por Charles R. Swindoll
Ester 4:9-14
Antes de você franzir a testa e entreter pensamentos de justiça própria, pensando que nunca reagiria assim, lembre-se: você está cercado de amigos em um ambiente seguro e não-ameaçador onde não existem soldados armados do lado de fora nem protocolo do governo a ser obedecido. Além disso, há boas probabilidades de você não viver sob uma nuvem sombria por causa da sua raça, e não há rei sentado num trono por cujo capricho você vive ou morre. É fácil ser corajoso quando nos sentimos protegidos e seguros, quando não temos nada a arriscar.
Se Ester obedecesse Mardoqueu, ela corria riscos em relação a tudo, até mesmo sua vida. Embora o rei fosse seu marido, ela não podia entrar calmamente em seu escritório e contar-lhe o que a preocupava. As coisas não funcionavam assim na antiga Pérsia. O rei tinha de mandar chamá-la. Naquela ocasião, ele não a chamava havia um mês. Se fosse a ele sem ser convocada, o rei poderia até mandar matá-la. Além de tudo, ela era judia. Quem sabe como aquele monarca gentio reagiria quando descobrisse esse fato?
O dilema era enorme. Mardoqueu, no entanto, conhecia Ester. Ele cuidara dela e a educara. Sabia de que material era feita.
Encorajar o cultivo do caráter é exatamente o que os pais sábios fazem, conduzindo os filhos para a maturidade. Como pai, você tem ocasiões em sua vida, pequenas vinhetas, diminutas janelas de tempo, onde pode avançar e ajudar seus filhos a compreenderem o valor da coragem. À medida que crescem e essas ocasiões mudam para um relacionamento mais distante, você deve chamar seus filhos para defender aquilo em que creem, mesmo que tenham de ficar isolados – e depois confiar neles para que façam isso sem que você esteja por perto.
Mardoqueu enfrentou esse momento. Quando Hatá leva até ele a resposta de Ester, Mardoqueu aperta a faixa ao redor de sua roupa de pano e de saco e faz o mais difícil. Ele apela para o caráter de Ester.
Nessa mesa situação, o que você acha que teria dito à rainha?
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