30 novembro 2010

O PERDÃO

 O PERDÃO

 
Dois dias antes do Natal, Frank e Elizabeth Morris receberam um telefonema dizendo-lhes que seu filho único, Ted, de 18 anos de idade, havia sido ferido num grave acidente. A pessoa os instruía a procurar com urgência um grande hospital em Nashville, Estado do Tennessee. Quando chegaram ao hospital, um neurocirurgião lhes deu a triste notícia: Ted estava morto.
No dia seguinte, na delegacia, o casal Morris ficou sabendo que o outro motorista, Tommy Pigage, havia sofrido apenas ferimentos leves. Por ocasião do acidente, o seu nível de álcool no sangue estava três vezes acima do limite legal. Ele foi acusado como assassino, mas depois de confessar-se culpado a acusação foi reduzida para homicídio culposo. Meses mais tarde, foi sentenciado a apenas cinco anos de sursis com a estipulação de que, se violasse a sentença, teria de cumprir uma pena de dez anos na prisão. Dizer que o casal Morris (especialmente Elizabeth) ficou revoltado com uma sentença tão branda, é dizer pouco.
Mais tarde, numa reunião de mães para protestar contra o ato de dirigir sob a influência do álcool, Elizabeth ouviu Tommy contar que, ao saber da morte de Ted, ele não conseguira parar de chorar. Alguns dias mais tarde, entretanto, ele foi apanhado bebendo e levado para cumprir sua pena de dez anos.
Apesar das emoções contraditórias, Elizabeth, uma cristã, começou a visitar Tommy na cadeia. Um dia, enquanto conversavam, ele implorou perdão.
- Eu lhe perdôo - respondeu Elizabeth, acrescentando: - e gostaria que você me perdoasse por eu tê-lo odiado.
- Ah, Sra. Morris, é claro - disse ele com emoção.
Numa visita posterior, Tommy contou a Elizabeth que queria muito parar de beber, mas não conseguia. Ela lhe garantiu que ele poderia, com a ajuda de Deus. E ele conseguiu!
No dia 12 de janeiro de 1985, Tommy foi batizado. Mais tarde, ficou em liberdade condicional. O casal Morris começou a levá-lo para seu lar e a tratá-lo como filho. Escrevendo para a edição de janeiro de 1986 da revista Guidepost, Elizabeth disse que, depois disso, começou a sentir a paz que só Deus pode dar. E Tommy? Ele é uma pessoa diferente!
É isso que pode acontecer quando perdoamos - e somos perdoados. 

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