Assumindo a identidade
A Palavra de Deus diz: "... a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome." (Jo 1.12.) Não fomos aceitos na família de Deus porque somos dignos. E todos os que estão nesta posição devem honrar o nome daquele que os dignificou para serem seus filhos. Ora, o filho pródigo havia desonrado o seu pai e, por isso, se julgava indigno de ser chamado filho, como ele mesmo declarou ao pai. No entanto, o Pai trata a todos como filhos. Ele não faz acepção de pessoas, e reconhece toda a sua família como filhos amados.
O anel de filho e o prêmio da glória não são exclusivos para aqueles que alcançam o primeiro lugar; mas são promessas de Deus para todos os que perseveram e lhe forem fiéis. E a fidelidade está direta e intimamente ligada à obediência e à adoração (Is 38.3.) Então, depois de ter organizado as suas ideias, o filho pródigo, que não se sentia mais com o direito de filho, levantou-se e foi ter com o pai. Com certeza, ele devia estar temeroso de como seria recepcionado. Não estava certo de que seria perdoado; além disto, estava envergonhado pela humilhação que passaria diante do seu irmão e dos outros.
O que todos iriam dizer? Obstante a tudo isso, ele partiu resoluto para a casa do pai. Apesar de toda a ingratidão, o pai continuava amando aquele jovem como seu filho. Em seu coração, havia sempre a esperança de que ele voltaria. Os seus olhos estavam sempre voltados para o caminho pelo qual o filho se fora, esperançosos de que ele voltasse. Não pense que foi você quem avistou Deus primeiro. Antes que você o visse, foi Ele quem o avistou e foi ao seu encontro. O Pai quer recebê-lo, mas é preciso que você dê o primeiro passo. O caminho estava limpo, o pai tinha um coração perdoador e cheio de amor.
Creia, quando você toma a iniciativa de se reconciliar com Deus e o busca sinceramente, seus pecados são perdoados e uma intervenção divina cuida para que nada possa impedi-lo de chegar até Ele. Mil situações são engendradas para tentar interromper a sua caminhada de volta ao lar. Contudo, todas as tentativas serão frustradas porque os anjos do Senhor estarão interferindo, agindo para lhe trazer proteção, ajudando-o a chegar aos pés do Senhor. Persevere sempre, porque há delícias esperando por você (Sl 16.11.) Certamente, a postura daquele jovem era a de um homem derrotado, com o olhar inexpressivo. Devia estar magro, com o rosto amarelado; afinal, ele passara muita fome; as roupas, sujas e rasgadas, pois da herança que ele levara nada havia sobrado.
Ele saíra como um vitorioso, cheio de sonhos e expectativas. Agora, voltava como um derrotado, vazio e temeroso. O pai, porém, não o acusou; tinha apenas o coração cheio de amor, de perdão, de alegria pela volta do filho. Estava compadecido, porque em sua casa existia tudo: segurança, aceitação, apoio, enquanto o filho, que só havia pensado em dinheiro, passava as mais terríveis privações e humilhações. O Senhor não tem "dedo acusador" sempre pronto a nos condenar. Ele nos ama! Por isso, providenciou tudo de que precisávamos para nos reconciliar com Ele e desfrutarmos de toda a sua riqueza. "Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." (Jo 3.17.)
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