"Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós." (1 João 1:8)
Tive que rir quando ouvi contarem a história de dois sujeitos que foram um dia até C. H. Spurgeon, o grande pregador britânico, e lhe disseram: "Spurgeon, nós alcançamos perfeição impecável".
"É mesmo?", ele perguntou.
"Sim", disseram eles. "Somos absolutamente perfeitos".
Spurgeon estava com uma jarra d'água na mão naquela hora e derramou-a na cabeça deles. Quando eles começaram a reagir tal como qualquer outro pecador, ele viu quão perfeitos eles eram.
Veja, as pessoas que andam por aí dizendo que alcançaram perfeição impecável são vítimas de um dos pecados mais poderosos e também mais sutis: o orgulho. Nenhum de nós alcançará perfeição impecável. Pelo menos, não nesta vida.
É claro que antes de sermos cristãos, estávamos sob o controle e o poder do pecado. Seguíamos tudo que nossa natureza pecaminosa mandasse.
Mas algo dramático aconteceu quando recebemos a Cristo. Fomos transformados. A Bíblia diz que nos tornamos novas criações em Cristo. Todas as coisas velhas passaram e todas se fizeram novas (ver 2 Coríntios 5:17).
Isso não quer dizer que não lutamos mais contra o pecado e contra a tentação. As Escrituras claramente ensinam que pecaremos e que teremos nossos lapsos.
Embora a Bíblia me diga que vou pecar, há diferença entre pecar e arrepender-se e pecar habitualmente, persistentemente, continuamente. Se alguém diz que é cristão e continua em pecado, minha pergunta é: será que essa pessoa se converteu de verdade?
Algumas pessoas se perguntam se um cristão assim pode perder a salvação. Eu sugiro outra pergunta a fazer: será que tal pessoa, antes de tudo, chegou a experimentar realmente a salvação?
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