Jesus é a chave que abre todos os tesouros escondidos do conhecimento e da sabedoria que vêm de Deus (Cl 2: 2b-3; NTLH). Assim, se quisermos entender o que Deus ensina sobre o tema da liderança, precisamos partir do Cabeça, do chefe da Igreja, que é o líder perfeito.
"Vai lavar os meus pés, Senhor?", questiona um Pedro escandalizado com seu Mestre e Senhor (Jo 13: 6b). O escândalo de Pedro é explicado pelo contexto cultural de seu tempo. Apenas os servos, os escravos da casa, lavavam os pés dos visitantes.
Nessa cena é muito bom saber que Jesus não precisa vestir a máscara da falsa modéstia com a qual tantos líderes cristãos hoje escondem suas lutas internas contra a própria vaidade. "Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo", diz Jesus (v.13).
É comum a autoafirmação de nossos líderes apoiada em títulos acadêmicos e ministeriais. Desde "doutores", "apóstolos" até "reverendos" e passando também pelos que se apresentam como "servos", "criados" e "seu humilde conservo de Jesus", extremos em que a Igreja apenas revela sua falta de maturidade no uso devido de quaisquer títulos.
Enquanto muitos ostentam ou escondem-se atrás dessas qualificações, a verdade é que a metade dos pastores no Brasil nunca leu a Bíblia inteira uma vez sequer e apenas 20% dos demais cristãos a leram inteira uma única vez.
Deveria ser inaceitável termos pastores em nossos púlpitos que não fossem profundos conhecedores da Palavra, assim como é obviamente inaceitável termos à mesa de cirurgia médicos que não dominem tesouras, bisturis e pinças.
Para escândalo da Igreja, aquele que realmente É ajoelha-se diante de nós e nos lava os pés cheios dessa sujeira do mundo. E é preciso que façamos o mesmo, oferecendo-nos como exemplo, segundo o exemplo daquele que é Mestre e Senhor.
A autoridade do líder não se encontra nos títulos que apresenta ou no cargo que ele ocupa, mas na vida que ele nos oferece. Se o líder não lê, não estuda, não busca a Palavra de Deus, não é de se admirar que o povo seja tão ignorante das verdades contidas na Bíblia.
Sei que uma leitura esquerdista monopolizou durante décadas a passagem do lava pés como um exemplo subserviência daquele que tem o poder ao que não tem. Nada mais distante e distorcido do que essa interpretação marxista adotada pela Teologia da Libertação.
O lava pés, em seu contexto evangélico, não é o ato de quem se esquece de sua dignidade e posição, nem uma atitude coagida por lei humana ou pelo Estado, mas, ao contrário, é resultado do amor livre de Jesus pela Igreja.
O líder que precisamos dentro de nossas casas, igrejas e Governo é aquele que dá o exemplo a todos por seu próprio sacrifício pelas ovelhas de Cristo. É urgente que tenhamos líderes que lavem os pés da Igreja com a água santificadora do Evangelho.
ENSINO 1: O LÍDER É AQUELE QUE SERVE AO OUTRO, COLOCANDO A SI MESMO COMO EXEMPLO PARA OS SEUS LIDERADOS!
Fábio Ribas
Por Litrazini
Graça e Paz
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