28 janeiro 2022

Jesus Cristo voltará —Lição 11: Julgamento Final: Novos Céus e nova Terra



Jesus Cristo voltará — Fé e perseverança para o glorioso Dia com o Senhor da Igreja

Comentarista: Reinaldo Odilo

Lição 11: Julgamento Final: Novos Céus e nova Terra

TEXTO DO DIA
“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” (Ap 20.11).

SÍNTESE

No final da História, Deus pedirá a prestação de contas da humanidade não regenerada e, após a condenação, estabelecerá definitivamente novos Céus e nova Terra nos quais habitará a justiça.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — Jo 3.18
O fundamento da condenação dos ímpios
TERÇA — Ap 20.12
O fundamento da pena aos ímpios no Juízo Final
QUARTA — Jo 5.29
Os ímpios terão a ressurreição da condenação
QUINTA — Is 65.17
Novos Céus e Terra: uma promessa
SEXTA — Sl 102.25,26
Novos Céus e Terra: uma mudança completa
SÁBADO — 2Pe 3.13
Novos Céus e Terra: uma esperança

OBJETIVOS

MOSTRAR que segundo as Escrituras Sagradas haverá um julgamento final;
EXPLICAR que haverá novos Céus e a nova Terra;
MOSTRAR que a alma é imortal e que a vida não cessa.

INTERAÇÃO

Haverá um julgamento final? A respeito do juízo final, o Grande Trono Branco e os novos Céus e a nova Terra. Os crentes que foram arrebatados não terão que passar por nenhum tipo de julgamento e vão desfrutar de uma vida de paz e alegria ao lado do Senhor na Nova Jerusalém. No Juízo Final será julgada a humanidade não regenerada, pois rejeitaram a Deus e não se arrependeram de seus pecados.
 
TEXTO BÍBLICO
Apocalipse 20.11-15; 21.1-3.

INTRODUÇÃO

As Escrituras revelam que Deus separou um dia para julgar a Satanás e a todos os ímpios que rejeitaram a mensagem da salvação. O Julgamento Final será presidido por Jesus Cristo, a quem o Pai outorgou todo o poder para julgar e estabelecer a justiça (At 17.31). Após o fim do Milênio, Satanás será solto de sua prisão para enganar muitas pessoas e as conduzirá a marchar para destruir Jerusalém. Contudo, o Senhor fará descer fogo do céu destruindo os exércitos inimigos, derrotando a Satanás e estabelecendo o Juízo. Em seguida, todos os mortos, grandes e pequenos, deverão comparecer perante o grande trono branco, onde o Senhor estará assentado para julgá-los conforme as suas obras encontradas nos registros divinos. E todo aquele que não for achado escrito no livro da vida será lançado no lago de fogo. Será um dia terrível! Findados os juízos de Deus, os redimidos do Senhor o servirão com alegria por toda a eternidade.

I. O JULGAMENTO FINAL

1. O presidente do tribunal. O Pai outorgou ao Filho todo o juízo a fim de que Ele tivesse todas as credenciais necessárias para presidir o Tribunal de Cristo (2Co 5.10), o Juízo das Nações (Mt 25.31-46) e o Julgamento Final (At 17.31): “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (Jo 5.22,23).

As qualificações de Jesus Cristo dão-se por sua obediência e humilhação voluntária. Ele esvaziou-se de todo o privilégio da divindade, assumindo a forma humana, fazendo-se semelhante aos homens (cf. Fp 2.7). Em decorrência de sua submissão ao Pai, Jesus foi exaltado soberanamente e restituído à sua posição apropriada. Deus o exaltou soberamente e toda a língua confessará e todo joelho se dobrará diante dEle (Fp 2.5-11). Esta, certamente, será uma cena do Juízo Final.

2. Os livros do julgamento. A Bíblia faz referência a “livros” no Juízo Final, os quais conterão, certamente, os registros das obras dos homens, e menciona, especificamente, o Livro da Vida (Fp 4.3; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27; 22.19). O Espírito Santo, nos Salmos (56.8; 69.28; 139.16) revela também a existência de um livro de Deus, onde estariam escritas as condutas dos homens. Da mesma forma o profeta Daniel (Dn 7.9,10), como João (Ap 20.11,12) viu, no Juízo Final, livros sendo abertos. Jesus, por sua vez, mencionou a importância de se ter o nome escrito nos céus (Lc 10.20).

Evidentemente Deus não precisaria de livros para tomar nota de todos os fatos. Entretanto, a abertura dos livros evidencia a onisciência de Deus em relação a todos os atos praticados pelos homens, assim como o conhecimento do que há de mais profundo no pensamento e sentimento humanos. Aos Romanos, Paulo afirma que chegaria “um dia em que Deus julgaria os segredos dos homens, por Jesus Cristo” (Rm 2.16).

Semelhantemente, a abertura do Livro da Vida será a prova cabal para os que reclamarem da condenação no Juízo Final, pois “muitos dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, […]. E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22,23). O juízo divino não respeitará a “aparência de piedade”. Por isso, devemos atentar para a manutenção de uma fé sincera e comprometida com a verdade. Em Apocalipse 21.7 o Senhor afirma: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”.

3. O destino dos condenados. A condenação eterna não é apenas uma sentença decretada pelo Senhor no Juízo Final, mas acontece em decorrência de uma vida longe de Deus. O Senhor Jesus afirmou: “[…] quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18). No Juízo Final, como acontece no “Tribunal do Júri”, o juiz — que preside a audiência — apenas aplica a pena. Assim, todos os réus daquele julgamento comparecerão condenados irremediavelmente. Naquele Dia, apenas conhecerão qual “recompensa” receberão por suas obras infrutíferas. O destino final, inevitavelmente, será a eternidade no Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15; 21.8).

Vale ressaltar que esse lugar de tormento não foi feito para os homens, e sim “preparado para o Diabo e seus anjos” (Mt 25.41). Portanto, os ímpios não serão condenados a este lugar por vontade divina, mas, por conta de suas escolhas pessoais. Afinal de contas, o Criador não tem prazer na morte do ímpio, mas que todos se convertam e vivam (Ez 33.11).

Pense!Por qual razão o mundo, diante de tantas verdades estarrecedoras quanto à eternidade sem Deus, não se converte de uma vez por todas?

Ponto Importante-Está escrito: “[…] O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Co 4.4).

II. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

1. O fim do mundo. O cataclisma final da existência é tratado no contexto bíblico tanto pelos profetas do Antigo Testamento quanto por Jesus e os apóstolos em o Novo Testamento. (Is 34.4; 51.6; Mt 13.39; 24.3,14; Mc 13.7,31; 1Co 15.24; 2Pe 3.7,11,12; Ap 20.11). Embora o texto bíblico não mencione cronologicamente os eventos acerca do fim, é possível identificar nas profecias os acontecimentos que precederão o Juízo de Deus: “Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força” (1Co 15.24). Esse momento parece coincidir com a visão joanina do Senhor assentado no grande Trono Branco “de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). Quando for instalado o juízo do Grande Trono Branco, o Céu e a Terra deixarão de existir. A Terra, contaminada pelo pecado, não resistirá ao esplendor da presença de Deus; o universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquEle que está assentado sobre o trono”.

2. A Nova Jerusalém. A Nova Jerusalém é o lar eterno e destino final dos salvos. Ela já existia no céu (Gl 4.26; Fp 3.20); é a cidade que Abraão anelou, cujo arquiteto e edificador é Deus (Hb 11.10,13.16). Deus prometeu que habitaria com os homens e eles seriam o povo de Deus, e o Pai Celeste estaria com eles para sempre (Ap 21.3).

Nesta cidade, não haverá templo, pois seu templo é o próprio Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro (cf. Ap 21.22). O seu material é constituído de pedras preciosas; nas doze portas da cidade estão os nomes das doze tribos de Israel; e em seus fundamentos os nomes dos doze apóstolos. A adoração será perpetuamente e os salvos desfrutarão de paz e alegria eternas.

Nas cartas endereçadas às sete igrejas da Ásia, o Senhor Jesus faz menção a várias recompensas que existirão na Nova Jerusalém: comer da árvore da vida no Paraíso de Deus, alimentar-se do maná escondido, receber uma pedra branca com o novo nome escrito, vestimentas brancas, sentar-se com Jesus em seu trono etc. No entanto, esses privilégios só serão concedidos aos que vencerem (Ap 2.7,17; 3.21).

Pense!Você crê que haverá novos Céus e nova Terra?

Ponto Importante-A Bíblia diz que “e vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).

III. A ALMA É IMORTAL E A VIDA NÃO CESSA

1. Sofrendo para sempre. Há duas doutrinas bastante prejudiciais à fé cristã, as quais são veementemente refutadas nas Escrituras: o Universalismo e o Aniquilacionismo. A primeira acredita que todas as pessoas serão salvas, inclusive Satanás. A segunda, em linhas gerais, ensina que a alma é mortal e, por essa ótica, a vida cessará para os que forem lançados no Lago de Fogo. As Escrituras nos levam por um caminho bastante diferente. Em Mateus 25.41 Jesus menciona “fogo eterno” e, mais adiante arremata: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna” (Mt 25.46).

Em Apocalipse 20.10 diz: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. Ora, o Diabo foi lançado — pelo menos mil anos após o Anticristo e o Falso Profeta, no Lago de Fogo e, mesmo depois de tanto tempo, os que inauguraram o Lago de Fogo não foram consumidos! Certamente não o serão nunca! Assim sendo, o aniquilacionismo não possui respaldo bíblico. O restante do versículo fulmina a possibilidade de o universalismo ser uma doutrina verdadeira — a Trindade Satânica será atormentada para todo o sempre.

2. Uma relação mais profunda. Uma promessa maravilhosa das Escrituras está em 1João 3.2: “[…] sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. Agora, na ilha de Patmos, João recebe a confirmação: “E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome” (Ap 22.4). A primeira expressão diz respeito à possibilidade de uma adoração ilimitada, cheia de alegria, pois, ao vermos a face do Senhor Jesus, desfrutaremos do impacto total de sua glória, anelo não atendido a Moisés em vida, o qual somente teve um lampejo dessa glória no Monte da Transfiguração.

A segunda parte do versículo vai mais além e revela a quem pertenceremos para sempre, o que acarretará que teremos em nós o resplendor da sua glória, a expressa imagem da sua pessoa (Ef 4.13; Hb 1.3). Semelhante ao Senhor, seremos perfeitos em justiça e santidade, Com essa promessa, vê-se claramente cumprido o desígnio eterno de Deus manifesto em 2Co 3.18! A vida nunca cessará, seja no Céu, ou no Lago de Fogo — “onde o bicho não morre e o fogo não apaga” (Mc 9.44,46,48)!

Pense!Com seremos conhecidos na eternidade?

Ponto Importante-Está escrito: “[…] sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1Jo 3.2)

CONCLUSÃO

O Juízo Final encerrará a trajetória da humanidade sobre a Terra. Entretanto, justos e injustos continuarão existindo. Os bons desfrutarão das delícias na presença de Deus em um novo mundo e os maus serão atormentados eternamente. A definição do destino final de cada pessoa está condicionada à escolha individual. O livre-arbítrio humano e a soberania de Deus não são colidentes, mas complementares.

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