O Mestre não nos quer perfeitos, apenas verdadeiros. Ainda assim, às vezes é tão grande nosso esforço por agradar a Deus e por impressionar as pessoas — tão decididos estamos a ser os cristãos perfeitos —, que vemos nossa energia sugada e nos mortificamos em razão de nossa exterioridade escorregadia e de nossa hipocrisia interior. Sentimo-nos perigosamente frágeis, tão inertes e infrutíferos como a árvore no rigor do solstício de inverno.
Precisamos de uma transfusão de origem divina. O coração do Mestre bate por nós, não contra nós. Ele sempre arrancará o verde falsificado e a esterilidade de nossa hipocrisia, mas jamais quebrará o caniço rachado (cf. Mt 12:20 e Is 42:3) de nossa vida despedaçada. Os ramos deixados ao longo do caminho nunca são arrancados em conseqüência de sua repulsa, mas sempre constituem parte de sua cuidadosa poda.
Por isso, venha e escute as batidas do coração do Mestre. Aproxime-se da realidade cálida daquilo que sua encarnação e ressurreição podem significar na rotina de sua vida. Sinta a vitalidade que retorna à alma quando você se aceita, recebe o amor do Mestre e se deleita com sua graça. Abrace a certeza que Deus tem o melhor para você e quer te entregar Suas maravilhas sem reticências.
“Eu resseco a árvore verde e faço florescer a árvore seca.” Ezequiel 17:24
Brennan Manning, em “O OBSTINADO AMOR DE DEUS”
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