29 outubro 2014

O MARTELO, A LIMA, E A FORNALHA



Foi o arrebatado Rutherford que disse no meio de provações muito dolorosas e so­frimentos: Louve a Deus pelo martelo, pela lima, e pela fornalha! 

Pensemos a esse respeito. O martelo é um instrumento útil e manejável. É uma ferramenta essencial e útil, se for preciso bater um prego. Cada golpe força o prego a aprofundar-se mais à medida que a cabeça do martelo bate e bate. 

Mas se o prego tivesse sentimentos e inteli­gência, ele nos daria outra versão da história. Para o prego, o martelo é um senhor brutal e implacável — um inimigo que gosta de surrar até à submissão. Essa é a opinião que o prego tem do martelo. É correta. Exceto quanto a uma coisa. O prego tende a esquecer-se de que tanto ele como o martelo são seguros pelo mesmo trabalhador. O trabalhador decide a "cabeça" de quem ele baterá até desaparecer de vista. . . e qual o martelo que será usado para fazer o serviço. 

Esta decisão é direito soberano do carpintei­ro. Lembre-se o prego de que ele e o martelo são seguros pelo mesmo trabalhador. . . e seu ressentimento diminuirá à medida que ele se rende ao carpinteiro sem queixar-se. 

A mesma analogia vale para o metal que resiste à raspagem da lima e ao sopro da fornalha. Se o metal se esquecer de que ele e as ferramentas são objetos do cuidado do mes­mo artesão, ele desenvolverá ódio e ressenti­mento. O metal deve ter em mente que o artífice sabe o que está fazendo. . . e está fazendo o que é melhor. 

Os sofrimentos e os desapontamentos são como o martelo, a lima e a fornalha. 

Eles são apresentados em todos os formatos e tama­nhos: um romance irrealizado, uma enfermi­dade prolongada, uma morte prematura, um alvo na vida inatingido, um lar ou um casa­mento desfeitos, uma amizade cortada, um filho rebelde e obstinado, um relatório médi­co pessoal que aconselha "cirurgia imediata", a perda de um ano escolar, uma depressão que simplesmente não vai embora, um hábi­to que não parece quebrar. 

Alguns sofrimen­tos vêm repentinamente. . . doutras vezes aparecem com o decorrer de muitos meses, vagarosamente como a erosão da terra.

Escrevo a um "prego" que começou a res­sentir-se dos golpes do martelo? Está você à beira do desespero, pensando que não pode suportar outro dia de sofrimento? É isso que o abate? 

Por difícil que lhe pareça crer nisto hoje, o Mestre sabe o que está fazendo.

Seu Salvador conhece seu ponto de ruptura. O processo de amoldar, de esmagar e de fundir destina-se a remodelá-lo, e não arruiná-lo. Seu valor está aumentando quanto mais ele se demora so­bre você. 

A. W. Tozer concorda: É duvidoso se Deus pode abençoar grandemen­te um homem até que ele o tenha ferido profun­damente. 

Amigo sofredor — não dê o braço a torcer. À semelhança de Davi quando a calamidade desmoronou, fortaleça-se no Senhor seu Deus (1 Samuel 30:6). A mão de Deus está no seu sofrimento. Sim, ela está. 

Se você não fosse importante, pensa que ele tomaria este tempo e trabalharia duro em sua vida? 

Aqueles a quem Deus usa mais efetiva­mente foram martelados, limados e tempera­dos na forja das provações e dos pesares. 

Extraído do Livro: Dê-me ânimo - Charles R. Swindoll 

Por Litrazini:


Graça e Paz

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