Orar “Ó Aba, Todo-Poderoso, eterno e infinito” não somente evita o sentimentalismo barato, mas vai ao encontro do que creio ser a necessidade mais importante e urgente em nossa geração – uma nova percepção da transcendência. Tal percepção de forma alguma diminui a ternura e o afeto do título “Aba”. Dirigir-nos a Deus desse modo é a expressão mais simples e corajosa da confiança absoluta de que Deus é bom, está ao nosso lado, e cremos que “Como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que O temem” Sl 103:13. A percepção da transcendência restaura a reverência, o fascínio, o temor e a adoração de quem ora: “Aba, eu pertenço a Ti”. É o complemento cristão para uma primorosa declaração: “Temor sem amor é uma imperfeição; amor sem temor não é absolutamente nada”. A carta aos Hebreus descreve a eficácia da oração que Jesus dirigiu ao Seu Aba; “…tendo oferecido preces e súplicas com forte clamor e lágrimas ao que podia salvá-Lo da morte, e tendo sido ouvido pela Sua reverência” (5:7-8). Não quero uma espiritualidade terrorista que me mantenha num perpétuo estado de pânico com relação ao relacionamento correto com meu Pai celestial, nem uma espiritualidade tola que retrate a Deus como se fosse um ursinho de pelúcia tão bonzinho, que não há comportamento ou desejo anormais que eu possa ter que Ele não venha a aprovar. Quero um relacionar-me com o Aba de Jesus, que é infinitamente compasivo diante de minha fraqueza e ao mesmo tempo um mistério tremendo, incompreensível e invencível. Brennan Manning, em “CONFIANÇA CEGA” |
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