02 março 2018

O CERTO DE DEUS

por Vitor Hugo Mendes de Sá
(Dra. Mariana Mendes de Sá)
Já perdi a conta de quantas vezes ouvi a expressão “vai dar tudo certo” de tantos queridos que me abraçam e demonstram carinho ao tomarem conhecimento da cirurgia a que serei submetida em alguns dias. Eu agradeço e digo “amém” em resposta, pensando: que o “certo” de Deus aconteça e a vontade dele se cumpra!
Hoje, o que eu sei é que o “certo” de Deus é que eu faça essa cirurgia visando a retirada de um dos 9 angiomas cavernosos (cavernomas) presentes no meu cérebro, que sangrou há 6 anos e tem crescido significativamente durante esse período. Não aceitar submeter-me a essa cirurgia mediante clara indicação divina para fazê-lo seria simplesmente desobedecer – e assim escolher não cumprir o “certo” de Deus.
O que acontecerá – ou não – depois da cirurgia eu não sei, mas posso afirmar categoricamente que hoje, obedecendo o orientar do Criador, a criatura que esse texto escreve de fato vivenciará o “certo” divino. Se o “vivenciar” representa vida ainda na Terra eu, simples criatura, não sei. É essa a minha vontade, apesar do anseio real e cada vez maior em encontrar-me com Cristo, meu Salvador? Sim! Eu ainda tenho sonhos e não sinto que o meu tempo aqui esteja tão próximo ao fim.
E por isso eu oro, juntamente a tantos outros que me conhecem ou não, pelo sucesso da cirurgia. Em relação a isso, uma nota à querida família em Cristo: quero que saibam que também tenho orado diariamente por vocês – que Deus os conceda em dobro o que pedem em favor de mim e da minha família.
Mas assim, ouvindo tantos queridos me dizerem, por vezes emocionados, que “vai dar tudo certo” passei a refletir sobre essa expressão, definindo a palavra “certo” como o seguinte acrônimo:
Cumprimento da vontade do Pai
Experiência de valor incalculável
Regeneração da fé
Transformação das prioridades
Obediência irrestrita
Agora sim posso dizer que tudo já deu certo e continuará dando:
1) Cumprimento da vontade do Pai
A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm. 12:2) e está se cumprindo, além dos caminhos dele, mais altos do que os nossos (Is 55:9) estamos trilhando.
2) Experiência de valor incalculável
Estamos vivendo uma experiência com Deus cujo valor não pode ser medido. E pode parecer estranho dizer, mas eu hoje afirmo com toda sinceridade: não trocaria essa experiência por nada! Digo isso porque tem sido a partir dela que humildemente tenho crescido, deixando para trás as coisas de menina (1 Co 13:11).
3) Regeneração da fé
Minha fé e a de muitos outros tem sido regenerada através do poder da oração quando percebemos que de nada temos controle. Afinal, o que dei primeiro a Deus, para que fosse recompensada (Rm. 11:35)? Mas ainda assim, Ele me perdoa quando a Ele clamo, ficando com seus olhos abertos e seus ouvidos atentos às minhas (nossas!) orações (2 Cr. 7:15).
4) Transformação das prioridades
Minhas prioridades são transformadas. “A dor é o megafone de Deus” (C.S. Lewis), e desde quando apresentei o AVC hemorrágico há 6 anos, quando Deus literalmente me obrigou a parar em uma UTI para escutá-lo, percebi que Ele não estava ocupando o primeiro lugar na minha vida. E assim, prioridades mudam, de forma que a cada convulsão que apresento desde então eu sou relembrada: “você é pó, mas eu te amo – busque primeiro ao meu Reino, e as demais coisas lhe serão acrescentadas” (Mt. 6:33). 
5) Obediência irrestrita
Finalmente, decidi obedecer irrestritamente para que, como Jesus orou antes de ser sacrificado por amor a nós, não seja como eu quero, mas como o Pai quer (Mt. 26:39).
Sendo assim, quero afirmar a poucos dias da cirurgia em que Deus vai operar a retirada deste cavernoma, que por tantas vezes denominei como o espinho que tenho na carne: Ele é Deus e Sua graça é tudo o que preciso, pois Seu poder é mais forte quando estou fraca (2 Co 12:9).
Finalmente, peço orações pelo meu marido e grande amor Joás, meus pais e maravilhosos conselheiros Vitor Hugo e Linéa, minha irmã e melhor amiga Juliana e seu esposo, meu querido cunhado Tiago. Tenho percebido que é fácil ser paciente nessas horas. Muito mais desafiador é estar, como eles estarão, na sala de espera.
Muito obrigada por estarem junto comigo nessa, escolhendo viver o difícil, mas inigualável CERTO do Pai. A Ele toda honra, glória e louvor hoje, durante a cirurgia e para todo o sempre. Amém!

A ORAÇÃO DA CURA

 
Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem: todo o meu ser estremece.(Sl 6.2,3.)

Ainda bem que há um Deus atrás do qual eu possa correr em busca de cura, a exemplo do salmista: “Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem” (Sl 6.2).

Em muitos casos, a medicina nada mais pode fazer. E todos sabem e confessam que só resta o poder de Deus.

Não devo procurar Deus apenas quando se trata de cura física. Há muitas outras doenças de cura complicada, de cura demorada, de cura incerta e de cura impossível.

No contexto do Salmo 6, tudo indica que o salmista estava precisando de uma cura muito ampla. Ele fala em desfalecimento, tristeza, choro e lágrimas.

O que se sente depois de pecar — remorso, culpa, vergonha, desânimo — é uma perturbação muito dolorida e às vezes demorada.

A ausência de domínio próprio em certas circunstâncias e em certas áreas causa um estrago enorme.

A falta do pai e da mãe na infância ou a falta de amor e tempo da parte deles abre feridas de difícil cicatrização.

A inveja, o ciúme, a ira, a vingança, os atritos entre pessoas amadas geram graves danos emocionais.

A dissolução familiar provocada pela infidelidade conjugal, pela separação e pela morte é um dos maiores sofrimentos humanos.

Todas essas situações de sofrimento podem e devem entrar no rol das doenças que exigem diagnóstico, tratamento e cura. É possível que algumas delas sejam mais dolorosas e mais complexas que boa parte das doenças físicas, além de ser uma das causas de muitas enfermidades da área médica.

Frente a essa grande variedade de distúrbios físicos, emocionais, mentais, morais e espirituais, eu posso me aproximar de Deus e dizer-lhe: “Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem”. 

Retirado de Refeições Diárias com o Sabor de Salmos. Editora Ultimato.

Por Litrazini

MANTENDO COMUNHÃO COM O ESPÍRITO SANTO

 
“Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu...” Is 43.1-13

É conhecido o amor do Espírito Santo para conosco, seu cuidado, o zelo, Ele tudo faz para que tenhamos paz e estejamos aptos para nos encontrarmos com o Senhor Jesus, quando do arrebatamento da igreja. Agora, devemos conservar a comunhão com ele, procurando não pecar, não resistir, não entristecer e muitos outros cuidados que devemos ter.

ENTRISTECER AO ESPÍRITO SANTO
Veja a advertência de Ef. 4.30. A ofensa a uma pessoa é um golpe muito forte. Se ele entristece é porque nos ama e não quer que pratiquemos coisas incompatíveis com sua santidade.

O ESPÍRITO SANTO PODE SER ENTRISTECIDO DAS SEGUINTES MANEIRAS:
Quando nos rebelamos, Is 63.10. A rebeldia é resultado da insubordinação, de pessoas que sempre querem ser opositores.

O Espírito Santo não pode habitar em coração de onde procede desejos ímpios, palavras duras e torpes. Leia Ef. 4.29-31. O cristão deve possuir pensamentos puros e palavras de graça aos que ouvem (Gl 4.6).

Amor às coisas mundanas. João adverte em I Jo 2.15 quanto ao amor ao mundo, o que incita um ciúme santo da parte do Espírito Santo (Tg 4.5). Sorrateiramente as novelas, determinados programas de televisão vão dividindo o amor do cristão. Olha! Ninguém pode agradar a dois senhores, afirmou Jesus Cristo.

Resistência ao Espírito Santo At 7.51. Contém uma acusação séria contra os poderes que resistiam ao Espírito Santo através da abstinação, pessoas de dura cerviz, cujo pescoço não se curva. Incircuncisos de ouvidos (desatenção); e de coração (possuíam indisposição para atender).  

As pessoas resistem ao Espírito Santo, por não estarem interessadas em ouvi-lo, alegando que não tem tempo, mas na verdade, trata-se de um espírito rebelde.

A continuada reação ao Espírito Santo leva-nos a procrastinação (deixar para fazer depois o que pode ser feito agora), o receio das malévolas consequências do pecado, irão desaparecendo a ponte de não sentirem a gravidade do pecado. Quem resiste ao Espírito Santo, torna-se insensível a sua voz.

A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO
O pecado da blasfêmia é imperdoável, porque o que assim procede afasta-se conscientemente do plano redentor de Deus.

A prática de tal pecado pode ocorrer em nossos dias, mas poucas pessoas as cometem. A pessoa que se aflige por temer tê-lo cometido, prova que não o praticou.

OUTROS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER

Ausência de oração. O cristão que não ora está rejeitando o auxílio do Espírito Santo. Pois é uma realidade que assim como dependemos do ar para viver, precisamos dele para conforto e auxílio na ocasião necessária.

Quanto às advertências do espírito Santo. As nossas atitudes devem ser de evitar toda impureza, e satisfação das paixões carnais, pois os que ouvem a voz do Espírito Santo e não a atendem, ultrajam (pecam conscientemente) a Ele e vem causar escândalo.

Não apagar o Espírito (I Ts 5.19). O fogo deve ardem continuamente sobre o altar (Lv 6.12-13). O fogo não pode ficar sem lenha (vidas consagradas e abandono do pecado). O fanatismo e o formalismo são opostos e podem apagar a chama pentecostal.

É Preciso vigiar todo tempo para que não venhamos a perder a glória do Senhor.

Transcrito Por Litrazini