Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas pela manhã! (Sl 130.6.)
Quando o sol se punha no horizonte, a sentinela assumiu o seu lugar na torre de vigia.
Vieram a primeira vigília (das seis às nove horas) e a segunda vigília (das nove horas à meia-noite).
Lá estava a sentinela alerta, olhando de um lado e de outro, vigiando a propriedade de seu senhor.
Depois veio a terceira vigília (da meia-noite às três da madrugada).
O sono começou a apertar e tornou-se difícil manter os olhos abertos.
Ainda havia mais uma vigília (das três da madrugada às seis horas da manhã) antes de o sol aparecer do lado oposto do horizonte. E a sentinela passou a aguardar ansiosamente o amanhecer.
Até que a aurora rompeu e o guarda pôde deixar o seu posto e ir para casa.
O salmista vale-se desse exemplo para confessar: “Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas esperam pela manhã” (Sl 130.6). Ele não diz: “Espero pelo Senhor como as sentinelas esperam pela manhã”.
O anseio do salmista pelo Senhor é maior do que o anseio da sentinela pelo amanhecer.
Esse anseio pelo Senhor é tão natural quanto a sede e a fome.
É uma bênção porque provoca o contrário da apatia religiosa, que é a maior de todas as desgraças humanas.
A força desse anseio pelo Senhor arranca o pecador da anorexia espiritual e da inércia, e leva-o ao encontro de Deus.
O salmista já havia expressado esse apego interior ao Senhor:“Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus” (Sl 42.1).
Embora tamanha espera por Deus possa ser satisfeita aqui e agora, a alma anseia teimosamente por uma aurora muito mais gloriosa, aquela que virá depois da presente noite, que “está quase acabando”, e que antecede o retorno do Senhor (Rm 13.12)!
Retirado de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
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