Prefácio. Lc 1.1-4 (LER)"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim." (Jo 5.39) De Lucas 1.1-4, depreende-se a preocupação da comunidade cristã primitiva em transmitir o tremendo legado da passagem de Jesus aqui na Terra, quando “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (Jo 1.14), no intuito de que todo ser humano tivesse a oportunidade de conhecer a Jesus, independente do tempo ou do espaço. O autor, que não havia sido testemunha dos acontecimentos, indica as fontes do seu evangelho: escritos anteriores, baseados nos ensinos deixados por testemunhas oculares (At 1.1). Ele é o que mais se aproxima de um historiador, pois era bem detalhista. Teófilo, por sua vez, é personagem a quem Lucas dedica a sua obra (At 1.1) e de quem não possuímos mais informações. Por meio dele, estes escritos deviam chegar a muitos leitores. Destaque-se o modo permanente e enfático que o Novo Testamento – a Nova Aliança de Deus com o ser humano – determina que seus servos conheçam a Palavra de Deus, afinal ela consubstancia “o verbo que se fez carne” (Jo 1.14). Assim, quando temos intimidade com a Palavra, alcançamos intimidade com Jesus, e chegamos o mais perto possível daquilo que é a sua vontade, sendo o conhecimento da Palavra, um meio de reclinar a cabeça no peito de Jesus, tal qual João fez. Além do que, é com o conhecimento acurado das escrituras, que o Espírito Santo capacita o ser humano a realizar a sua Obra, viabilizando-se que se anuncie com toda intrepidez a Palavra de Deus. Nesse contexto, a oração do servo deve ser a seguinte: "agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus." (At 4.29-31) Não a toa, Deus – quem conhece o profundo e o escondido (Dn 2. 22) do coração de cada um, quem nos sonda e nos conhece, penetrando em nossos pensamentos, conhecendo todos os nossos caminhos (Sl 139.1-3) escolheu a Saulo para servi-lo e executar um tremendo mister: Pregar o evangelho de Cristo a gentios, a reis, a filhos de Israel e a quem quer que Deus designasse, não importando as circunstâncias e agruras, as quais ele seria submetido por amor ao nome de Jesus Cristo. E isso foi viabilizado justamente porque ele conhecia com profundidade as escrituras, assim, mediante isso, Deus deu-lhe o Entendimento e a Sabedoria. Por fim, o conselho do Espírito Santo é “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (II Tm 2.15) BIBLIOGRAFIA: BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil. Revista e Atualizada – 2° Edição, 1999. Postagem de Fernanda Lima |
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