“E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20).
No Novo Testamento, esta é uma designação de Cristo, quase totalmente limitada aos Evangelhos. Em outros lugares, é encontrada em At 7.56, a única ocasião onde um discípulo aplicou a expressão ao Senhor Jesus, e em Ap 1.13; 14.4”.
“FILHO DO HOMEM” é o título que Cristo usou para aludir a Si mesmo; Jo 12.34 não é exceção, pois a citação feita pela multidão era advinda da declaração que Ele fazia. O título é especialmente encontrado nos Evangelhos Sinóticos. As ocorrências no Evangelho de João (Jo 1.51; 3.13,14; 5.27; 6.27, 53, 62; 8.28; 12.23; 12.34; 13.31), não são o paralelo dos Evangelhos Sinóticos.
Em João, o uso do título entra em dois grupos de textos:
(a) os que se referem à humanidade de Jesus, a obra que Ele fez na terra, Seus sofrimentos e morte (por exemplo,.20; 11.19; 12.40; 26.2,24);
(b) os que se referem à Sua glória na ressurreição e ao Seu futuro advento (por exemplo, Mt 10.23; 13.41; 16.27,28; 17.9; 24.27; 24.30 [duas vezes]; Mt 24.37,39, 44)”.
Enquanto é título messiânico, é evidente que o Senhor o aplicou a Si mesmo de modo distintivo, porque indica mais que messiado, até supremacia universal por parte daquele que é Homem. Portanto, põe em relevo Sua humanidade, humanidade de ordem única em comparação com todos os outros homens, pois é declarado que Ele é do céu (1 Co 15.47), e mesmo durante o tempo em que esteve aqui embaixo, Ele era ‘o Filho do Homem, que está no céu’ (Jo 3.13).
Como “Filho do Homem”, Ele deve ser recebido espiritualmente como condição de possuir a vida eterna (Jo 6.53). Na Sua morte, como na vida, a glória da Sua humanidade foi mostrada na absoluta obediência e submissão à vontade do Pai (Jo 12.23; 13.31), e, em vista disso, todo o julgamento lhe foi entregue, pois Ele julgará com pleno entendimento experimental das condições humanas, menos o pecado, e exercerá o julgamento como a compartilhar a natureza dos que são julgados (Jo 5.22,27).
Ele não apenas é homem, mas é “o Filho do Homem”, não pela geração humana, mas, de acordo com o uso semítico da expressão, participando das características (exceto o pecado) da humanidade que pertence à categoria do gênero humano. Duas vezes em Apocalipse (Ap 1.13 e 14.14), Ele é descrito como “um semelhante ao Filho do Homem” (cf. Dn 7.13).
Aquele que assim foi visto era realmente o “Filho do Homem”, mas a ausência do artigo no original serve para acentuar o que moralmente o caracteriza como tal. Por conseguinte, nestas passagens Ele é revelado, não como a Pessoa conhecida pelo título, mas Aquele que é qualificado para atuar como Juiz de todos os homens.
Ele é a mesma Pessoa como nos dias da sua carne, ainda persistindo Sua humanidade com Sua deidade. O termo “semelhante a” (Dn 7.13) serve para distingui-lo como visto lá na Sua glória e majestade em contraste com os dias da Sua humilhação”. (FONTE: Dicionário VINE).
Pr. Airton Evangelista da Costa
Por Litrazini
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