INCOMPARAVELMENTE
MELHOR
Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, o que éincomparavelmente melhor (Fp 1:23)
O Apóstolo Paulo falava sobre a morte. Para ele a morte era uma partida, não um mero estágio. Ele sairia daqui e iria para outro lugar. Também para ele a morte não era um sono, mas um “estar com Cristo”. Não seria um sono porque um dormente não pode avaliar se algo é bom ou é ruim, pois dorme. Paulo não ansiava por dormir, mas por estar com Cristo. O corpo simbolicamente dorme; a vida em nós não.
E ele conhecia o outro lado. Certamente que não por completo, uma vez que só morrendo atravessamos o grande divisor. Mas no arrebatamento pessoal pelo qual passou ele experimentou algo da beleza do além. Foi arrebatado ao Paraíso, aquele mesmo onde Cristo teve um encontro com o ladrão após morrer (veja-se Lucas 23.43); e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. (2Co 12:4). Sim, ele viu o Paraíso e ouviu uma voz a falar por lá. E era muito bom, pois chega a dizer que era inefável, isto é, que não tinha nem palavras para descrever o quanto era bom.
A morte é isso. A morte é estar com Cristo.
E para o crente a morte inaugura um tempo incomparavelmente melhor, algo inefável.
Fiquei feliz na última quarta-feira, quando o Serginho, meu auxiliar na igreja, trouxe uma palavra de fortalecimento ao nosso irmão Manoel. O referido irmão é idoso e frágil, mas tem vivido e vencido suas enfermidades. Esperamos que ele viva muitos e muitos anos ainda. Mas tanto ele quanto todos nós morreremos. Então o Serginho falou da força que o Senhor nos dá para enfrentar a morte.
O crente não teme a morte, mas a passagem dela. "Será que irá doer? Será que me sentirei sufocado? Será parecido com um pesadelo? Sentir-me-ei só?"
Serginho usou da sabedoria vinda de Deus. Disse ele: “Nós não vivemos com a graça de uma prova pela qual não passamos; ninguém vive com a força de viver sem uma perna, sem um braço ou com uma grave enfermidade. Deus não dá essa graça para quem por ela não passa. Seria inútil. Porém, se passar por ela a graça do Senhor o alcançará. Ele suprirá toda a necessidade, fortalecendo-o, consolando-o, dando-lhe a Sua mão. Assim é na morte. No momento da partida Ele nos preparará de tal forma que ela será mansa e suave para nós, pois não estaremos sós” Que palavra boa!
Não estamos e não estaremos sós. O Senhor está conosco sempre. Agora e na hora de nossa morte. E após a nossa morte também, aleluia!
Alguns vislumbres do além nós encontramos em II Tessalonicenses, quando é dito sobre a vinda do Senhor com os Seus santos e a ressurreição; em Apocalipse várias cenas são mencionadas no além, tanto antes quanto depois do cumprimento das profecias. Em todas elas há glória, há consolo, há rostos enxutos de lágrimas, há água, há alegria, há comunhão, há perfeição.
Nossa memória seletiva no céu filtrará as más lembranças , as dores e tragédias, as pessoas ausentes, e manterá a certeza de que se está lá não por obras, por méritos, mas pela graça do Senhor, pelo sangue do Cordeiro de Deus, que morreu na cruz para nos salvar. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Ap 21:4)
Consolemo-nos sempre com esta certeza.
Amém.
Amém.
Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP
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