“Transborda o ribeiro até ao que junto dele habita, de maneira que se não pode passar a pé; então intervém o homem, e as águas se vão.” Jó 28:4
“Transborda o ribeiro...”: É o extravasar, o transbordar das águas, passando além das margens.
“...até ao que junto dele habita...”: Fala do esforço eterno em alcançar o homem, revelando-lhe o projeto eterno de salvação, ou seja, a força, a ação do ribeiro (Espírito Santo) que impulsiona as águas da vida (o Senhor Jesus) até ao homem, revelando Aquele que veio da eternidade ao encontro do pecador sedento, daquele que habita junto às águas. O ribeiro (o Espírito Santo) transborda as águas da vida (o Senhor Jesus) até ao homem que junto dele habita, nos mostrando a ação do Espírito Santo em revelar o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ao homem necessitado, sedento, que o busca. As águas vivas do ribeiro (o Senhor Jesus) só alcançam os que habitam às suas margens e não os que estão distantes.
“...de maneira que se não pode passar a pé;...”: Fala da profundidade das águas do ribeiro, ou seja, da ação do Espírito Santo em nos revelar o Senhor Jesus, fazendo com que o homem que junto Dele habita permaneça em sua presença, pois a profundidade das suas águas não permite que se passe a pé, ou seja, que o homem interfira no projeto de Deus através de suas próprias pegadas, de suas conveniências. Ao contrário da religião, que é ribeiro raso, ou seja, não há revelação do Senhor Jesus, o que leva o homem a passar a pé para onde quiser, desconhecendo os limites do Espírito, interferindo naquilo que é eterno, vivendo um evangelho sem revelação, limitando-se apenas à história do Senhor Jesus, nada mais.
Não passar a pé, significa que o homem no projeto eterno de salvação não coloca seus pés no chão, não se limita à razão, tendo consciência do perigo que isso significa para aqueles que estão na presença do Senhor.
Religião não é assim, é ribeiro raso, onde se passa a pé para onde bem se entender. É o homem que não alcançou a revelação de Jesus para a sua vida. Vive o evangelho racional, histórico, sem tirar seus pés do chão, da razão.
“...então intervém o homem, e as águas se vão”: A interferência humana naquilo que é eterno não traz bons resultados. O homem que habita junto ao ribeiro deve limitar-se a ser alcançado por suas águas, dela desfrutando, nada mais. Qualquer interferência humana no projeto eterno de Deus fará com que as águas se percam, secando o ribeiro.
Postado por Wallace Oliveira Cruz
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