13 junho 2013

Trabalho produz alegria


Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições. Todos os que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro e pagava pouco.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé-alegria, um simples agricultor querendo trabalho. Foi admitido e recebeu, como acontecia com todos, uma casinha onde moraria enquanto trabalhasse ali.

O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova. Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, pintou-a, plantou flores no jardim e nos vasos. Aquela nova casa destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.

A alegria estava sempre presente na vida do Zé, mesmo nas horas de trabalho, daí vinha seu apelido. Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
— Como você consegue trabalhar feliz com tão pouco dinheiro?
E ele respondia:

— Bem, este trabalho é tudo o que tenho, ao invés de reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições, não é justo que agora fique reclamando, farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: 
— Como ele pode pensar assim?

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo a distância. Um dia, o patrão pensou:
- "Alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará, com o mesmo capricho, da minha fazenda, pois pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda".

Um dia, em um final de tarde, foi até a casa do Zé e ofereceu-lhe o cargo de administrador da fazenda. O rapaz aceitou prontamente.

Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:
— O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?

A resposta do jovem veio logo:
— Em minhas andanças, meus amigos, aprendi que não somos vítimas do destino, existe em nós a capacidade de realizar e de dar vida nova a tudo que nos cerca e, isso depende de cada um.
           
Pense nisso. Toda pessoa é capaz de efetuar mudanças significativas no mundo que a cerca. Mas, o que geralmente ocorre é que, ao invés de agir, jogamos a responsabilidade nos ombros alheios; Sempre encontramos alguém a quem culpar pela nossa infelicidade, esquecendo-nos de que os únicos culpados somos nós.

Para que alguém seja feliz, basta-lhe apenas dar ao seu mundo um colorido especial, como o personagem desta história, que, mesmo em uma situação aparentemente deprimente, soube fazer do seu mundo uma realidade diferente. (A D)

Por Litrazini
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