Postado por Presbítero André Sanchez
Você já sentiu preguiça? Não estou falando aqui daquele pequeno desânimo que às vezes temos de realizar uma atividade ou outra, mas sim daquela falta de disposição constante, intencional de não querer fazer as coisas, de não decidir realizar trabalhos ou também de fazer as coisas com lentidão, com moleza, com negligência também intencional.
Já viveu ou vive esse tipo de preguiça? Pois bem, a Bíblia nos traz alertas fortes sobre esse tipo de preguiça! Nos ensina lições importantes sobre o quão maléfico é aceitarmos ser parte do grupo dos preguiçosos!
Vejamos as lições preciosas que devem nos fazer NUNCA querer ser preguiçosos!
9 ensinos bíblicos sobre a preguiça que precisamos aprender ainda hoje
(1) A preguiça se espalha lentamente até dominar tudo
O sábio nos ensina que: “A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome” (Provérbios 19:15). O sono profundo não é algo que ocorre rapidamente. Existem estágios para se chegar nele.
A preguiça, se permitida em nossa vida, vai tomando conta da vida, vai contaminando todo o nosso ser. E provocará consequências graves.
Uma delas citada aqui é a fome, a falta das coisas, já que o preguiçoso está contaminado pelo “não realizar” nada proveitoso.
(2) A preguiça contamina tudo (por dentro de nós) e ao redor
Falamos no ponto anterior sobre as consequências. As necessidades básicas vem a faltar diante da preguiça, mas não somente isso: “Pela muita preguiça desaba o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa” (Eclesiastes 10:18).
Temos agora consequências que atingem outras pessoas, que atingem o lar. Se o teto desaba, se o telhado tem furos que gotejam, todos ali são vítimas daquele que deveria fazer o trabalho e não o fez.
A preguiça, então, é mostrada como algo que não atinge apenas o preguiçoso, mas a todos que estão ao seu redor, principalmente o seu lar de forma mais direta.
(3) A preguiça transforma o preguiçoso em um estorvo
Um estorvo é um obstáculo, algo que atrapalha, algo que representa uma oposição. O sábio ensina: “Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam” (Provérbios 10:26).
A ideia do vinagre e da fumaça nos olhos traz a ideia de alguém que incomoda, que representa uma dificuldade para quem esperava que ele realizasse um trabalho.
O preguiçoso fecha portas de trabalho, fecha oportunidades de crescimento, de prosperidade, pois ele se coloca como um incômodo para as pessoas e não como alguém que traz soluções, ajudas.
Não precisamos nem dizer que tal ato trará consequências graves! O preguiçoso causa indisposição por onde passa, pois quem quer uma pessoa desse tipo trabalhando para si?
(4) O preguiçoso só chega até o desejo
Quem não deseja ter uma vida boa, uma vida melhor? O preguiçoso também tem esses desejos, porém, existe um detalhe: “O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar” (Provérbios 21:25).
Deus estabeleceu que o trabalho é o meio natural para as nossas realizações das mais diversas. É por isso que a preguiça faz com que uma pessoa morra com seus desejos sem vê-los realizados.
Essa é uma grandiosa tristeza que vêm sobre os que aceitaram, sobre os que decidiram ter a preguiça como sua companheira na vida! Só irão desejar! Não irão ver realizações!
(5) O preguiçoso vira um mentiroso para alimentar sua preguiça
O pai da mentira é o diabo. E o preguiçoso serve ao inimigo, pois se torna um expert em invenção de mentiras para alimentar seu mau comportamento.
Ensina-nos o sábio: “Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas” (Provérbios 22:13). Esse provérbio nos ensina a falta de energia do preguiçoso em enfrentar as situações da vida.
Ele inventa desculpas absurdas (tem um leão lá fora) para não realizar nada. Nunca tem soluções, sempre tem algum impedimento para dizer “não” para aquilo que deveria fazer!
(6) O preguiçoso não sai do lugar
Um outro interessante provérbio mostra como o preguiçoso se torna Expert em fazer coisas que não o levam a lugar algum, a nenhuma realização e a nenhuma contribuição nem com si mesmo, nem com nada ao seu redor:
“Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim, o preguiçoso, no seu leito” (Provérbios 26:14). A ideia desse texto é de uma porta que abre e fecha através de suas dobradiças (gonzos).
Ela abre e fecha inúmeras vezes e não sai do lugar. Quem se deixa vencer pela preguiça ama a sua cama a tal ponto que não deseja sair dela. Nem precisamos dizer como tal comportamento é destrutivo!
(7) O preguiçoso se deixa dominar por um cansaço sem motivo
Por que o preguiçoso está sempre tão cansado? Não há motivo justo! A motivação é não querer fazer nada. O sábio ensina: “O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca” (Provérbios 26:15).
A preguiça é tão perigosa, que o sábio destaca que pode chegar ao ponto em que até tarefas básicas para a sobrevivência (como comer) são afetadas pela preguiça.
O preguiçoso vê tudo como um esforço que não está disposto a fazer, até as atividades mais básicas.
Esse é um dos níveis mais perigosos da preguiça, um nível que destrói completamente a vida do preguiçoso e até de pessoas ao seu redor afetadas por tal comportamento! imagine se esse preguiçoso for um pai de família; quão grande será a tristeza desse lar!
(8) A preguiça destrói a percepção da realidade
Quem se deixa dominar pela preguiça adquire uma percepção totalmente errada sobre si mesmo e sobre o que ocorre ao seu redor. A Bíblia nos mostra: “Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que sabem responder bem” (Provérbios 26:16).
Incrivelmente a pessoa dominada pela preguiça enxerga a si mesma como alguém que sabe mais do que os que são verdadeiramente sábios. Vê em si mesmo uma grandeza que não existe.
Esse comportamento é extremamente destrutivo, pois faz com que o preguiçoso não examine conselhos, não aceite orientações e críticas construtivas. Isso gera um caminhar pelo caminho da destruição, pois não é capaz de ver que está caminhando para o buraco!
(9) O preguiçoso precisa aprender
Apesar de todas as críticas ao comportamento incorreto do preguiçoso, a Bíblia também quer ensiná-lo para que mude!
É por isso que uma das figuras mais interessantes da natureza é usada em um dos conselhos para o preguiçoso: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio” (Provérbios 6:6).
A pequena, mas trabalhadora formiga, vem como um exemplo de disposição, de luta, de força, de movimento, de realizações que devem servir de inspiração àquele que precisa sair do comportamento destrutivo da preguiça.
Se estivermos em algum ponto da caminhada para sermos preguiçosos, seria bom refletir sobre isso! Converse com a formiga! Ainda há tempo para sair da preguiça e ser sábio! Mas não tenha preguiça, comece a fazer isso agora!
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