Desde o início do relacionamento de Deus com os homens, vemos a dificuldade humana de crer no invisível e a insistência divina de que deve ser assim. Quando Deus se manifestou de uma forma tão intensa a todo povo de Israel que saíra do Egito, absteve-se de aparecer em alguma forma para que não tentassem imitá-la depois na forma de ídolo:
"Então, o SENHOR vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma. Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de algum volátil que voa pelos céus, semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de algum peixe que há nas águas debaixo da terra." Deuteronômio 4:12, 15-18.
O que este episódio retrata é a dificuldade que todo ser humano tem de confiar naquilo que não vê. O Senhor escolheu esta dimensão de relacionamento baseada na fé e confiança. E cada vez que Ele age sem que nossos olhos vejam ou nossa mente compreenda, está proporcionando-nos um exercício salutar de fé. Na verdade, como Ele age sempre assim, proporciona-nos um exercício contínuo de fé.
Quem quer relacionar-se com Ele tem que submeter-se a isto. E cada vez que nós, cristãos, murmuramos por não termos evidências do agir de Deus, estamos incorrendo em erro. Se não cuidarmos, entristeceremos ao Senhor e nos afastaremos Dele.
O não sabermos COMO Deus agirá não é, em momento algum, uma incerteza quanto ao fato se Ele agirá ou não; é somente a expectativa de como Ele nos surpreenderá com os caminhos que escolheu ao intervir em cada nova circunstância de nossa vida.
Luciano Subirá, em "O AGIR INVISÍVEL DE DEUS"
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