23 outubro 2014

Reverência ou Relevância?



"Você foi chamado para ser um orador? Então fale como se o próprio Deus estivesse falando através de você. [...] (1 Pedro 4:11)

Parece que para alguns, mesmo na Igreja, se perdeu o "temor do Senhor".

Houve um tempo em que, talvez em função das coisas serem "muito tensas", falava-se na Igreja em sussurros e risos raramente eram ouvidos. Mas hoje, muitas igrejas na tentativa de passar uma imagem de "legais", "atualizadas" ou "antenadas", perderam o foco.

Não estou sugerindo que tentem ser irrelevantes e chatas, mas a minha pergunta é: "Será que temos trocado a reverência pela relevância?"

Por exemplo: você tem visto pregadores falando nos mínimos detalhes sobre questões sexuais, que vão desde programas para ter "sexo todo dia, durante sete dias", até versões mais extremas em que falam de cima do púlpito, de maneira muito explícita, sobre atos sexuais específicos.

Há também a síndrome do "Pregador Xingador" - aquele pastor que acha legal usar palavrões no púlpito e que as pessoas vão vê-lo como um deles.

Isso tudo é realmente necessário? Acho que não.

Sou pastor há 35 anos. Nunca tivemos problema de alcançar o nosso público e ver as pessoas vindo para Cristo. Faço de tudo para ser real e autêntico, mas também subo no púlpito para falar a Palavra de Deus.

1 Pedro 4:11 diz: "Você foi chamado para ser um orador? Então fale como se o próprio Deus estivesse falando através de você."

Também nos é dito nas Escrituras para cuidar do que dizemos. Falando da língua, Tiago escreve: "Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!" (Tiago 3:9-10).

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