O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta." (Provérbios 22:7)
Os mais antigos são unânimes em dizer aos mais jovens que a vida hoje é mais fácil, que no passado não se tinha tanta facilidade como temos atualmente. Era difícil ter as coisas, era muito suado.
Esta facilidade deve-se às linhas de crédito que estão disponíveis ao consumidor. Antigamente os bancos eram poucos e as financeiras idem. Para ter uma casa havia uns dois bancos no máximo em que se podia financiá-la e não era nada fácil e nem barato.
Ao longo do tempo os bancos foram aperfeiçoando seus métodos, a legislação a respeito de empréstimos mudou, e as financeiras descobriram como recuperar seu patrimônio para que os bancos não perdessem dinheiro. Com isto, ampliaram-se as linhas de crédito, facilitando a obtenção de bens móveis e imóveis, duráveis e de consumo, e o acesso e disponibilidade a estes passou a ser mais comum.
O objetivo das financeiras e bancos, naturalmente, é obter lucro. Para isto, normalmente capta dinheiro de quem tem e precisa investir, pagando em torno de 0,5% a 1,5%/mês, isto para a poupança e aplicações conservadoras. Do outro lado, empresta para um financiamento a 1,7% a 14%/mês, desde financiamento de carros até cheque especial/cartão de crédito.
A diferença destes dois valores fica com o banco, que trabalha com o dinheiro destas pessoas. Não é a toa, que os bancos estão tendo lucro sobre lucro num momento em que nossa economia está vacilante e o desemprego aumentando.
Com estas facilidades de acesso ao crédito que dispomos hoje, podemos fazer um bom ou mal uso. O bom uso é poder adquirir os bens essenciais e de acordo com as nossas possibilidades, escolhendo as linhas de crédito mais baratas e que estejam de acordo com as nossa possibilidades.
Por outro lado, se não tivermos sabedoria em utilizar aquilo ao qual temos acesso, poderemos nos tornar escravos. Você já deve ter ouvido notícia de pessoas que deviam tanto que resolveram, num momento de fraqueza, dar cabo da sua vida pela impossibilidade de pagá-las; um caso extremo e que jamais deve ser seguido. Mas também ouviu ou sabe de pessoas até próximas que estão mergulhadas em compras pouco úteis, desnecessárias ou imprudentes, por exemplo: vou comprar um carro, então escolho o melhor tipo, o mais caro e parcelo a dívida com uma grande prestação.
Isto é a receita para o desastre, a menos que disponha de uma renda mensal suficiente para isto. Mas se é um assalariado, como fica caso tenha um revés? É preciso refletir para não comprometer o orçamento doméstico só para satisfazer um desejo supérfluo ou por posição social.
Ao fazer assim, muitos tem ficado "atados" ao seu credor e não conseguem mais nem dormir direito. As finanças são um dos maiores fatores de divórcio em muitos países.
Não quero com isto te dizer para não usar os recursos de crédito disponíveis, mas que faça bom uso. Por exemplo, se vai comprar um carro, guarde o dinheiro da entrada para que possa financiar o restante sem juros ou com juros muito baixos, os menores possíveis, e compre um modelo adequado ao bolso da sua família. Quer dizer, faça as contas e não compre por impulso.
Na época do Antigo Testamento, em que o provérbio acima foi escrito, já se emprestava dinheiro, e a juros altos, assim como na época em que o apóstolo Paulo escreveu o texto de Romanos 13:8 em que ele nos exorta a dever apenas o amor.
Portanto, precisamos aprender a lidar com o dinheiro e dividir nossas decisões com nosso cônjuge porque dois pensam melhor do que um, e façam tudo em acordo. Orem juntos e peçam orientação de Deus, que pode vir na forma de uma paz interior e, além disto, consulte alguém que conheça mais do assunto. Tenho certeza que vocês se sairão muito melhor na vida financeira, serão mais felizes, evitarão desentendimentos, serão menos ansiosos sobre o dia de amanhã e, sobretudo, serão servos apenas de Jesus e credor de muito amor daqueles que o rodeiam, inclusive do seu cônjuge.
PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE
- Como minhas decisões econômicas afetado meu relacionamento?
- O que posso fazer para ter mais sabedoria em minhas compras a prazo?
“Pai celestial, te peço que me dê a sabedoria necessária para dirigir minha vida financeira. Ensina-me e me dê a humildade de buscar conselho com meu cônjuge e com uem for necessário, antes de tomar uma decisão. Te peço perdão por todas as vezes em que não agi assim, e que tudo se torne novo em mim a partir de hoje. Quero ser livre em nome de Jesus. Amém!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário