Mateus 8: 5-10, 13 Na época em que o Senhor Jesus cumpriu seu ministério aqui na terra, o mundo civilizado estava sob o domínio do Império Romano. Roma reinava em todo o mundo, inclusive sobre Israel, e isso era uma situação profundamente adversa e incômoda para o povo judeu. Para eles não havia coisa mais humilhante do ser governado por um povo gentio e pagão. No entanto, alguns oficiais do exército romanos caíram na simpatia dos judeus, como por exemplo o comandante da guarnição romana de Cafarnaum. Aquele centurião era querido pelos cidadãos de Cafarnaum, pois tratava a todos com brandura e até havia edificado a sinagoga deles. Sobre o servo do centurião, Mario Persona comenta: Leitura: Evangelho de Mateus 8:5-13 ; Lucas 7:1-10 Ao entrar na cidade de Cafarnaum, um centurião romano vem ao encontro de Jesus para pedir-lhe um favor. Um centurião era um comandante das tropas romanas que tinham invadido a judéia. Isso equivalia a um comandante nazista pedir um favor a um francês na França ocupada pela Alemanha na 2ª Guerra. A prontidão de Jesus em acatar o pedido mostra o quanto ele estava acima de qualquer ideologia política. Muito sangue foi derramado em dois mil anos de história da cristandade por cristãos que quiseram conquistar o poder político neste mundo. Jesus não se opunha a César, o invasor romano. Ele não tinha vindo conquistar um território, mas salvar pessoas. O inimigo não era o imperador romano, o inimigo era o príncipe das trevas, Satanás. O favor que o romano pede é que Jesus cure seu servo. "Eu irei", diz Jesus. A resposta do centurião surpreende. Primeiro ele diz que sua casa não é digna de que Jesus entre nela. Se você se considera digno de receber a visita de Jesus, ainda não entendeu quem ele é. As religiões costumam ensinar que Deus só pode fazer alguma coisa por você se você fizer alguma coisa por ele. Você já ouviu coisas do tipo, "Quer que Deus entre em sua vida? Então deixe de pecar, procure ser uma pessoa melhor, abandone seus vícios e aí Deus irá entrar em sua vida." Oras, isso é o mesmo que chamar o pedreiro depois que você terminou a reforma! Se o centurião tivesse tentado fazer sua casa digna de receber a Jesus, seu servo teria morrido. Ninguém é digno de receber a Jesus na condição em que se encontra. É ele quem deve fazer a reforma, é ele quem começa curando esse paralítico atormentado que mora dentro de você. Todos nós somos pecadores, paralíticos e incapazes de mover uma palha por nossa salvação. Exatamente como o centurião e seu servo. O comandante romano reconhece o poder e a autoridade da palavra de Jesus, o Verbo de Deus. Bastaria ele dizer uma palavra e seu servo seria curado. Ele reconhece a Jesus como Senhor, alguém que tem poder e autoridade. Nem entre os judeus Jesus tinha encontrado tamanha fé. Depois de séculos de privilégio por conhecerem o Deus único e verdadeiro, muitos judeus estavam condenados às trevas por sua incredulidade. Jesus disse: "Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé". Será que hoje ele diria "Não encontrei na cristandade ninguém com tamanha fé?". Naquela hora o servo do centurião foi curado. No exato momento em que você crê em Jesus como seu Senhor e Salvador, você é salvo. Imediatamente. Não é um processo, uma evolução, é um milagre. Perdoado de todos os seus pecados, livre da condenação, pronto para entrar no céu. Mas, se quem crê está pronto para entrar no céu, por que não é levado imediatamente para lá? Por que ficar neste mundo de sofrimento e dor? Oras, porque... bem, este é o assunto dos próximos 3 minutos. (O EVANGELHO EM 3 MINUTOS) Um dia, aquele centurião começou a enfrentar um problema difícil na sua vida, pois um dos seus servos mais úteis e estimados adoeceu gravemente, ficando paralítico e sofrendo horrivelmente numa cama. Incentivado pelos ancião de Cafarnaum, o centurião foi a Jesus e rogou-lhe que o ajudasse. O Senhor imediatamente se prontificou a ir até a sua casa para curar seu servo. Mas ele disse: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu servo será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele faz”. Esta palavra do centurião, causou admiração em Jesus, que disse: “Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel achei fé como esta”. O que deixou o Senhor Jesus admirado foi a noção precisa a respeito do que é a fé na vida do homem. A fé é como um servo que Deus colocou à disposição do homem para servi-lo incansavelmente e proporcionar a ele todos os benefícios e suprir suas necessidades, dentro do Projeto de Deus. Aquilo que o centurião falou sobre a forma como seus soldados e seus servos o obedeciam, é exatamente o que acontece com aquele que exerce a fé. Ela existe para se submeter às nossas ordens, conforme falou Jesus: “Se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esse monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível”. O problema é que a fé na vida de muitas pessoas está na mesma situação do servo do centurião romano; ela está paralisada e horrivelmente enferma. Ela está inerte e quase morta, não podendo servir ao seu senhor (o homem) como deveria servir. Muitas pessoas confirmam essa realidade com suas próprias palavras, dizendo: “Minha fé é tão pequena... Ela é quase nada”. No entanto a Palavra diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Diz também: “O justo viverá pela fé, e se ele recuar, a minha alma não terá prazer nele”. Muitas pessoas sofrem neste mundo porque não estão se servindo da fé que o Senhor nosso Deus lhes deu para através dela viver. O servo que deveria estar ao dispor de todos, e servindo-os, está paralisado, doente e sem ter como se mover e realizar tudo que deveria para o bem daqueles que o deveriam usar. Muitos pensam que exercer a fé trás incomodo a Deus, e assim preferem viver através dos seus próprios recursos e da sua razão. Alguns se baseiam no mérito próprio para serem ouvidos e atendidos por Deus e desta forma desprezam a fé, deixando-a paralisada e doente. Um dia os discípulos disseram a Jesus: “Senhor, acrescenta-nos a fé...”Jesus então contou-lhes a parábola do servo inútil. Nela o Senhor disse: “Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa? E que antes não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te, e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois comerás tu e beberás. Porventura terá de agradecer ao servo por ter feito o que lhe havia ordenado? Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”. O que Jesus quis ensinar com essa parábola foi que a natureza da fé é a mesma de um servo que existe para servir ao seu senhor incansavelmente, sem que ele tenha que estar o tempo todo agradecendo pelo seu serviço. Deus colocou o homem como senhor e a fé como servo. O homem deve usar a fé sem constrangimento, pois ela existe para ser usada mesmo; e depois de haver feito tudo estar pronta para fazer mais alguma coisa, conforme a vontade (submissa à vontade de Deus) do homem que dela se vale. Certa vez Jesus disse: “Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á”. Essas palavras do Senhor Jesus, nada mais são do que uma autorização e um incentivo, para que seus discípulos exerçam a fé, se utilizem deste servo incansável, que é a fé. Quando o homem entende a natureza da fé, como fez o centurião romano, e procura o Senhor Jesus para que cure o seu servo (sua fé), o Senhor prontamente se dispõe a isso e a bênção é concedida. A fé é exatamente como o centurião a descreveu: Um soldado que existe para atender às ordens do seu superior, sem reclamar ou receber elogios ou agradecimentos. |
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