11 abril 2011

7 ORAÇÕES QUE VÃO MUDAR SUA VIDA Stormie Omartian A Oração de Libertação 3

 

A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO 3
Ele é o Deus que me reveste de força e
torna perfeito o meu caminho.
— Salmo 18:32
A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO
"Você não tem valor e nunca será grande coisa", dizia minha mãe
enquanto me empurrava para dentro do pequeno armário que ficava debaixo
da escada e batia a porta. "Agora, fique aí até eu poder olhar para sua cara!"
O som de seus passos desaparecia enquanto ela atravessava o pequeno
corredor de volta para a cozinha.
Eu realmente não sabia ao certo o que havia feito que justificasse ser
trancada no armário novamente, mas sabia que devia ser algo ruim. Sabia
que eu devia ser má e acreditava que todas as coisas negativas que ela dizia
a meu respeito estavam, sem dúvida, certas. Afinal de contas, ela era minha
mãe.
O armário era pequeno, uma área retangular debaixo da escada onde
ficavam as roupas sujas em um cesto velho de vime. Eu me sentava sobre a
pilha de roupas e encolhia os pés para eliminar a possibilidade de tocar nos
ratos que, de tempos em tempos, corriam pelo chão. Eu me sentia só, não
amada e terrivelmente amedrontada enquanto esperava, naquele buraco
escuro, que o tempo aparentemente interminável que minha mãe levava para
se lembrar de que eu estava ali passasse ou que meu pai voltasse, momento
em que ela se certificava de me deixar sair. Qualquer um dos eventos
significaria que eu me livraria do armário e do sentimento devastador de ser
enterrada viva e esquecida. Como você provavelmente pode perceber por
esse único incidente, fui criada por uma mãe com problemas mentais e,
entre outras atrocidades, passei a maior parte da minha primeira infância
trancada em um armário. Embora certas pessoas soubessem do
comportamento estranho que minha mãe tinha de vez em quando, sua
doença mental não foi claramente identificada até eu chegar ao final da
adolescência. Durante todo o meu processo de crescimento, o
comportamento extremamente instável de minha mãe deixou-me com
sentimentos de futilidade, desesperança, impotência e profunda dor
emocional, tanto que, quando jovem, eu ainda era trancada em um armário
— só que os limites eram emocionais, não físicos. Eu estava cercada por
uma profunda dor sempre presente em minha alma, que se expressava por
meio de certos atos de autodestruição e um medo paralisante que
controlavam minha respiração.
Muitos anos depois, sentei-me em frente de Mary Anne, uma
conselheira cristã, que me disse que eu precisava perdoar minha mãe, se
quisesse me sentir inteira e completamente curada. Perdoar alguém que me
tratou com ódio e abuso? Alguém que arruinou a minha vida,
transformando-me em uma aleijada emocional? Como?, pensei comigo
mesma, arrasada diante da possibilidade de tamanha tarefa. Eu já havia
confessado meus pecados e, agora, minha conselheira estava pedindo que eu
perdoasse minha mãe — tudo isso na mesma sessão de aconselhamento.
"Você não precisa sentir perdão para dizer que perdoa alguém",
explicou Mary Anne. "Perdão é algo que você faz por obediência ao Senhor,
porque ele perdoou você. Você precisa se dispor a dizer: 'Deus, confesso o
ódio que tenho de minha mãe e peço teu perdão. Eu a perdôo por tudo o que
ela fez para mim. Eu a perdôo por não me amar e a coloco em tuas mãos'."
Por mais difícil que fosse, fiz o que Mary Anne havia dito porque eu
queria perdoar minha mãe, mesmo não sentindo nada que se aproximasse
disso no momento. "Deus, perdôo minha mãe", eu disse no final da oração.
Sei que, para mim, o fato de poder dizer essas palavras era sinal de que o
poder de Deus estava operando em minha vida. E senti o amor de Deus
naquele momento mais do que nunca.
Logo descobri, no entanto, que a falta de perdão com raízes
profundas, como a que eu sentia por minha mãe, deve ser desfeita, camada
por camada. Isso se aplicava, sobretudo, ao meu caso uma vez que os
insultos verbais de minha mãe continuaram a ficar cada vez mais intensos
com o passar do tempo. Um dia, enquanto eu estava pedindo novamente a
Deus que me desse um coração perdoador, eu me senti levada a orar:
"Senhor, ajuda-me a ter um coração como o teu para com minha mãe."
Quase de imediato, tive uma visão de minha mãe que nunca havia
tido antes. Ela era bonita, engraçada, amorosa, talentosa, uma mulher que
não se parecia em nada com a pessoa que eu conhecia. Meu entendimento
dizia que eu a eslava vendo do modo como Deus a havia criado para ser e
não como havia ficado. Que revelação maravilhosa! Eu mesma não poderia
lê-la imaginado. Nada superava meu ódio por minha mãe, exceto, talvez, a
profundidade de meu próprio vazio. Contudo, agora eu sentia compaixão e
empatia por ela.
Em um instante, juntei as peças de seu passado — a morte trágica e
repentina de sua mãe quando ela tinha 11 anos, o suicídio de seu querido tio
e pai adotivo alguns anos depois, seus sentimentos de abandono, de culpa,
de amargura e de falta de perdão que contribuíram para sua doença
emocional e mental. Eu podia ver como a sua vida, como a minha, havia
sido distorcida e deformada por circunstâncias que fugiam ao seu controle.
De repente, eu não mais a odiava por isso. Pelo contrário, sentia pena dela.
Estar em contato com o coração de Deus em favor de minha mãe fez
brotar em mim um perdão tão grande que, quando ela morreu alguns anos
depois, eu não tinha nenhum sentimento ruim contra ela. Na verdade,
quanto mais eu a perdoava, mais o Senhor trazia à minha mente boas
lembranças. Fiquei surpresa por ver que havia alguma!
O perdão leva à vida. A falta de perdão é uma morte lenta. O perdão
é contínuo porque, uma vez que lida com o passado, transgressões
constantes ocorrem no presente. Nenhum de nós passa por isso sem ter
nosso orgulho ferido ou sem ser manipulado, ofendido ou machucado por
alguém. Toda vez que acontece, isso deixa uma cicatriz na alma quando não
confessado, perdoado e tratado diante do Senhor. Além disso, a falta de
perdão também o separa das pessoas que você ama. Elas sentem um espírito
de falta de perdão, ainda que não possam identificá-lo, e isso as deixa pouco
à vontade e distantes. Você talvez esteja pensando: "Não tenho de me
preocupar com isso porque não tenho ninguém a quem deva perdoar." Mas
perdão também é deixar de criticar os outros, lembrar que as pessoas, muitas
vezes, são como são por causa do modo como a vida as moldou. É lembrar
que Deus é o único que conhece toda a história e, por conseguinte, nunca
temos o direito de julgar. Estar acorrentado pela falta de perdão o impede de
receber a cura, a alegria e a restauração que existem para você. Estar
libertado para receber tudo o que Deus tem para você, hoje e amanhã,
significa desprender-se de tudo o que aconteceu no passado. Significa fazer
uma oração de libertação.
A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO O LIVRA DE CULPAR DEUS
Meu marido e eu temos um amigo que é talentoso em muitos
sentidos, mas ele excluiu Deus de sua vida, culpando-o por um acidente de
carro no qual sua irmã morreu e ele se feriu gravemente a ponto de acabar
com sua promissora carreira nos esportes. Anos depois do acidente, ele
ainda pergunta, com amargura, por que Deus não impediu o acidente. A
verdade é que o acidente nunca fez parte do plano de Deus. Foi o diabo que
veio para destruir, porque a morte faz parte de seu plano. Nosso amigo é um
homem bom, mas está dolorosamente frustrado e insatisfeito porque tem
impedido Deus de operar poderosamente em sua vida.
Culpar Deus é muito mais comum do que a maioria de nós deseja
admitir, principalmente no caso daqueles que foram abusados, desprezados
ou profundamente desapontados por figuras de autoridade. A tendência é
pensar subconscientemente em Deus como sendo igual àquele pai, avô,
professor ou chefe abusivo, projetando nele atitudes e comportamentos que
nada têm a ver com quem ele realmente é.
Também culpamos Deus por qualquer coisa negativa que nossos pais
nos disseram sobre nós mesmos. Achamos que Deus deve ter nos criado do
modo como eles dizem que somos e nos perguntamos por que ele foi tão
descuidado. Também projetamos as imperfeições humanas em Deus. Por
exemplo, culpamos Deus se nossos pais não nos quiseram ou nos amaram.
A mentira em que acreditamos quando culpamos Deus é que "Deus
poderia ter impedido isso de acontecer. Ele poderia ter feito com que as
coisas fossem diferentes". A verdade é que Deus nos deu o livre arbítrio, o
qual ele não irá violar. Conseqüentemente, todos fazemos escolhas, e as
coisas muitas vezes são como são por causa dessas escolhas. Deus também
nos dá limitações e limites para nossa proteção. Se quisermos violar essa
ordem, deixando nossas circunstâncias à própria sorte ou à obra do inimigo,
criamos destruição.
Culpar Deus é uma atitude que não nos dá opção. Nós nos
colocamos em um beco sem saída, em vez de reconhecer Deus como a única
saída. Culpar Deus produz uma raiva inapropriada que será canalizada no
interior — deixando-o doente, frustrado e insatisfeito — ou no exterior,
levando-o a odiar seu cônjuge, abusar de um filho, tratar um amigo de
maneira grosseira, não cooperar com um colega de trabalho ou dar coices
em estranhos.
Para deixarmos de culpar Deus, temos de saber como ele realmente
é. E podemos descobrir isso quando olhamos para Jesus, que disse: "Quem
me vê, vê o Pai" (João 14:9). A menos que realmente deixemos que Jesus
penetre cada parte de nossa vida, não saberemos, de fato, como é Deus.
Quando você realmente conhece Jesus, vê que Deus Pai é fiel e
compassivo. O amor de Deus é ilimitado e inesgotável. Deus não despreza,
não abusa, não se esquece ou se engana. Ele nunca decepcionará ou será
imperfeito. Quando entendemos quem Deus realmente é e deixamos de
culpá-lo, encontramos paz e segurança. Se você está furioso com Deus,
então precisa conhecê-lo melhor porque há muita coisa sobre ele que você
não entende plenamente. A melhor coisa a fazer é ser honesto com ele sobre
isso. Você não ferirá os sentimentos de Deus — ele já sabia disso desde o
começo. Ore a Deus, dizendo: "Pai, fiquei louco contigo por causa desta
situação em particular (seja específico). Odiei isso e te culpei pela situação.
Por favor, perdoa-me e ajuda-me a me libertar disso. Leva embora minhas
falsas concepções a teu respeito e ajuda-me a conhecer-te melhor." O oposto
de culpar Deus é confiar nele. Decida agora em quem confiar. Você não
pode seguir em direção a tudo o que Deus tem para você se qualquer
amargura e culpa indevida tiverem um lugar em seu coração. Se você ficou
furioso com Deus, diga. "Deus, fiquei louco contigo desde que meu irmão
morreu naquele acidente." "Deus, fiquei louco contigo desde que meu bebê
morreu." "Deus, fiquei louco contigo por não ter conseguido aquele trabalho
pelo qual orei." Seja honesto. Você não ferirá o ego de Deus. Libere a
mágoa e se permita chorar. As lágrimas libertam e curam. Faça uma oração
de libertação: "Senhor, confesso minha mágoa e minha raiva, e minha
dureza de coração para contigo. Não guardo mais essa ofensa contra ti."
AQUI ESTÃO SETE VERSÍCULOS PARA LEMBRÁ-LO DA
BONDADE DE DEUS.
Você pode incluí-los em sua oração de libertação:
Como são felizes todos os que nele se refugiam! (Salmo
2:12)
Ele liberta os pobres que pedem socorro. (Salmo 72:12)
Os que buscam o SENHOR de nada têm falta. (Salmo 34:10)
Tu és o meu socorro e o meu libertador. (Salmo 70:5)
Transformarei as trevas em luz diante deles e tornarei retos
os lugares acidentados. (Isaías 42:16)
Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todopoderoso
perverta a justiça. (Jó 34:12)
O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a
salvo para o seu Reino celestial. (2 Timóteo 4:18)
A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO O AJUDA A PERDOAR OS
OUTROS
Abuso é todo tratamento desagradável que diminui o valor próprio
— abuso verbal, negligência, falta de amor visível —, além de
espancamentos e assédios. Se uma criança não consegue perceber a
aceitação dos pais, ela cresce com uma fome autodestrutiva de amor que não
pode ser satisfeita por nenhum ser humano. As necessidades não supridas na
infância serão igualmente fortes na fase adulta, mas serão habilmente
camufladas.
Se você foi abusado quando criança, não se engane dizendo para si
mesmo: "Nasci de novo — não deveria ainda sentir essa mágoa por dentro.
Deve haver algo errado comigo." O fato de você ainda sentir mágoa não
nega sua condição de nascido de novo ou o torna menos espiritual. Uma vez
que as pessoas têm a tendência de ver Deus do mesmo modo como viam os
pais, é preciso que tenham um tempo de cura e libertação, e que conheçam o
amor de Deus antes de haver a total confiança.
Perdoar seus pais é uma grande parte do processo de cura (e crucial
para evitar a armadilha de abusar de seus próprios filhos).
Você tem de perdoar seu pai que nunca o protegeu, sua mãe que o
maltratou e insultou, seu padrasto que não o amou, seu avô ou tio que o
molestaram sexualmente, seu pai ou sua mãe que nunca estiveram presentes
ou o deixaram à mercê da morte ou do abandono, seu pai ou sua mãe fracos
que o afastaram emocionalmente, seu pai ou sua mãe egoístas que o faziam
se lembrar que você nunca foi desejado, ou seu pai ou sua mãe deficientes
emocionalmente que não souberam educá-lo.
Essas experiências amargas e dolorosas irão continuar a machucá-lo
se você não lamentar sua dor diante do Senhor, colocar toda essa dor e
amargura nas mãos dele e pedir-lhe para ajudá-lo a perdoar. Você não só se
machucará se não perdoar, mas, pior ainda, poderá machucar seus próprios
filhos. Por amor a eles, se não a você mesmo, você tem de se desprender
completamente do passado.
Ver seu pai ou sua mãe como a criança não amada, maltratada ou
traumatizada que eles talvez tenham sido pode ajudá-lo a perdoar. Contudo,
a maioria das pessoas sabe pouco sobre as origens de seus pais. Grande
parte dos incidentes, principalmente os ruins, raramente é discutida, mesmo
por outro parente. Quando você entende que seu pai ou sua mãe não tiveram
a intenção de lhe negar amor, mas, na verdade, em primeiro lugar, nunca o
tiveram para dar, é mais fácil perdoar. Às vezes, o que um pai ou uma mãe
não fizeram magoa tanto quanto o que um pai ou uma mãe abusivos
fizeram. A falta de envolvimento ou de disposição de um pai ou de uma mãe
de intervirem e socorrerem você parece traição. É mais difícil reconhecer a
falta de perdão no caso desse pai ou dessa mãe que não se envolveram, mas
é mais comum do que pensamos. Peça para Deus lhe mostrar qualquer
sentimento de falta de perdão para com seu pai ou sua mãe que não vieram
ao seu socorro. Se houver, você terá de lidar honestamente com seus
sentimentos nesse sentido.
Todos precisamos de pais que nos amem, nos incentivem, nos
eduquem, sejam afetuosos com a gente, acreditem que existem coisas boas
em nós e estejam interessados no que fazemos. Aqueles de nós que não
tiveram pais assim têm necessidades que somente Deus pode suprir. Não
podemos voltar no tempo e arrumar alguém para nos abraçar e nos criar, e
não devemos exigir isso do nosso cônjuge ou dos amigos, porque eles não
podem fazê-lo. Isso tem de vir do nosso Pai celestial.
Deus é a nossa única esperança para restaurar relacionamentos
arruinados. Fazer uma oração para que a mágoa seja perdoada e louvar a
Deus pela transformação que ele fará é um dos caminhos pelos quais haverá
a restauração. Em momentos de fraqueza em que a vida parece fora de
controle, escolha colocar-se debaixo do controle de Deus. Entregue a ele
suas áreas de fraqueza de forma plena e honesta para que ele possa revertêlas
para serem vasos da força de Deus. Ele é um Deus de restauração e
redenção, por isso ele pode remir tudo o que ocorreu em seu passado. Ele
pode fechar a brecha entre você e seus filhos, ou pais, ou amigos. A
restauração não acontece da noite para o dia, mas a redenção pode
acontecer. Deixe que Deus opere agora em sua situação, para que ela possa
ser revertida e colocada na direção certa.
A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO É UMA ESCADA PARA A
PERFEIÇÃO
Se você não consegue perdoar outra pessoa, isso não significa que
você não seja salvo, e não significa que não irá para o céu. Mas significa
que você não pode ter tudo o que Deus tem para você e não ficará livre da
dor emocional.
O primeiro passo para perdoar é receber o perdão de Deus e deixar a
realidade desse perdão penetrar a parte mais profunda de nosso ser. Quando
percebemos até que ponto fomos perdoados, é mais fácil entendermos que
não temos direito de julgar uns aos outros. Sermos perdoados e libertados de
tudo o que já fizemos é um presente tão milagroso, como poderíamos nos
recusar a obedecer a Deus quando ele nos pede para perdoar os outros como
ele nos perdoou? Fácil! Focamos nossos pensamentos na pessoa que nos
ofendeu, e não em Deus que endireitou todas as coisas.
O perdão não faz com que a outra pessoa esteja certa; ele faz com
que você seja livre.
O perdão é uma rua de duas mãos. Deus perdoa você que, por sua
vez, perdoam os outros. Deus perdoa você rápida e completamente quando
você confessa seu pecado. Você deve perdoar os outros rápida e
completamente, quer eles admitam ou não a falha que cometeram. Na maior
parte do tempo, as pessoas não sentem que fizeram algo errado, e, se
sentem, elas certamente não querem admiti-lo para você. É por isso que
devemos colocar essa pessoa, a situação e a mágoa nas mãos de Deus em
oração.
Perdão é uma escolha que fazemos. Baseamos nossa decisão não no
que temos vontade de fazer, mas no que sabemos que é certo. Eu não tinha
vontade de perdoar minha mãe. Em vez disso, optei por perdoá-la porque a
Palavra de Deus diz: "Perdoem, e serão perdoados" (Lucas 6:37). Esse
versículo também diz que não devemos julgar se não quisermos ser
julgados. Em vez disso, devemos entregar as pessoas e as circunstâncias a
Deus e deixar que ele seja o juiz.
Há duas razões — uma espiritual e uma psicológica — para
perdoarmos. A razão espiritual é que desejamos obedecer a Deus, e ele nos
disse para perdoarmos os outros assim como ele nos perdoou: "Sejam
bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se
mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo" (Efésios 4:32).
Quando perdoamos as pessoas que nos magoaram, restauramos o mérito e o
valor que Deus lhes deu — não porque mereçam, mas porque Deus já fez o
mesmo por nós.
A razão psicológica para perdoarmos os outros é nos livrarmos da
dor e da vitimização que as outras pessoas infligiram a nós. Quando
perdoamos, fazemos a escolha de não mais deixarmos que o pecado das
outras pessoas dite nosso modo de sentir ou nossos atos. O perdão dá-nos a
liberdade para realmente levarmos nossa vida como Deus intentou.
Para mim, foi difícil entender que Deus ama minha mãe da mesma
forma como ele me ama. Ele ama todas as pessoas do mesmo modo como
ele me ama. O mais importante de se lembrar em se tratando de perdão é
que o perdão não faz com que a outra pessoa esteja certa; ele faz com que
você seja livre. A melhor maneira para transformar a raiva, a amargura, o
ódio e o ressentimento contra outra pessoa em amor é orar por essa pessoa.
Deus amolece seu coração quando você tenta ser íntegro e traz perfeição à
sua vida.

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