05 julho 2011

ESPÍRITO SANTO VII


 
O ESPÍRITO SANTO

Estudo VII - Os Dons do Espírito Santo

"A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes". "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo" (1
Coríntios 12:1 e 4).

O Novo Testamento apresenta os dons espirituais como uma dotação de
Cristo concedida pelo Espírito Santo. Embora o Espírito seja um só, os
dons, ou as manifestações do Espírito, são muitos e diversos. Esses
dons da graça (charismata) são apresentados principalmente em três
passagens diferentes: Romanos 12:4-8, 1 Coríntios 12 a 14 e Efésios
4:7-13. Provavelmente, mesmo considerados juntos, esses exemplos não
sejam completos, mas ilustrativos dos dons espirituais. Esses dons
foram prometidos à igreja quando Jesus subiu ao Céu (Efés. 4:8 e 11).

Ninguém na igreja deve esperar receber todos os dons do Espírito. Nem
devem todos os membros esperar receber o mesmo ou os mesmos dons. O
Novo Testamento compara a igreja, em que aparecem as manifestações do
Espírito, ao corpo humano: diferentes partes, executando funções
diferentes, mas todos trabalham juntos para um objetivo comum.

A Igreja, um corpo

Leia 1 Coríntios 12:7-25, e pense:

1. Por que razão o Espírito foi dado à igreja?

2. Qual parece ser o principal interesse de Paulo neste texto?

3. Pela descrição de Paulo, qual é o papel do Espírito?

4. O que Paulo quis dizer ao comparar o corpo humano ao trabalho
do Espírito na igreja?

Pelo Espírito, nascemos de novo e nos tornamos membros do corpo de
Cristo. Pelo rito do batismo por imersão, nos unimos a uma igreja
local. Porém, os membros do corpo de Cristo, ou da igreja, não são
mais semelhantes do que os diferentes órgãos do corpo. É muito
importante não tentar tornar cada membro uma cópia em carbono do
outro. Deveríamos nos regozijar em nossa diversidade de dons.

Não obstante, assim como todos os órgãos são parte do mesmo corpo e
servem a um propósito muito definido, a igreja à qual nos unimos não
será completa nem constituirá um corpo sem todos os seus diferentes
membros. Porque, como corpo humano, precisamos dessas diferentes
partes; precisamos de pessoas diferentes que façam coisas diferentes.

Ao mesmo tempo, a diversidade não significa desunião. Como mostra a
analogia de Paulo, embora as partes do corpo sejam diferentes, tenham
diferente aparência e trabalhem diferentemente, todas estão
trabalhando em unidade com um propósito comum. Todo o trabalho feito
para o Mestre por diferentes pessoas com dons diferentes deve estar
conectado com o todo.

Sabedoria e conhecimento

"Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a
outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro,
no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar"
(1 Cor. 12:8 e 9).

É interessante que, no texto acima, a "palavra da sabedoria" e a
"palavra do conhecimento" são vistas como dons do Espírito.
Geralmente, costumamos pensar nessas coisas como sendo adquiridas, o
que aprendemos pelo estudo e/ou pelas labutas e lições da vida. Mas
essas duas idéias não estão em contradição. Algumas pessoas podem ler
e estudar, passando pela vida e sair sem "conhecimento" ou real
"sabedoria", pelo menos como a Bíblia define essas coisas (Prov. 1:7;
Provérbios 9:10). Assim, precisamos do Espírito Santo para nos dar
conhecimento e sabedoria segundo a Bíblia.

Leia 2 Timóteo 3:7, pois nos ajuda a entender a necessidade do
Espírito para obter sabedoria e conhecimento bíblico.

É triste, mas verdade, que alguns dos "maiores" estudiosos da Bíblia
na História não criam nas verdades da Bíblia. Podem ter sido
especialistas do mundo, renomados nas línguas originais e talvez até
terem sido insuperáveis no conhecimento da história bíblica. Mas a
sabedoria e o conhecimento espirituais a respeito de Deus, encontrados
nesses textos, foram completamente perdidos neles. Que desperdício!

Qual é a diferença entre a "sabedoria desde século" e a "sabedoria de
Deus"? 1 Cor. 2:5-7

Analise o contraste que Paulo faz entre os diferentes tipos de
conhecimento e sabedoria. Perceba, também, como ele contrasta a
sabedoria do mundo com o "poder" de Deus. Isso é importante, porque a
sabedoria de Deus é transformadora de vidas. Traz poder e mudança à
vida; não se refere apenas a fatos e proposições. É um poder
transformador que vem unicamente pela obra do Espírito Santo em nós. É
algo que todo conhecimento e sabedoria mundanos nunca poderão
realizar.

Milagres e curas

Os dons do Espírito permanecerão na igreja até que Jesus volte. Isso
inclui o dom de cura, como também o dom de operação de milagres (1
Cor. 12:8-10). Mas não consideramos apropriado que o cristão recuse
ajuda médica, esperando que Deus cure a doença por um milagre, sem que
se tenha feito nada para remediar a enfermidade. Deus não usa milagres
com extravagância ou de forma inútil. "O que o poder humano pode
fazer, o divino não é solicitado a realizar." –O Desejado de Todas as
Nações, pág. 535.

Como se deve entender as "operações de milagres"? 1 Cor. 12:10

Certa vez, alguém disse: Milagres são considerados milagres só por não
serem freqüentes. Se, por exemplo, o Sol surgisse só uma vez a cada
mil anos, os que o vissem acreditariam que teriam testemunhado um
milagre. Agora, por vermos surgir a cada dia, consideramos ser isso
uma ocorrência comum – apesar de ser realmente "miraculoso". Imagine
alguém que nunca viu antes um telefone celular na vida: Como pareceria
milagroso que a pessoa realmente ouça uma voz nessa pequena caixa!

Embora os "milagres", sem dúvida, possam fortalecer nossa fé, uma fé
que dependa deles não é mesmo fé verdadeira (Luc. 16:31). Talvez,
alguns de nós hajam testemunhado o que poderia ser considerado
"milagre"; talvez para outros, o maior "milagre" seja a mudança de sua
vida, provocada pela operação do poder de Deus. Embora o Espírito
Santo possa, em Sua sabedoria divina, operar milagres (veja Mat.
12:28) sempre que Ele assim decida, a operação de "milagres" não é
prova de que Deus está trabalhando, mais do que a falta de "milagres"
é prova de que Deus não está presente conosco.

Profecia e governo

Um dos dons mais citados e, talvez, um dos mais importantes, é o dom
de profecia. Leia o que significa "profecia". Rom. 12:6-8; 1 Cor.
12:10 e 28; Efés. 4:11

O profeta é um porta-voz de Deus para o povo, assim como o ministro é
o porta-voz da humanidade diante de Deus. O conteúdo da mensagem não é
essencialmente preditivo, mas pode ser qualquer mensagem que Deus
deseje dar ao Seu povo na ocasião, quer pertença ao passado, ao
presente ou ao futuro.

Além dos profetas que recebem a instrução de Deus, o que mais é
necessário na igreja para executar os planos divinamente revelados? 1
Cor. 12:28

A Nova Versão Internacional traduz "administração" em vez de
"governos". Embora a obra do evangelho seja de Deus, algum agente
humano precisa dirigi-la sob a direção de Deus.

"As circunstâncias ligadas à separação de Paulo e Barnabé pelo
Espírito Santo, para um definido ramo de serviço mostram claramente
que Deus opera mediante designados instrumentos em Sua igreja
organizada. Anos atrás, quando o propósito divino a respeito de Paulo
lhe foi primeiramente revelado pelo próprio Salvador, Paulo foi
imediatamente depois posto em contato com os membros da
recém-organizada igreja de Damasco. Demais, essa igreja não foi por
mais tempo deixada na ignorância quanto à experiência pessoal do
fariseu convertido. E agora, que a divina comissão então dada devia
ser mais plenamente levada a efeito, o Espírito Santo, dando novamente
testemunho a respeito de Paulo como um vaso escolhido para levar o
evangelho aos gentios, impôs à igreja a obra de ordená-lo e a seu
companheiro de trabalho". – Atos dos Apóstolos, pag.162/63.

LÍNGUAS

"O dom de línguas, como a profecia e os milagres, tem uma
falsificação. O dom original no dia de Pentecostes consistia em
idiomas humanos perfeitamente falados. A pronúncia de sons que não
podem ser identificados com qualquer linguagem humana não é apenas uma
perversão, mas uma falsificação do genuíno" – DAS Bible Commentary,
vl.12.

Leia porque o dom de línguas de línguas devia ser tão importante para
a primeira igreja. Mat. 28:19, 20; Marcos 16:15; Romanos 1:8

No início da igreja, havia a necessidade do dom de línguas, ou o
domínio de línguas estrangeiras. O evangelho precisava ser comunicado
ao mundo, e a maior parte dos cristãos, depois da ascensão, não
possuía o domínio de línguas estrangeiras.

Em seu esforço de evangelização entre os pagãos, Paulo precisava
constantemente usar uma língua diferente do seu aramaico nativo- a
linguagem comum dos judeus nos dias de Jesus e dos apóstolos. Corinto
era um grande porto de mar e cidade comercial, com pessoas de muitas
partes do Império Romano. Parece que alguns na igreja de Corinto
usavam com arrogância línguas que outros membros não podiam entender
prontamente. Paulo orientou a que não fizessem isso, a menos que
tivessem um intérprete, visto que ninguém na congregação, a não ser o
pregador, podia ser edificado por isso. (1 Corintios 14:4)

"Os judeus tinham sido dispersados por quase todos os países, e
falavam vários idiomas...Esta diversidade de linguagem era um grande
obstáculo para o trabalho dos servos de Deus em anunciar a doutrina de
Cristo nas partes mais afastadas da Terra. Ter Deus suprido a
deficiência dos apóstolos de maneira milagrosa, foi para o povo a mais
perfeita confirmação do testemunho desses mensageiros de Cristo" –
História da Redenção, pags.242,243.

Fonte: www.bibliaonline.com
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