03 abril 2021

Páscoa: Coelho ou Cordeiro?



A Páscoa é uma celebração de origem divina e seu caráter é essencialmente bíblico e Profético para igreja que se prepara para sair desse mundo e ir morar na Eternidade.


Nas últimas décadas, a humanidade, influenciada pela força do capitalismo a transformou em fonte de lucro e de consumo, deturpando radicalmente seu sentido cristão. Por acreditarem que o ovo simbolizava o nascimento, os antigos egípcios e persas costumavam pintar ovos com cores da primavera e presentear aos amigos. Os primeiros a darem ovos coloridos na Páscoa, simbolizando a ressurreição, foram os primitivos cristãos do Oriente e da Europa.
Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era apenas um presente original simbolizando a ressurreição como o início de uma nova vida. Os ovos de chocolate como conhecemos hoje, surgiram no século 20.


O coelho foi símbolo da fertilidade e da vida para diversos povos da terra. Os imigrantes alemães trouxeram a tradição do coelho para as Américas em meados do século 18. Assim, os ovos e o coelho tradicionalmente passaram a fazer parte da Páscoa cristã.
Mas, embora na tradição dos povos o coelho seja símbolo da fertilidade e os ovos símbolo da renovação da vida, definitivamente eles não são símbolos da Páscoa original.
Para conhecermos o verdadeiro sentido da Páscoa, os elementos envolvidos nela e a razão de sua origem, devemos voltar à Bíblia.


O povo de Deus, formado a partir de Abrão e Sarai, estava já por quatrocentos e trinta anos vivendo sob a escravidão dos egípcios. Mas, o momento de Deus libertá-lo havia chegado. (A história da Páscoa pode ser encontrada a partir do capítulo 3 do livro do Êxodo). Então o Senhor chamou Moisés para ser o líder da tão sonhada libertação. Quando Moisés apresentou o plano, Faraó recusou. É claro que ele jamais iria aceitar a proposta de perder a mão-de-obra escrava de centenas de milhares de homens e mulheres.


Percebendo o descaso de Faraó, Deus passou a apelar por meio de atos dolorosos, os quais a Bíblia chama de pragas. Dez ao todo. Diante de cada uma delas, o chefe da nação egípcia continuava endurecido. Deus então anuncia aquela que seria a décima e última praga. O último destes atos de juízo divino atingiria o que há de mais precioso para o ser humano – a vida. “Assim diz o Senhor: Por volta da meia noite, passarei por todo o Egito. Todos os primogênitos morrerão, desde o filho mais velho do Faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho da escrava” (Êxodo 11. 4 e 5). Desta vez, o juízo recairia sobre os filhos primogênitos, tanto dos animais como dos homens. Tanto dos egípcios, quanto dos escravos hebreus. Todos estavam sob a condenação. Mas, Deus nunca executa um juízo sem antes prover um meio de escape. “Deus é amor” (I João 4.8). Assim, naquela noite, se alguma família quisesse ser poupada da morte, quer fosse egípcia ou israelita teria que praticar a Páscoa. Só ela poderia salvar da morte.


E o que era a Páscoa?
Como praticá-la e evitar a catástrofe sobre os primogênitos? Simples.
Cada família deveria prover um cordeirinho, sem defeito, de um ano, matá-lo, colher seu sangue, pintar o alto e as laterais da porta com o sangue. Toda a família deveria entrar pela porta, permanecer dentro da casa durante a noite e comer a carne do cordeirinho com pão sem fermento e ervas amargas. Fazendo assim, à meia noite, quando o anjo responsável por executar o juízo da morte chegasse, ao ver o sangue na porta, ele pularia aquela casa. A família estaria salva. Isto é a Páscoa. A palavra Páscoa quer dizer passar por cima. Passar por alto, conforme (Êxodo 12.13,23 e 27). A história completa da Páscoa pode ser conhecida lendo o livro bíblico do Êxodo, capítulo 12.


O cordeirinho morto naquela noite, para salvar os primogênitos condenados do Egito, simbolizava outro cordeiro. “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Toda pessoa que nasce no mundo, chega aqui em semelhante condenação à dos primogênitos naquela noite no Egito. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Mas Deus nunca permite que a sentença de morte recaia sobre quem quer que seja sem antes oferecer uma saída. E a saída veio por meio de Jesus. Ele deu a vida para que cada pessoa da terra pudesse marcar sua vida com seu sangue e assim ser livre da condenação. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).


Coelhos, ovos e chocolates nunca estiveram associados à Páscoa, mas ao comércio e ao consumismo. Nossa verdadeira Páscoa é Cristo Jesus. Seu sacrifício dá o real sentido à comemoração desta data.

Nesta Páscoa, além de comer os ovos de chocolate, não deixe de se alimentar de Cristo Jesus. Ele disse de si mesmo: “Aqui está o pão que desce do céu, para que não pereça quem dele comer” (João 6.50).




Nildo Oliveira
http://palavrareveladaoficial.blogspot.com.br/

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