Jesus faz três fortes declarações (na forma negativa) ao dar instruções para quem quer orar de maneira que honre a Deus.
NÃO SEJA HIPÓCRITA – (Mt. 6.1,2,5,16)
Algumas das afirmações de Jesus eram contra a hipocrisia. Aqueles que fazem sua prática religiosa com o fim de serem vistos pelos homens recebem no mesmo momento o galardão que desejam e, não ganharão mais nada no futuro. (Mt. 6.6)
A oração nunca pode ser algo que praticamos com o fim de sermos vistos por outros, se for utilizada com o fim de impressionar os outros, perde todo o seu sentido. É um ato particular de devoção e não demonstração pública de religiosidade. Nada de grandes demonstrações públicas, apenas um silenciosos recolhimento ao seu quarto, onde, em secreto, há um encontro com seu Senhor.
NÃO USE DE VÃS REPETIÇÕES – (MT. 6.7,8).
Pessoas novas na fé e que ainda não aprenderam a orar, conversam com Deus como falam com um amigo, empregam palavras comuns, do dia a dia, que qualquer um compreende; vez por outra até choram ou riem. Procurem conservar essa maneira simples e gostosa de falar com o Pai. Outra forma que dá uma nova dimensão às nossas orações é cantar. A idéia é evitar palavrório inútil
NÃO GUARDAR NADA CONTRA NINGUÉM – (Mt. 6.14,15)
Para que Deus nos perdoe, precisamos ter a certeza de que a nossa consciência está totalmente limpa. Se eu desejo a purificação, tenho de estar certo de que entre mim e outras pessoas não existe nada errado.
A oração compreende louvor e ação de graças, intercessão e petição, meditação e confissão. Na oração, nós nos voltamos inteiramente para Deus, recebemos renovado fervor para prosseguir na caminhada cristã. Obtemos uma visão mais ampla da vida, e maior determinação para resistir a tudo. Quando tomamos uma posição firme na oração, ela muda toda a nossa perspectiva espiritual.
A verdadeira oração, a oração de que Jesus falou e exemplificou na Bíblia é realista, espontânea; é uma comunhão singela com o Senhor vivo, que resulta numa tranqüilização de nossas ansiedades pessoais, e uma certeza calma de que Deus está no pleno controle das circunstâncias.
Cultive novos hábitos de oração, lute contra a tendência de cair nos velhos chavões, tão sem sentido. Dê uma nova perspectiva à sua oração. Isso é essencial para a vida espiritual.
Veja a seguir a descrição de oração que François Fenelon há muitos séculos mas, que tem grande teor para a atualidade;
“Fale a Deus tudo que vai em seu coração, como quem descarrega para um amigo todas as suas alegrias e dores. Conte-lhes seus problemas, para que ele possa confortá-lo; fale-lhe de suas alegrias, para que ele possa moderá-las. Conte-lhe de seus anseios, para que ele possa purificá-los; fale de suas antipatias, para que ele o ajude a superá-las; fale de suas tentações para que ele possa protegê-lo delas; mostre-lhe as feridas de seu coração, para que ele possa sará-las; exponha-lhe sua indiferença para com o bem, sua inclinação para o mal, sua instabilidade. Conte-lhe como o amor por si mesmo torna-o injusto com os outros, como a vaidade o tenta a se insincero, e como o orgulho mascara o que você é realmente para si mesmo e para os outros.
Se você derramar dessa maneira, perante ele, todas as suas fraquezas, necessidades e problemas, não haverá falta de assunto para a conversa. Você nunca conseguirá esgotar o assunto, pois ele está sempre se renovando.
As pessoas que não tem segredos umas para as outras nunca ficam sem ter o que conversar. E elas não medem suas palavras, pois não há nada para ser guardado consigo; nem precisam estar a procurar coisas para dizer. Elas falam do que está cheio o coração; sem parar para ponderar, elas dizem o que pensam. Felizes são aqueles que conseguem atingir esse grau de familiaridade e de profundidade em sua comunhão com Deus”.
Transcrito Por Litrazini
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