22 outubro 2023

5º Aprenda a Perdoar


  • O que é o perdão;
  • Quais as consequências do ressentimento.
  • Como proceder quando ofendemos e quando somos ofendidos por alguém.

O perdão é extremamente importante porque demonstra um princípio espiritual muito sério: Deus trata você de acordo com a maneira como você trata o seu irmão.

Jesus disse:

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai

celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas

ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

(Mt 6.14,15)

Assim, Deus só nos perdoa se perdoarmos a quem nos ofende. Além disso, Ele deseja que tratemos uns aos outros da forma como Ele nos tratou, como lemos em Efésios:

Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos

uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. (Ef 4.32)

A única barreira colocada pelo Senhor para que suas orações não sejam ouvidas foi seu rancor e ressentimento.

Se você não perdoar os outros, também não será perdoada por Deus. Mas, por quê? O perdão de Deus não acontece pela graça? O problema é que quando você reluta em perdoar, está implicitamente pressupondo que é perfeito e que pode cobrar perfeição dos outros. Consequentemente, achando-se perfeito, você sai da posição de pecador e já não necessita da graça de Deus. Dessa forma, você não pode ser perdoado. Deus somente perdoa aos pecadores.

Existe um demônio que incita no ser humano um profundo sentimento de justiça própria que, muitas vezes, culmina em vingança. Podemos observar como esse espírito opera, quando vemos certos filmes de ação. O vilão comete as maiores atrocidades para nos levar a sentir um senso de justiça própria e desejo de vingança. Quando o mocinho age exatamente como o vilão, nós o justificamos por causa desse espírito.

Você não pode exigir justiça porque você mesmo não é santo. Como todos somos pecadores, não temos o direito de cobrar justiça de quem quer que seja. É por isso que devemos liberar perdão e simplesmente esquecer o erro do outro.

Quando decido não perdoar, também não sou perdoado, pois o perdão de Deus é somente para aquele que se declara pecador. Ao tomar tal decisão, estou me declarando justo e, portanto, perco o perdão que vem de Deus. Por isso, o Senhor disse que se não perdoarmos também não seremos perdoados.

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai

celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas

ofensas, tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. (Mt6.14,15)

  1. O que fazer?

Porque você foi livremente perdoado, graciosamente também libera o perdão sobre os outros.

  • Você não deve guardar ressentimentos, mesmo que justificáveis.
  • Não espere o arrependimento do outro para, só então, perdoá-lo.
  • Não alimente a mágoa no seu coração, mas trate dela rapidamente.
  1. Ressentimentos produz escravidão

A falta de perdão mantém você em escravidão pelos seguintes motivos:

  • Ressentimento é uma das causas de enfermidades;
  • Ressentimento produz fortalezas espirituais malignas. A amargura, por exemplo, é mais que ressentimento, é uma fortaleza espiritual. Amargura é um ressentimento antigo.
  • O ressentimento o torna escravo da pessoa que o ofendeu. Sua mente e suas ações estão sempre em função dela.
  1. O que fazer se você ofendeu alguém?

       Jesus disse:

Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu

irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai

primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua

oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto

estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o

juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo

que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo. (Mt 5.23-26)

Ser recolhido à prisão aqui pode significar uma série de coisas. Pode ser que, se você não resolver o problema com o irmão ofendido e ele morrer, ficará com uma pendência para ser resolvida no dia do julgamento. Pode significar também a manifestação de doenças físicas e mentais que podem ser um duro fardo em sua vida.

A falta de perdão propicia uma base legal para o estabelecimento de fortalezas malignas em sua vida.

  1. O que a pessoa ofendida deve fazer?

A primeira coisa é ir ter com o irmão. Jesus disse que “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só” (Mt 18.15).

Não comente com outras pessoas a respeito da sua mágoa ou ressentimento.

Jesus disse que se seu irmão pecar contra você e se arrepender, deve perdoá-lo quantas vezes for necessário.

Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.

Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo,

Dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. (Lc 17.3,4)

Não espere que ele se arrependa antes de perdoá-lo. Jesus e Estevão perdoaram antes de qualquer arrependimento por parte de seus ofensores.

Tanto o que pecou quanto o que ficou ofendido deve buscar a reconciliação.

  1. Podemos perdoar, mas ainda assim não restituir a

Pessoa à posição que ocupava em relação a nós

Jesus disse:

Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.

(Lc 17.3,4)

O perdão, portanto, é aplicável em qualquer situação, mas a restauração da posição da pessoa que lhe ofendeu ao nível de relacionamento que tinha com você antes de pecar somente acontece quando há arrependimento. Suponha que um irmão lhe peça mil reais emprestados. Passam muitos dias e ele não lhe paga e nem mesmo se justifica. Você deve perdoá-lo? É claro que sim. Mas, e se ele vier lhe pedir mais dinheiro emprestado? Nesse caso, você perdoa, mas não precisa emprestar dinheiro novamente, porque ele nunca se arrependeu do pecado cometido.

  1. Dicas práticas
  • Abandone toda atitude mundana. Geralmente, no mundo, julgamos as outras pessoas pelas ações, mas a nós mesmos pelas intenções. Queremos que todos entendam que não foi nossa intenção cometer aquele erro, mas ignoramos as justificativas dos outros. Aprenda a aceitar as explicações dos outros.
  • Comumente exigimos justiça para os outros, mas queremos misericórdia para nós mesmos. Talvez seja melhor inverter essa ordem. Seja justo consigo e tolerante para com as falhas dos outros.
  • O perdão é uma decisão e não um sentimento. Resolva perdoar e sentimentos de misericórdia virão depois. Não espere ter uma “amnésia santa”. Você ainda vai se lembrar da ofensa do outro, mas resolva permanecer com a atitude de perdão.
  • Abandone todo sentimento de justiça própria. Reconheça-se um pecador. Como tal, você não tem direito de cobrar perfeição de ninguém.
  • Repreenda o espírito de vingança que tem tentado estabelecer uma fortaleza maligna em sua vida. Peça ao irmão designado para ser seu Anjo da Guarda que o ajude em oração, repreendendo todo espírito maligno.
  • Peça a Deus para mostrar a você como Ele vê o agressor. Se você vir como Deus vê, passará a sentir como Deus sente.
  • Resolva nunca mais mencionar a ofensa para outros. Perdoar é esquecer e só esquecemos quando deixamos de falar no assunto.

Libere a bênção de Deus sobre aquele que o ofendeu.

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