E ORDENOU CANTORES QUE SAÍSSEM DIANTE DOS ARMADOS...
II Crônicas 20: 20-25
INTRODUÇÃO
Após a morte do rei Asa, Josafá, seu filho reinou em seu lugar, e começou a instruir o povo de Judá em relação à Lei do Senhor, para que temessem ao Senhor e andassem nos seus caminhos. Fez isso e prosperou muito, pois enviou seus príncipes, levitas e sacerdotes a ensinar as coisas concernentes à Palavra de Deus, de modo que todos os reinos das terras que estavam ao redor de Judá temeram a Josafá, e não guerrearam contra ele, mas traziam-lhe presentes e riquezas para os seus tesouros.
Com tudo isso Josafá cresceu extremamente, e edificou fortalezas e cidades de munições em Judá. E teve muitas obras nas cidades de Judá, e gente de guerra, varões valentes em Jerusalém.
DESENVOLVIMENTO
Mas depois de haver feito tudo isso, subitamente e inexplicavelmente, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, mais os das montanhas de Seir, vieram à peleja contra Josafá. Quando lhe deram a notícia os inimigos já estavam acampados em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi, ao sul de Jerusalém, às margens do Mar Morto.
Então Josafá temeu, e pôs-se a buscar o Senhor, e apregoou jejum em todo o Judá, e todas as cidades se ajuntaram e vieram a Jerusalém, para buscarem o socorro do Senhor. E pôs-se Josafá de pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do Senhor, diante do pátio novo, e clamou ao Senhor.
Ao observarmos esse texto das Sagradas Escrituras e a experiência de Josafá e todo Judá, ficamos a nos perguntar: Por que o Senhor permitiu essa provação para o seu povo que estava andando em fidelidade, segundo os seus caminhos? Por que o Senhor não os poupou deste aperto e desta aflição, visto que todos buscavam agradar ao Senhor?
Muitas vezes nós ficamos pensando, que deveríamos estar livres de lutas e dificuldades nas nossas vidas, pelo fato de sermos servos do Senhor. Nós não entendemos o por quê das tribulações que repentinamente nos envolvem, se estamos “habitando no esconderijo do Altíssimo e descansando à sombra do Onipotente”, não é mesmo? Certamente que o Senhor tem um propósito em todas as lutas que nos cercam, e esse propósito não é nos levar à queda ou à derrota, mas nos proporcionar grandes e enriquecedoras experiências com Ele. Vejamos o que aconteceu com Josafá e com o povo de Judá:
Quando Josafá orava e clamava, veio a ele a Palavra do Senhor por meio de Jaaziel, filho de Zacarias, que disse: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Nesta peleja não tereis que pelejar; parai, estai de pé, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco”.
Com essa palavra, Josafá glorificou ao Senhor. E pela manhã cedo se levantaram e saíram ao deserto de Técoa, e aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem a Majestade santa, saindo diante dos armados, e ao tempo que começaram com júbilo e louvor, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados. Porque os amonitas e moabitas se levantaram contra os moradores de Seir, para os destruir e exterminar, e acabando eles, ajudaram uns aos outros a destruir-se.
Depois que tudo passou, foi que Josafá entendeu qual era o propósito do Senhor ao permitir toda aquela situação. Quando eles chegaram à atalaia do deserto, olharam a multidão de mortos e vieram a saquear o despojo, e acharam nele fazenda em abundância, e vasos preciosos, e tomaram para si tanto, que não podiam levar mais; e três dias saquearam o despojo, porque era muito. No quarto dia se ajuntaram no vale de Beraca e louvaram ao Senhor. Depois, Josafá e o povo de Judá, voltaram para casa com alegria e júbilo, e vieram a Jerusalém com alaúdes, e com harpas, e com trombetas, para a casa do Senhor. E o reino de Josafá ficou quieto; e o seu Deus lhe deu repouso em redor.
CONCLUSÃO
A experiência de Josafá mostra que o Senhor realmente cuida daqueles que são fiéis. As lutas podem surgir, mas Deus tem um propósito definido em cada uma delas. Ele quer aperfeiçoar e enriquecer espiritualmente a vida dos seus servos.
Quando a luta veio e cercou a vida de Josafá, ele tomou as seguintes atitudes:
· Buscou ao Senhor e jejuou – confiou no Senhor e não nas suas armas;
· Pôs-se em pé na casa do Senhor – Ficou firme e buscou socorro no corpo;
· Esteve no pátio novo – A Obra nova, uma vida e uma atitude nova diante do Senhor.
Foi depois que Josafá assumiu esta postura, que o Senhor falou com ele. Deus só fala conosco e nos orienta nas adversidades, se confiarmos na sua providência, e O buscarmos de todo coração. Depois da revelação do Senhor, vem o descanso e a certeza da vitória.
Mas o que nos chama a atenção foi a estratégia de Josafá, para o momento do confronto com os inimigos. Ele não dispôs os soldados armados e mais valentes à frente do exércitos, como geralmente se faz numa peleja, mas ele ordenou os cantores, para louvarem a Majestade santa do Senhor, e quando todos louvaram jubilosos ao Senhor, os inimigos foram desbaratados e destruídos, sem que o povo tivesse que mover um dedo.
Em muitas situações que enfrentamos na vida, o Senhor espera, simplesmente que o louvemos e glorifiquemos, para nos conceder a vitória. Mas como é difícil louvar ao Senhor em meio às lutas... Como é difícil glorificar em meio às lágrimas e às aflições do coração... Mas se temos comunhão com o Senhor, devemos fazê-lo com confiança, pois é essa a atitude nova (pois o comportamento citado anteriormente é próprio dos incrédulos) que o Senhor quer ver em nós. Quando louvamos em meio às lutas, o Senhor começa a se mover para nos dar livramento.
Lembremos o que aconteceu com o apóstolo Paulo, quando esteve preso em Filipos, juntamente com Silas, de como o Senhor os livrou, perto da meia-noite, enquanto cantavam louvores no cárcere, em meio à dor e ao sofrimento.
O louvor é uma arma poderosa na mão do Senhor. Ele confunde e desbarata o inimigo, causando a destruição dos seus intentos. A Palavra diz que o Senhor habita no meio dos louvores, e a sua presença é vitória certa para seus servos.
O resultado final da luta de Josafá, foi um grande enriquecimento. Ele e o povo de Judá passaramtrês dias juntando os despojos dos seus inimigos. No quarto dia voltaram a Jerusalém mais ricos do que eram antes da luta, e puderam louvar mais ainda ao Senhor pelo que fizera com eles. Na verdade, o Senhor não estava desamparando o seu povo quando permitiu o ataque dos seus inimigos, mas pretendia com isso abençoar-lhe mais ainda, proporcionando-lhes mais riquezas além das que já tinham, mas o meio era aquele, a forma era aquela, através da luta, que não era do povo, mas do Senhor. As nossas lutas não são nossas, mas do Senhor nosso Deus.
Os três dias falam do tempo de Deus. Um tempo ligado à eternidade, e é nesse tempo que o Senhor quer enriquecer o seu povo com bênção espirituais e experiências para a vida eterna. Mas o meio escolhido por Deus são as provações e lutas desta vida. A vitória virá mediante a glorificação, e o preço exigido para essa vitória é a nossa fé e confiança. No quarto dia (o dia do arrebatamento – quando soar a quarta trombeta) seguiremos para a Nova Jerusalém, onde louvaremos ao Senhor eternamente e gozaremos de um reino quieto e sem lutas e provações.
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