04 julho 2011

Sacolas da Vida

 
"A felicidade é
um bem que se multiplica ao ser dividido"
(Marxwell Maltz)


"Sacolas da Vida"



O crente deve munir-se sempre de duas boas sacolas.
Deve andar com elas na mente, no coração.
Não precisa carregá-las nas mãos, porque de nada adiantariam.
Essas sacolas são simbólicas, não materiais.
Mas, que devem existir, ah, se devem!


Uma delas é furada. Sim, não tem fundo. Não está estragada não; ela foi feita para não ter fundo.
A outra é completa, com fundo.




Na sacola furada nós devemos guardar tudo o que nos magoa;
tudo o que não presta;
 todas as afrontas e injustiças que cometeram conosco;
todas as más recordações;
todas as lágrimas que derramamos por dores e amarguras.
Essa sacola é uma bênção.
Nós colocamos tudo ali, em grandes quantidades, e a sacola nunca fica cheia!
É ali que devem ser guardadas as discussões e as brigas que tivemos.
Ali também devem estar as humilhações a que nos submeteram,
as críticas que recebemos,
as decepções que sofremos.

É por isso que a bíblia diz: "Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem." (Hb 12:15)




Já na outra sacola, a completa, devemos guardar outras coisas.
 Devemos guardar os amigos.
 Devemos guardar as alegrias e as coisas boas que nos acontecem.
Devemos guardar os jantares em família, os passeios e as festas alegres.
É ali que devemos guardar as coisas boas que nos marcam, para nunca sermos ingratos com quem quer que seja.

Ela é o depositário das boas memórias.


Nessa sacola deve ficar o primeiro encontro,
o primeiro beijo,
o dia da conversão e batismo,
o passeio e o intercâmbio da igreja,
a formatura,
o noivado e o casamento,
o nascimento do primeiro filho,
o dia da promoção,
o dia em que a sogra cozinhou bem (…brincadeirinha…),
 enfim, as coisas que dão alegria e contentamento à vida.

É nesse sentido que as Escrituras afirmam: "Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento" (Ec 12:1)



Somos tão mesquinhos e mal-direcionados, que custamos a aprender em que sacola guardar o que!
Geralmente invertemos as memórias:
 guardamos o que não presta num cofre com sete chaves, de onde nunca sai, e, com isso criamos grandes tristezas e dissabores para as nossas vidas, amizades e futuro;

E armazenamos as coisas boas na sacola furada, esquecendo-nos com a maior facilidade de cada uma delas!

É incrível!

Se, há quinze anos atrás, alguém nos respondeu torto, com ira, basta olharmos para o seu rosto, e nos lembramos com detalhes daquele dia.
Mas, àquele que nos sorriu ante-ontem, com carinho e consideração, simplesmente nos esquecemos!

Jogamos fora uma amizade de dez anos, com páginas incríveis de demonstrações de carinho e consideração, por causa de uma única desavença!
Como diria Tiago, "Meus irmãos, não convém que isto se faça assim." (Tg 3:10)
Vamos organizar as nossas memórias.
As coisas boas devem ir para a sacola completa.
As ruins para a sacola furada.

Veremos como é gostoso ser feliz!

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