Quando conhecemos a Cristo iniciamos uma jornada à santificação. Esse processo pertence àquele que uma vez aceitou Jesus como Salvador e deseja se parecer mais com ele a cada dia.
Podemos chamar este processo de caminhada para o caráter de Cristo. O versículo em II Coríntios 5.17 expressa entre outras verdades que devemos nos parecer com Ele através de uma renovação daquilo que somos: "Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo".
Note que a condição SE nos impõe a tarefa de nos mover para Ele enquanto que dEle aprendemos a expressão de toda santidade. Aquilo que nos movia e nos impulsionava já não mais deve ser parte de quem somos uma vez que conhecemos aquele que é luz.
Dado isso, devemos conhecer quem somos, compreender nossos limites e sermos coerentes com a responsabilidade que temos de nos impulsionar passo a passo e frente a frente na caminhada para alcança o Autor da Vida.
Daí surge o título deste breve artigo: quando separamos do nosso cotidiano tudo que temos e fazemos na condição de que Deus não participa de cada item que nos é significante, tornamos nossa vida fragmentada; ou seja, se dedicamos a Deus somente o período de oração, leitura e adoração de modo que o restante do nosso dia não o incluímos tornamos nossa vida cristã incompleta. Ele já não será o Senhor em nossa vida. O resultado é que a adoração, honra e glória a Deus se torna apenas uma parte do nosso dia sendo que deveria estar em tudo que fazemos.
Infelizmente, no que toca a vida cristã moderna, destinamos apenas 1/6 do nosso dia a Deus. Já não somos mais cristãos integrais.
Notadamente os grandes heróis da fé se moviam em torno de Deus a ponto de tornar todo contexto em suas vidas uma resposta dEle. Plantar, cuidar das ovelhas, ensinar filhos, casar, guerrear e qualquer fragmento da vida estava em Deus. Para eles Deus não era um desses fragmentos do cotidiano de modo que apenas alguns minutos do dia a Ele eram destinados, mas cada um (e todos) fragmentos estavam em Deus.
Foi por isso que, a exemplo, Jó em momento nenhum pecou quando tantas situações insatisfatórias recaíram sobre ele. Isso porque ele sabia que cada situação, coisa ou acontecimento da sua vida estava em Deus. Seu Deus havia lhe dado, Ele tem o direito de retirar.
Muitos de nós não fazemos isso conscientemente, mas se olharmos nos veremos em momentos que pensamos em Deus apenas quando Ele nos é conveniente: o que é um erro. Pensar que apenas algumas coisas de nossa vida pertence a Deus e separarmos apenas parte do que somos para Ele é lançar mão a uma idolatria ao próprio Deus através daquilo que nos é conveniente.
Autoria: Calebe Aires
Por Litrazini
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Graça e Paz
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