Como se sentiria caso estivesse no lugar do profeta Daniel e lhe dissessem que, por causa de sua obediência fiel a Deus, você seria jogado em uma cova cheia de leões famintos? Talvez Daniel tenha orado e esperado que um anjo o salvasse antes de entrar na cova. Mas nenhum anjo apareceu. Pode ser que ele tenha pensado que seria transportado sobrenaturalmente até um lugar seguro, sumindo diante dos olhos do rei Dário e sua corte. Nada disso aconteceu também. Quando levaram Daniel preso em direção à cova dos leões, é provável que tenha passado pela cabeça dele que Deus o salvaria durante o percurso, livrando-o dos homens. Isso também não ocorreu. Quando Daniel ouviu o rugido dos animais, pode ter começado a perguntar-se onde estava o Senhor. No momento em que foi jogado na cova e cercado pelos animais, descobriu o lugar no qual Deus se encontrava – bem ali, na cova junto com ele! O Senhor tinha enviado um anjo à frente para fechar a boca dos bichos de forma que nada de ruim acontecesse ao Seu servo. Ele salvou Daniel mas o profeta teve que passar pelo processo de acusação e punição, indo parar na cova das feras, sem que soubesse o resultado de antemão. Onde estava Deus? Daniel teve de mudar o foco de confiança, das obras de Deus para Deus em si (a história completa está em Daniel 6). A visão de Daniel em relação á fé genuina é muito rara hoje, pois muitas das nossas crenças contemporãneas promovem uma visão superficial da fé, uma “fé vaga”, e não na fé permanente e suparadora. Esta fé não-bíblica é um sentimento baseado no desejo de escapar dos problemas, das provações e dos testes, em vez de encarar a idéia do confronto, persistência e superação, a fim de provar o poder eterno do Reino. Precisamos da fé de Daniel, a fé que é estável mesmo quando nossa expectativa da estratégia divina é mal calculada, da fé que está disposta a ser provada, revelando sua natureza eterna. Myles Munroe, em “RE-DESCOBRINDO A FÉ” |
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