02 setembro 2011

O Poder da Língua - A Língua: uma Força Sobrenatural

 
A Língua: uma Força Sobrenatural
    Meu dia estava indo bem. A caminho de um compromisso importante em outra cidade, dirigia meu carro em alta velocidade. De repente, o pneu estourou com um grande barulho. O carro desgovernou, patinando à esquerda e à direita, executando manobras de quase 90 graus. Consegui controlar o carro de novo sem bater em nada e encostá-lo à beira da estrada.
       Saí do carro com tranqüilidade, sabendo que Deus havia me guardado. Calculei que dispunha de tempo suficiente para trocar o pneu e ainda chegar ao meu compromisso sem me atrasar. Abri o porta-malas e retirei o estepe para colocar no lugar do pneu estragado.
       Fui pegar o macaco quando percebi que não estava no lugar. Naquele momento, lembrei-me que o havia tirado do carro e esquecido de colocar de volta.
       Estava em uma parte bem deserta da estrada, no meio do nada. Não tinha como chegar a um telefone para pedir assistência. Rapidamente a minha alegria sumiu, minha atitude piorou e comecei a ficar irritado. Até dei um chute no pneu do carro, machucando o meu pé. Fiquei mais aborrecido ainda.
       Desanimado, encostei na lateral do carro e, como o dia estava muito quente, comecei a suar em profusão. Cruzei os braços e fiquei muito emburrado. O resto da alegria que sentia foi embora. Murmurei comigo mesmo sobre as dificuldades que enfrentava para viver pela fé, servindo a Deus no ministério. Reclamei do carro velho que possuía que vivia dando problemas - me deixando na mão - e pelas minhas constantes dificuldades financeiras (por estar iniciando o ministério).
       De repente, ouvi a voz do Espírito Santo me dizendo: "Louve-me". Falei com Deus: "Não estou com vontade de louvar, Pai. O Senhor não consegue ver que estou com problemas, aqui no meio do nada? Está muito quente, vou perder meu compromisso e estou chateado com tudo isso". Pensava que somente podia louvar a Deus quando me sentisse bem, quando estivesse pra cima.
       Mais uma vez ouvi a voz do Espírito em mim dizendo: "Louve-me". Ainda relutei em começar, mas quando me falou pela terceira vez decidi obedecer, mesmo sem querer. Com pouquíssimo ânimo sussurrei um "Glória a Deus", pensando: "Obedeci. Agora o Espírito vai me deixar em paz para continuar o meu momento de miséria, sentindo pena de mim mesmo". Foi quando Ele me disse para louvá-lo novamente.
       Dessa vez, com um pouco mais de ânimo, disse "Aleluia" numa voz normal. Logo comecei a sentir-me melhor e falei com entusiasmo: "Te exalto, meu Deus!" Quando percebi, estava ali, no meio do nada, encostado no meu carro, com as mãos para cima, louvando a Deus com todo meu coração. Agradeci pelo dia, pelo meu carro, pelo privilégio de servi-lo, mesmo em dificuldades.
       De repente, enquanto louvava ao Senhor ali, na beira da estrada, vi chegando na minha direção um reboque. O motorista parou logo atrás do meu carro, desceu do caminhão e me disse: "Você me chamou e agora estou aqui. No que posso ajudá-lo? Qual é o problema?" Respondi, um pouco assustado: "Eu chamei você?" "Sim, há vinte minutos recebemos a sua ligação, explicando onde você estava e pedindo socorro."
       Vinte minutos atrás! Correspondia exatamente ao momento em que comecei a louvar ao Senhor!
       Rapidinho, o homem me ajudou a trocar o pneu do carro. Fiquei preocupado com o pagamento pois estava com pouquíssimo dinheiro. Quando fui fazer o acerto, descobri que a empresa dele era associada a um clube automobilístico ao qual eu pertencia. Então, a ajuda dele foi de graça!
       Fui embora, agora louvando a Deus com mais ardor, pois aquela ligação fora orquestrada por Deus e - creio eu - executada por um anjo do Senhor! Apesar do "contratempo" ainda cheguei ao meu compromisso com alguns minutos de antecedência!
       Deus somente liberou ajuda quando comecei a louvá-lo com a minha boca. Naquele dia aprendi uma grande lição sobre como Deus opera em nossas vidas. Descobri o poder das palavras pronunciadas, sejam em louvor ou através de declarações de fé. O princípio é o mesmo.
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