27 junho 2014

Por que o Dízimo no Mundo de Hoje?


Por que o Dízimo no Mundo de Hoje?
O dízimo ensina princípios e lições eternas mesmo no mundo moderno de hoje? Você precisa entender a perspectiva de Deus sobre essa questão vital.
Hoje vivemos em um mundo que clama por respostas aos problemas profundos e muitas vezes intratáveis. A nossa era é egoísta e materialista, que precisa desesperadamente de rumo espiritual. A maioria das pessoas, no entanto, despende quase todos os seus recursos físicos com a aquisição de bens materiais e serviços, buscando melhorar sua vida e sua família.
No entanto, Deus pede uma abordagem diferente àqueles que Ele está chamando. Ele nos pede que reconheçamos a importância dos valores e necessidades espirituais, bem como as necessidades físicas. Deus quer nos transmitir um conhecimento espiritual inestimável nesse mundo enganado e em trevas.
O propósito da Igreja hoje em dia
Deus está trabalhando no Seu plano maravilhoso no qual toda a humanidade terá a oportunidade de receber a vida eterna depois da morte. Somente os ensinamentos e valores espirituais de Deus podem preencher o vazio espiritual e emocional doloroso que assola a humanidade hoje em dia.
Jesus Cristo comissionou a Seus servos para levar o evangelho ao mundo inteiro, para alcançar todas as nações com as verdades maravilhosas que Ele revelou e para instruir aqueles que foram chamados por Deus a Seu caminho de vida (Mateus 24:14, 28:18-20). Portanto, Sua Igreja ainda tem um enorme trabalho a realizar.
Ao longo do século passado os meios de comunicação—publicações, rádio, televisão e, mais recentemente, a internet—têm desempenhado papéis importantes na capacidade da Igreja de prosseguir a sua missão de pregar o evangelho. A Igreja tem sido confrontada com a questão de como Deus quer que Sua obra seja financiada. Cuidadosa e conscientemente, examinando a Bíblia como um todo, encontramos evidências de que um método financeiro consistente é tratado nas páginas das Sagradas Escrituras. Esse método é o dízimo.
O que é o dízimo? A palavra dízimo vem de uma antiga palavra portuguesa que significa "a décima parte”. O dízimo, então, é apenas a prática de "separar a décima parte”, ou simplesmente devolver a Deus dez por cento de seu rendimento (ver Levítico 27:32). O dízimo é simplesmente uma forma de dar, que é uma prática piedosa (Mateus 19:21).
Vamos abordar algumas questões importantes: Você deve dizimar individualmente? Qual é a base bíblica para essa prática? E, talvez mais importante, em que estado de espírito e atitude você deve dar o dízimo? Vamos agora examinar alguns textos chaves.
O dízimo é uma forma de adoração e demonstração de respeito a Deus: "honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares” (Provérbios 3:9-10, ACF).
Precisamos entender esta importante faceta do nosso relacionamento com Deus. Temos que nos perguntar se nossas ações refletem a seguinte atitude: "Eu darei a Deus meu coração, o meu louvor e minha gratidão, mas não Lhe darei apoio financeiro para a Sua obra''.
O dízimo na história bíblica
Antes de os israelitas entrarem na terra que Deus havia prometido lhes dar, Ele disse-lhes: "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do Senhor; santas são ao Senhor'' (Levítico 27:30, ênfase adicionada).
O que deu a Deus o direito de reclamar dez por cento de tudo o que é produzido da terra? Sua alegação era e ainda é baseada em uma simples verdade, muitas vezes negligenciada: Ele é dono de tudo!
Esta premissa fundamental é repetida na Bíblia. "Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Salmo 24:1; comparar Êxodo 19:5; Jó 41:11). O dízimo é simplesmente uma medida divinamente ordenada, na qual Ele espera que possamos honrá-10 e reconhecê-10 como Aquele que nos dá tudo e, portanto, agora damos a Ele dez por cento de volta.
O primeiro relato na Bíblia dessa antiga prática se encontra em Gênesis 14:18-22. Abraão, depois de derrotar quatro reis, deu o dízimo dos despojos da guerra a Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo. Abraão, obviamente, entendia que o dízimo era uma forma adequada de honrar a Deus com nossos bens materiais.
Esse exemplo apresenta vários princípios importantes que podemos aplicar hoje. Abraão, cuja vida exemplar, de serviço e obediência a Deus, chegou a ser descrito por Deus como o pai da fé (Romanos 4:11), dizimou voluntariamente como um ato de grande humildade. Ele demonstrou respeito e reverência a Deus, e a Melquisedeque, que era tanto "rei de Salém” como "sacerdote do Deus Altíssimo” (Hebreus 7:1).
Na verdade, essa foi uma aparição de Jesus Cristo antes de Sua concepção e nascimento.Ele ainda hoje permanece servindo nesse cargo real e sacerdotal (Hebreus 6:20), portanto, dar o dizimo é mostrar-Lhe o respeito apropriado.
Esse exemplo também demonstra a enorme integridade e caráter pessoal de Abraão. Ele optou por manter sua promessa a Deus ao invés de ceder à tentação de usar os despojos de sua vitória para si mesmo (Gênesis 14:22-23). Abraão entendeu a premissa de dar o dízimo a Deus: Ele é Possuidor dos céus e da terra (versículo 19). Abraão reconheceu que foi abençoado pelo Deus Altíssimo, quem tornou possível a sua vitória e todas as bênçãos recebidas.
A falta de visão do ser humano
Nós, seres humanos, temos a tendência de pensar que tudo que possuímos é por causa de nossos próprios esforços. Ao identificar essa tendência em nós, Deus disse a Moisés que avisasse aos israelitas para que não pensassem dessa forma: "A minha força e a fortaleza de meu braço me adquiriram este poder”. Em vez disso deveriam lembrar que o "Senhor, teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires poder' (Deuteronômio 8:17-18). Por isso, eles deviam servir a Deus "com alegria e bondade de coração, pela abundância de tudo” (Deuteronômio 28:47).
O dízimo é, antes de tudo, um ato de reconhecimento de adoração a Deus como a fonte de nossa existência e providência, e de todas as bênçãos. Jacó, seguindo o exemplo de seu avô Abraão, reconheceu isso. Quando Deus lhe confirmou as promessas que fizera a Abraão, Jacó prometeu a Deus que "de tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo” (Gênesis 28:20-22).
A prática de dar o dízimo foi incorporada mais tarde na aliança com Israel como uma lei escrita e codificada. A tribo de Levi, que não recebeu uma herança de terra onde os levitas poderiam ter um rendimento (Números 18:23), foi escolhida para receber dízimo de Deus dos produtos agrícolas em troca de seu serviço eclesiástico para a nação. Os levitas, com base no que tinham recebido de dízimos do povo, por sua vez dizimaram à família sacerdotal de Arão (Números 18:26-28).
Ao longo dos anos que se seguiram, o pagamento do dízimo foi descuidadamente negligenciado, trazendo consequências devastadoras. Nos dias de Neemias, todo o sistema de culto divino estava desfeito e arruinado. A adoração no templo e a observância do sábado foram seriamente comprometidas (Neemias 13). Porque não havia nenhum apoio financeiro aos levitas, por isso estes haviam retornado aos seus campos para conseguir seu sustento (versículo 10). Portanto, todo o sistema de adoração a Deus havia sido abandonado.
Neemias reconheceu que restaurar o dízimo era crucial para restabelecer o culto divino. Ele repreendeu veementemente a nação por falhar em dar o dízimo (versículos 11-12) e restaurou a prática do dízimo (Neemias 10:37-38; 12:44), que por sua vez permitiu que os levitas voltassem a realizar a obra de Deus, a qual eles a princípio haviam sido designados a executar (Números 18:21).
Hoje a prática do dízimo desempenha um papel vital no sistema geral de culto religioso na Igreja. Ele estimula a confiança em Deus. E serve de encorajamento para que avaliemos corretamente o uso de todos os nossos recursos materiais e, assim, garante uma abordagem mais equilibrada e adequada de nosso relacionamento com Deus. Negligenciar a prática do dízimo causa um impacto negativo no adequado sistema bíblico de adoração, trazendo consequências muito abrangentes tanto para nós quanto para a Igreja.
Malaquias 3:8-10 é outro exemplo de como Deus vê a negligência de pagar o dízimo diligentemente. Escrito próximo do tempo em que Neemias lutaria para acertar o caminho da nação de Judá, o contexto mostra que a advertência também tem uma aplicação nesses últimos tempos. Nessa passagem, Deus corrige veementemente a nação. Deixar de dar o dízimo, Ele diz ao povo, é o mesmo que roubar, e os desobedientes estão correndo o perigo de sofrer com graves consequências.

No entanto, Deus também promete que a obediência renovada em dar o dízimo trará bênçãos tão abundantes que "não haverá espaço suficiente para recebê-las”. Deus leva muito a sério Suas leis e Seus compromissos conosco e, claro, também os nossos compromissos com Ele.

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