o capacete da salvação e a espada do Espírito. Somente com ela podemos desfazer os laços do passarinheiro e controlar os impulsos da carne. Deus nos garante total liberdade em Cristo, porém esta liberdade está condicionada à obediência aos mandamentos do Senhor.
Em (João cap.8 vers.31-32) está escrito: "Se vós permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Esta é a condição imposta pelo Senhor. Para conseguirmos controlar os nossos impulsos, precisamos guardar a Palavra de Deus. Isto implica obedecer aos mandamentos dele, ter a mesma mente e os mesmos sentimentos que Cristo, humildade e submissão a Deus, conforme descrito em (Filipenses cap.2 vers.5). "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus".
Controlar os impulsos implica negar a nós mesmos, dizer não às nossas vontades carnais, carregar a nossa cruz, exercitar a nossa fidelidade para com Deus. Agindo assim, obedecemos ao Senhor.
2) TENTAR ENTENDER A SITUAÇÃO.
O salmista disse mais: "Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado". (Salmos cap.73 vers.16).
Observamos que o salmista tentou entender a razão de seu sofrimento, fez uma análise introspectiva. Todo ser humano quer aprimorar os seus conhecimentos, para dirigir a sua vida. A ansiedade em dirigir a si mesmo começa geralmente na adolescência, aos 14 anos de idade, quando o jovem atinge a terceira fase de sua vida. Neste período muitos pais cedem terreno à vontade do filho, e este é influenciado pelo mundo. Nesta fase a pessoa geralmente depara-se com ocasiões em que é preciso tomar decisões importantes com relação aos estudos e ao trabalho. Quando o jovem atinge a fase adulta, aos 21 anos, assume completamente a direção de sua vida, adquire mais experiências e torna-se responsável por seus atos.
É para que os adolescentes adquiram base para a sua fé em Deus e aprendam a interpretar o mundo não apenas com o raciocínio lógico e materialista que os pais precisam ensinar-lhes a Bíblia e orar com eles. Porém, não é isto o que temos visto.
Muitos pais cristãos não têm se preocupado em educar os seus filhos nos caminhos do Senhor. Acham que Deus é quem ter que fazer tudo, e os pais somente ficarem observando. E depois quando acontecem situações desagradáveis ou embates críticos, ficam murmurando e achando que Deus não está fazendo nada. Cada um planta o que colhe, se você plantar mal, você vai colher maus frutos. Não fiquem achando que Deus é o culpado das desgraças que acontecem com seus filhos. Saiba que Deus está vendo todas as atitudes que você pai e você mãe tem adotado diante de seus filhos, em todos os sentidos da vida dele. O exemplo tem que começar dos superiores da casa. Lembre-se que um dia, você vai prestar conta de todas as suas palavras, obras e atitudes, em relação aos seus filhos.
Muitos e muitos adolescentes crescem sem o menor preparo espiritual, não conseguindo olhar para si mesmos, para os seus defeitos; não param sequer por um momento para fazer uma introspecção, nem deixam Deus dirigir a vida deles. Há muitos cristãos que se preocupam em analisar a vida dos outros, mas dificilmente querem corrigir as suas atitudes incorretas diante de Deus.
O salmista não agiu como um adolescente, que muitas vezes desobedece aos seus pais e quer levar uma vida independente. O salmista conhecia aos seus limites, as suas fraquezas, mas perguntou a si mesmo: "Por que estas pessoas prosperam ? Por que eu, que sou justo, estou enfrentando tanta tribulação e o ímpio tem uma vida tranquila ?"
O salmista avaliou a situação dos ímpios e fez uma análise introspectiva de si mesmo, de sua comunhão com Deus. Isso o deixou perturbado. Porque ??? Porque ele não pode encontrar resposta com base em seu intelecto.
Talves em meio a uma adversidade você tenha feito esta oração: "Deus, eu sou justo, sou fiel, dou o dízimo todo o mês, e tu não olhas para a minha situação. Não consigo entender porque existem ímpios que prosperam enquanto eu e minha família passamos por tantas tribulações !"
O salmista tentou, por meio dos precessos mentais, do seu intelecto, descobrir o porque de sua dificuldade. Ele tentou o poder da razão. Ás vezes o poder da razão nos ajuda a entender as nossas adversidades. Porém na maioria das vezes, esse poder não nos dá uma resposta satisfatória porque o que acontece conosco está numa esfera espiritual.
Mesmo sabendo que seria inútil tentar encontrar pelo raciocínio alguma explicação que justifica-se o seu sofrimento, o salmista refletiu, analisou a sua situação e acabou perturbado. Isto porque, como já dissemos, ele não conseguiu chegar a nenhuma conclusão lógica. Então, deu o seu terceiro passo, que é o mais importante para superar a inveja. BUSCAR A DEUS...
3) BUSCAR A DEUS.
O salmista disse: "Até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles". (Salmos cap.73 vers.17).
Neste terceiro e principal passo, está o grande segredo para superarmos a inveja. Primeiro o salmista controlou os seus impulsos carnais, depois analisou e tentou entender a sua situação pelo poder da razão, e, por fim, entrou no santuário, para se aproximar de Deus. Só então entendeu qual seria o fim dos ímpios. "Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor, a resposta da boca". (Provérbios cap.16 vers.1).
Somente Deus poderá abrir todas as portas e dar a resposta de que precisamos nos momentos das adversidades. Quando o salmista entrou no templo e aproximou-se de Deus, entendeu o fim dos ímpios. O salmista compreendeu que o espíritual está acima do racional.
Somente quando entramos no templo de Deus temos o campo de nossa visão ampliada e conseguimos resolver os nossos problemas aparentemente insolúveis. Somente quando entramos no templo de Deus conseguimos desviar os nossos olhos de nossos problemas e obter uma visão transcedental. Somente quando entramos no templo podemos ver o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e os serafins voando de uma a outra parte, dizendo: "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos..."
Entrar no templo de Deus implica viver em santidade e adoração, entender os mistérios da graça divina, obter forças para vencer os obstáculos e alcançar a vitória, encontrar as respostas para as nossas aflições. Tudo isto é possivel quando entramos no santuário de Deus.
Dentro do santuário, Ana encontrou alívio para as suas aflições, e Samuel ouviu a voz de Deus. Ali, Israel celebrou grandes festas e os sacerdotes ofereceram sacrifícios contínuos ao Senhor. O salmista Davi alegrou-se quando o convidaram para entrar no santuário. Neste lugar encontramos segurança, alegria, comunhão, santidade; enfim, o santuário é onde Deus habita no meio de seu povo.
QUE DEUS TE ABENÇÕE...
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