Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem: todo o meu ser estremece.(Sl 6.2,3.)
Ainda bem que há um Deus atrás do qual eu possa correr em busca de cura, a exemplo do salmista: “Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem” (Sl 6.2).
Em muitos casos, a medicina nada mais pode fazer. E todos sabem e confessam que só resta o poder de Deus.
Não devo procurar Deus apenas quando se trata de cura física. Há muitas outras doenças de cura complicada, de cura demorada, de cura incerta e de cura impossível.
No contexto do Salmo 6, tudo indica que o salmista estava precisando de uma cura muito ampla. Ele fala em desfalecimento, tristeza, choro e lágrimas.
O que se sente depois de pecar — remorso, culpa, vergonha, desânimo — é uma perturbação muito dolorida e às vezes demorada.
A ausência de domínio próprio em certas circunstâncias e em certas áreas causa um estrago enorme.
A falta do pai e da mãe na infância ou a falta de amor e tempo da parte deles abre feridas de difícil cicatrização.
A inveja, o ciúme, a ira, a vingança, os atritos entre pessoas amadas geram graves danos emocionais.
A dissolução familiar provocada pela infidelidade conjugal, pela separação e pela morte é um dos maiores sofrimentos humanos.
Todas essas situações de sofrimento podem e devem entrar no rol das doenças que exigem diagnóstico, tratamento e cura. É possível que algumas delas sejam mais dolorosas e mais complexas que boa parte das doenças físicas, além de ser uma das causas de muitas enfermidades da área médica.
Frente a essa grande variedade de distúrbios físicos, emocionais, mentais, morais e espirituais, eu posso me aproximar de Deus e dizer-lhe: “Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem”.
Retirado de Refeições Diárias com o Sabor de Salmos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
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