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19 abril 2013
Como Vemos Os Outros
de Shane Alexander
A maior parte daquilo que pensamos sobre outras pessoas revela mais
sobre nós do que sobre elas.
Eu estou trabalhando como técnico esportivo neste ano novamente. Pode
ser estressante treinar dois times, mas não quero reclamar muito. Eu
amo! Até agora nós só tivemos treinos. Os jogos começam no mês que
vem. Uma observação que fiz sobre mim durante este período tem a ver
com minhas impressões sobre os jogadores e os pais deles. Mas eu
tenho impressões mais favoráveis de uns do que de outros.
Alguns pais saem dos seus carros durante os treinos. Estes ajudam.
Eles acabam conhecendo outros pais e outros técnicos. Quando a
temporada começa, eles têm prazer em trazer lanches e ajudar no que
for preciso. Em outras palavras, eles facilitam o trabalho. Não tem
como não gostar mais deles do que de outros.
Alguns jogadores são muito motivados. Eles prestam atenção desde a
primeira vez. Eles são treináveis e expandem o talento dado a eles
por Deus. Não tem como não gostar mais deles do que aqueles que ficam
jogando fora conversa, brincando com celular, e consequentemente
mostram menos interesse em aprender o jogo. Não é que eu ache que
eles sejam melhores do que os outros garotos. É só que eles tornam
meu trabalho mais fácil.
Isso não acontece apenas na atividade como técnico. Todos nós temos
opinião favorável em relação àqueles que fazem nossa vida mais fácil.
Damos a eles "descontos" que às vezes não damos a outros.
Recentemente eu assisti a um documentário sobre os Hatfields e os
McCoys (duas famílias rivais que brigam há gerações). Ambas as
famílias desculpavam os atos de alguns de seus membros que
continuavam a causar problemas, cometendo atos de violência
desprezíveis. Mas como aqueles membros eram bons para eles, eles
aturavam o comportamento errado.
Nós nos enganamos se fingimos que nossas opiniões sobre pessoas são
estritamente baseadas em como elas são. É mais fácil ignorar os
pecados de alguém contra outros do que os pecados cometidos contra
nós mesmos. Não estou dizendo que não temos princípios quando se
trata de outras pessoas. No entanto, estou dizendo que nossos
princípios podem ser flexíveis dependendo de nossa experiência com
outros.
Veja o Rei Davi, por exemplo. Samuel veria Davi com melhores olhos do
que Natã. Salomão teve experiência com seu pai que foi diferente da
que Absalão teve. As opiniões deles sobre o mesmo homem não
dependeram tanto do que sabiam sobre Davi, quanto da maneira como
eles foram afetados pessoalmente por suas experiências com ele.
É difícil olhar além de nós mesmos, mas às vezes é necessário. Paulo
tolerou algumas pessoas que pregavam o evangelho apesar delas não
gostarem dele. Eu duvido que ele tivesse bons sentimentos em relação
a elas. Parece que ele tinha dúvida dos seus motivos para pregar a
Cristo, mas ele olhou além de si mesmo o suficiente para dizer, "Mas
o que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos
falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me
alegro." (Fp 1:18)
A diferença entre Paulo e a maioria de nós é que Paulo havia se
descentralizado na sua própria vida. Ele diz aos Filipenses, "Aprendi
a viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado,
seja com fome, tendo muito ou passando necessidade." (Fp 4:12)
Para Paulo, viver era Cristo e morrer era lucro (Fp 1:21). O segredo
que ele aprendera foi olhar toda a sua vida através das lentes do
evangelho de Cristo. Através daquelas lentes perda pessoal e
inimizade perdem sua forma. Elas se tornam realidades alternativas
nas quais podemos nos regozijar apesar de sofrimento pessoal.
E se nós começássemos a olhar os outros através das mesmas lentes que
Paulo? E se a maneira como experienciássemos outros tivesse mais a
ver com o impacto que eles têm no reino de Deus e no progresso do
evangelho do que no impacto pessoal conosco?
Eu acredito que a maneira como olhamos para o mundo mudaria
drasticamente. Seria mais fácil perdoar outras pessoas – até mesmo
aquelas que pecam pessoalmente contra nós. E nos ajudaria a superar
nossa falha egocêntrica quando se trata da maneira como vemos os
outros.
Veja a imagem especial de 1 Coríntios 13:12
http://www.iluminalma.com/img/il_1corintios13_12.html
Veja também "De Quem Devemos Falar"
http://www.iluminalma.com/vec/1211/20-de-quem-devemos-falar.html
E veja o artigo original em inglês aqui
http://www.wilderness-voice.com/2013/04/how-we-see-others.html?m=1.
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http://www.iluminalma.com/vec/1304/19-como-vemos-os-outros.html
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